O conceito inovador de web 4.0 ou web4 delineado pela Comissão Européia, projeta competir com tendência emergente da Web 3.0, que ganha força em países ou regiões como EUA, China Continental, Hong Kong e Singapura, sendo que a visão da Comissão à Web 4.0 posiciona a UE na vanguarda da próxima transição tecnológica, superando descentralização da Web 3.0. A mudança da Web 2.0 à 3.0 acontecendo de modo lento e despercebido faz emergir aplicativos Web 3.0 com mesma aparência dos aplicativos 2.0, mas back-end fundamentalmente diferente. O futuro da Web 3.0 leva a aplicações universais lidas e utilizadas por ampla gama de dispositivos e software, tornando atividades comerciais convenientes, com descentralização de dados e estabelecimento de ambiente transparente e seguro possibilitados pelo surgir de tecnologias como livros distribuídos e armazenamento blockchain, desafio à centralização, vigilância e publicidade exploratória da Web 2.0. Trata-se de web descentralizada, o usuário controlará os dados quando a infraestrutura descentralizada e plataformas de aplicativos suplantarem empresas de tecnologia centralizadas.
Prevê-se que Web 4.0 forneça experiências intuitivas e imersivas, integrando objetos e ambientes digitais e reais, aprimorando interações entre humanos e máquinas e esperando-se que a integração seja alcançada através de IA ambiental avançada, IoT, transações confiáveis blockchain, mundos virtuais e recursos de realidade estendida, XR , impulsionado por tecnologias e padrões abertos garantindo interoperabilidade entre plataformas e redes e liberdade de escolha dos usuários. Mundos virtuais integrados à Web 4.0, são ambientes 3D imersivos mesclando realidade virtual, digital e física, oferecendo experiências interativas persistindo e evoluindo mesmo sem interação do usuário e atendendo diversos propósitos, incluindo simulação, colaboração, aprendizado, socialização, transações, entretenimento, design, encontrando aplicações em setores como educação, saúde, manufatura e serviços públicos, transformando o modo como aprendemos, trabalhamos e interagimos, no entanto, apresenta desafios, incluindo privacidade, impacto social, segurança, considerações éticas exigindo equilíbrio de oportunidades e riscos. Cerca de 3.700 entidades na UE operam no subdomínio dos mundos virtuais, contribuindo com 24% do total global dando formuladores de políticas a tarefa de promover crescimento econômico e evolução digital, garantindo criação de mundos virtuais responsáveis e justos. Web 4.0 e mundos virtuais oferecem oportunidades nos domínios industriais e sociais, na fabricação dos gêmeos virtuais otimizando processos de produção, tornando-os mais eficientes e sustentáveis. Na indústria cultural e criativa, mundos virtuais oferecem modos de criar, promover e distribuir conteúdo e interagir na educação e treinamento, especialmente na área médica, mundos virtuais podendo ser usados em simulações reduzindo riscos e melhorando precisão, com salas virtuais permitindo alunos e professores visualizarem assuntos abstratos ou simularem experimentos sem correr riscos. A Web 4.0 e mundos virtuais apresentam desafios, incluindo questões relacionadas à conscientização, acesso a informações confiáveis, habilidades digitais, aceitação do usuário e confiança em novas tecnologias, além de desafios relacionados a direitos fundamentais e desafios como fragmentação do ecossistema e acesso ao financiamento.
Moral da Nota: Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, avisa que mais de 50% das startups falham nos primeiros 4 anos e apenas 1 em cada 10 sobrevive até o 3º ano, somando-se a falta de sensibilidade técnica ao não levar em conta implicações e complexidades de montar equipe com conhecimento, expertise e comprometimento técnico para materializar a solução/serviço. A falta de comunicação efetiva nas startups é erro grave que as empurra ao abismo, por conta da existência de diferentes tipos de ruído, com os quais lidamos quando comunicamos algo e, assim, tentar gerar maior consciência nos deixa subestimar a comunicação, por exemplo, ruído físico, psicológico, fisiológico, técnico, de influência e, por fim, ruído semântico. O setor de fintech, startups e indústria criptográfica têm dificuldade em conectar com público mais amplo que aqueles que estão familiarizados com seus termos e tecnologia. De acordo com dados do Observatório de Políticas IA da OCDE, o setor de seguros e serviços financeiros manteve a posição predominante em termos de atração de investimentos de risco na área de IA em 2022, sendo que no Peru, a indústria foi responsável por todo o investimento de capital em startups dedicadas a esta tecnologia, no Chile, fintech e insurtech garantiram 53% do investimento em IA em 2022, enquanto na Colômbia chegaram a 38%. Argentina e Brasil, se destacam com as startups de infraestrutura tecnológica ocupando com 58% e 38%, respectivamente, a liderança do capital investido em empresas IA e, no Uruguai, a área de processos corporativos e serviços de apoio recebeu a totalidade desses investimentos cobrindo 100% deles. A Argentina criou guia ético para orientar uso e desenvolvimento IA, baixou o conceito que Tecnologias de Informação e Comunicação,TIC, devendo ter perspectiva social, além de atenuar possíveis efeitos negativos desde o momento de sua criação e, o Parlamento Europeu, confirmou interesse em discutir a primeira proposta de regulamento abrangente sobre IA e cujo consenso se espera até fins de 2023.