A Conferência Ministerial sobre Blockchain 4.0 Digital Transformation, sediada pelo governo do Laos e liderada pelo primeiro-ministro, contou com a presença de especialistas em blockchain e chefes dos departamentos econômicos do país. Blockchain 4.0 está impulsionando inclusão financeira, promovendo transparência e aumentando a segurança nas transações no Laos em que Contratos inteligentes e finanças descentralizadas abrem caminhos ao crescimento divisor de águas à economia do país. De acordo com relatório da MetaBank, empresa de software sediada em Singapura, a reunião se concentrou em acelerar transformação digital, alavancando tecnologia digital, em particular, foi introduzido conceito de Blockchain 4.0, enfatizando importância da colaboração e posicionando o Laos como catalisador e beneficiário do cenário digital global emergente. O MetaBank é organização afiliada ao Ministério de Tecnologia do Laos, planejando criar centro de pesquisa e desenvolvimento blockchain e apoiar a iniciativa Blockchain 4.0 do Laos. A conferência delineou metas ao desenvolvimento da economia digital no Laos, incluindo uso da tecnologia digital para gerar receitas fiscais, reforçar reservas cambiais, conter inflação, promover crescimento econômico sustentável, melhorar padrões de vida e aumentar competitividade internacional no curto prazo, além disso, o evento propôs formação de Comitê de Transformação Blockchain responsável por garantir conformidade legal e elaborarlegislação à economia digital. Foi enfatizada importância de integrar blockchain a processos governamentais e usá-la no gerenciamento administrativo e de serviços públicos, afirmando que adoção blockchain é essencial à alcançar o 9º plano de desenvolvimento nacional, econômico e social de 5 anos. O Laos deu passos à incorporar blockchain e tecnologia digital ao lado da empresa japonesa de software financeiro Soramitsu que assinou MOU, memorando de entendimento, com o banco central do país para lançar projeto de prova de conceito à moeda digital do banco central, chamada DLak, trocada com bancos comerciais por moedas fiduciárias e usada em tempo real com fornecedores participantes via código QR e aplicativo, iniciativa, que resolve atrasos que transações digitais no Laos sofreram.
Neste clima de disrupção,Tailândia e Hungria assinam memorando para desenvolver conjuntamente tecnologia blockchain e alimentar respectivas indústrias financeiras através de MOU, Memorando de Entendimento, bilateral para apoiar introdução blockchain nos respectivos setores financeiros. Assinado pela Thai Fintech Association, TFA, e Coalizão Húngara Blockchain, o MOu “compartilha experiências, melhora práticas e explora áreas potencialmente benéficas à cooperação direta”. Relatório do Bangkok Post. informa que o presidente da TFA disse que o comércio eletrônico, pagamentos móveis e moedas digitais crescem na Tailândia e que a cooperação internacional é necessária para desenvolver a tecnologia financeira local, afirmando ainda que 20% dos detentores de criptomoedas do mundo estão na Tailândia, país em 8º lugar no Índice Global de Adoção de Criptomoedas de 2022 divulgado pela Chainalysis, com a TripleA, empresa de pagamentos de criptomoedas, estimando que 6,5% da população possui criptoativo. A Coalizão Blockchain Húngara criada pelo Ministério de Inovação e Tecnologia e Centro Nacional de Conhecimento de Dados e Economia difere da Associação Tailandesa de Fintech, por ser esta, organização sem fins lucrativos fundada em 2016 visando representar a indústria de tecnologia financeira local incluindo trocas de criptomoedas. O Banco da Tailândia anunciou inicio de piloto da CBDC de varejo em escala limitada no setor privado entre 10 mil usuários com “atividades semelhantes a dinheiro” como pagar bens ou serviços, ao passo que a Securities and Exchange Commission, SEC, da Tailândia promulgou restrições às criptomoedas proibindo uso para pagamentos dizendo que “podem afetar a estabilidade do sistema financeiro”, reprimiu plataformas de empréstimo de criptomoedas e planeja proibir exchanges de criptomoedas de fornecer ou apoiar serviços de depósito de ativos digitais. A Hungria aparentemente adota postura semelhante em relação às criptomoedas, com o governador do Banco Nacional Húngaro advogando proibição geral de todo o comércio e mineração de criptomoedas na UE, dizendo tratar-se de “atendimento a atividades ilegais” e “especulativo”.
Moral da Nota: relatório intitulado "The 2022 Global Crypto Adoption Index", divulgado pela Chainalysis, analisa transações de criptomoedas no mundo, tráfego web e métricas on-chain, para determinar quais países no topo em termos de adoção de criptomoedas. Resultados mostram que em relação a adoção de criptomoedas, os mercados emergentes estão na vanguarda, de acordo com dados, países de renda média baixa como Vietnã, Filipinas, Ucrânia, Índia, Paquistão, Nigéria, Marrocos, Nepal, Quênia e Indonésia ocupam posições entre os 20 principais em termos de pontuação geral do índice, com o Vietnã mantendo-se como o número um. Países de renda média como Brasil, Tailândia, Rússia, China, Turquia, Argentina, Colômbia e Equador entraram na lista, enquanto EUA e Reino Unido são representantes de países de alta renda. O relatório também mostra que a adoção se tornou mais lenta no mercado em baixa, sendo níveis de adoção mais altos que a indústria viu antes da alta de 2020.