A liderança na adoção blockchain pelos países envolve reconhecimento do potencial de transformar setores da economia, promover inovação, crescimento econômico e ambiente regulatório favorável para atrair empresas blockchain. Comunidades Blockchain referem-se a grupos de pessoas, organizações e empresas no desenvolvimento e uso da tecnologia, formadas à compartilhar conhecimento, colaborar em projetos e promover adoção da tecnologia. Grupos de desenvolvedores blockchain trabalham na criação de protocolos, programas, contratos inteligentes e projetos blockchain com comunidades desenvolvidas em torno de indústrias ou setores específicos, como bancos, saúde e gerenciamento da cadeia de suprimentos, conhecidas como comunidades da indústria, cujos membros trabalham para criar soluções blockchain que lidam com questões específicas dos respectivos setores. Bens ou serviços blockchain compõem as comunidades trocando informações e oferecendo feedback para melhorar usabilidade e funcionalidade dos produtos que cresceram em torno de empresas blockchain, como criptomoedas ou startups que usam a tecnologia e participam de projetos due diligence, trocando conhecimentos e opiniões sobre oportunidades de investimentos. Comunidades de impacto social alavancam tecnologia blockchain resolvendo problemas sociais e ambientais, com membros trabalhando para desenvolver soluções que criam mundo mais justo e sustentável.
A tecnologia Blockchain aumenta produtividade, segurança e transparência setorial, reduzindo custos e melhorando experiências do cliente, portanto, os países investem no desenvolvimento da tecnologia atendendo diferentes preocupações sociais e econômicas. El Salvador, pioneiro global na adoção blockchain, é a primeira nação reconhecer o Bitcoin como moeda legal e, em 2021, estabeleceu lei que reconhece Bitcoin como método legítimo de pagamento de bens e serviços ao lado do dólar americano, moeda legal do país e, com esse esforço priorizou inclusão financeira onde 70% dos adultos não têm conta em banco. O Bitcoin, BTC, pode tornar o país local desejável à investidores, benefício mencionado pelo presidente para incentivar sua adoção generalizada com fundo fiduciário de US$ 150 milhões do banco estadual de desenvolvimento, Banco de Desarrollo de El Salvador, aprovado pelo comitê de finanças da legislatura em 2021, criado, para permitir conversão de Bitcoin /dólar americano, facilitando troca entre as 2 moedas. Estreou a carteira Chivo, “legal”, que continha US$ 30 em BTC estabelecendo rede de caixas eletrônicos criptográficos no pais e outras 50 cidades nos EUA, facilitando transferência de dinheiro à famílias salvadorenhas. Portugal criou ambiente favorável à startups blockchain e criptomoedas utilizando a tecnologia em cadeia de suprimentos, saúde e gestão médica, serviços públicos e, através da plataforma Blockchain Panorama, incentiva partilha de informação e cooperação entre participantes no negócio blockchain lançada pelo governo português em 2019. Em consequência bitcoiners e entusiastas de criptomoedas se aglomeraram no país, atraídos por ambiente pró-cripto, oferecendo oportunidade de usar o BTC na vida real, pagando contas e impostos com a criptomoeda e, através da startup espanhola BitBase, trabalha para trazer mais caixas eletrônicos e lojas Bitcoin às principais cidades. O governo português aprovou em 2021 decreto estabelecendo condições à criação de zonas francas tecnológicas, ZLT, para promover inovação de base tecnológica, auxiliando na implementação de tecnologias blockchain via experimentação e teste, a partir daí, adota regulamentações mais rígidas sobre impostos criptográficos seguindo legislação de outros países europeus, anunciando em 2022 a reversão de lei tributária de longa data que excluía ganhos com criptomoedas na suposição que não tinham curso legal. Os Emirados Árabes Unidos, EAU, lançaram em 2018 a Emirates Blockchain Strategy 2021 para tornar região inteligente, com serviços de governo movidos a blockchain e empresas privadas buscando eficiência e, com blockchain, permite que governo e empresas economizem tempo, dinheiro e esforço, levando o cidadão usar sistema transparente e descentralizado com o governo desenvolvendo políticas que acolham a inovação no metaverso e mercados. Singapura é país líder na adoção blockchain, investindo em pesquisa e desenvolvimento e, devido ao clima regulatório favorável, tornou-se ponto de acesso à Ofertas Iniciais de Moedas, ICOs, com empresas blockchain optando por se incorporar lá.
Moral da Nota: legisladores do Texas apresentaram projetos de lei para criar moeda digital estatal lastreada em ouro, apesar das objeções de vários legisladores dos EUA contra a introdução de moeda digital do banco central, CBDC. O senador Bryan Hughes apresentou projeto de lei 2334 do Senado e o deputado Mark Dorazio projeto de lei 4903 da Câmara no mesmo dia, afirmando que uma fração equivalente de ouro físico apoiaria a proposta de moeda digital, as notas explicam que “cada unidade da moeda digital emitida representa fração específica de uma onça troy de ouro mantida em confiança”. O projeto de lei explica que uma vez que a pessoa compra certa quantidade de moeda digital, o destinatário usaria esse dinheiro recebido para comprar uma quantidade equivalente de ouro e o comprador receberia a moeda digital equivalente à quantidade de ouro que o destinatário compra com o dinheiro recebido do comprador. O projeto diz que “o administrador terá ouro suficiente para resgatar todas as unidades da moeda digital emitidas e ainda não resgatadas por dinheiro ou ouro”. Embora nenhum dos 2 projetos de lei tenham sido aprovado ou submetido a votação, estabelecem que a lei entra em vigor em 1º de setembro de 2023, no entanto, para se tornar lei oficial, ambos precisam passar por várias rodadas de votações. O governador da Flórida, Ron DeSantis, declarou que a CBDC daria ao governo "mais poder", acrescentando que fornece ao governo "visão direta das atividades do consumidor". O senador republicano Ted Cruz apresentou projeto de lei para bloquear o lançamento pelo Fed de CBDC "direto ao consumidor", afirmando que é "mais importante do que nunca" garantir que a política de moedas digitais proteja " privacidade financeira, mantenha o domínio do dólar e cultive a inovação."