quinta-feira, 27 de abril de 2023

Bosques e clima

O Grupo Futuro, holding de empresas líderes em seguros, saúde, turismo, agricultura digitalizada, energia renovável e logística, há 4 anos através da Fundação Futuro, promove o Programa Carbono Cero para combater efeitos da mudança climática.  O projeto é desenvolvido na Reserva da Biosfera Chocó Andino de Pichincha tendo como objetivos implementar estratégias de redução de gases efeito estufa nas empresas do Grupo Futuro, desenhar e implementar mecanismos de financiamento para ecossistemas com alta biodiversidade e apoiar comunidades que cercam esses ecossistemas via sustentabilidade e resiliência, fomentando seu crescimento. Em 2019,  as empresas do Grupo alcançaram neutralidade carbônica e investiram em estratégias para reduzir a pegada de carbono no âmbito do esquema Carbon Neutral Flow Trust, criado à conservação e restauração de florestas e adoção de práticas de gestão sustentável da terra conseguindo através do Programa compensar 38.434 T CO2eq em 7.166 hectares de floresta.  Até 2020, o investimento atingiu U$S 556.026 dólares e, em 2021, o Ministério do Meio Ambiente e Água apresentou o Programa Equador Carbono Cero, PECC, para incentivar implementação de ações à quantificação, redução e neutralização das emissões de gases efeito estufa, reforçando importância da iniciativa no marco ambiental do Equador.

Através de estratégia eficaz e potencial das novas tecnologias, segundo o diretor de TI e Transformação Digital do Grupo Futuro, existem questões  importantes para promover transformação integral em mudanças climáticas como o desenvolvimento de ideias no conselho das empresas, para discuti-las e tomar decisões, ou seja, desenhar ações que permitam o sucesso de projetos. Neste conceito emerge NFTree, iniciativa baseada em tecnologias Web 3.0 que calcula pegada de carbono de pessoas e empresas, permitindo  compensação imediata, explicando que “criamos  plataforma que integra 8 tecnologias diferentes e que, devidamente e estrategicamente orquestradas, permitem que esse token não fungível, NFT, gere valor ou NFTree”. Projetado para ajudar o usuário neutralizar as emissões de CO2 e, durante um ano, a plataforma preservar certa quantidade de florestas nas Reservas Mashpi-Tayra do Chocó Andino de Pichincha com tecnologia blockchain tornando-se peça fundamental para garantir transparência e rastreabilidade do carbono quantificando o impacto dessas ações de compensação.  Uma vez adquirido o token, o usuário recebe certificado digital de propriedade e autenticidade da área florestal onde decidiu compensar sua pegada e, desta forma, a Fundação garante que a parcela não é vendida a mais ninguém podendo a pessoa física ou jurídica monitorar a área em tempo real. No Grupo Futuro o NFTree oferece às empresas e indivíduos possibilidade de compensar o impacto da pegada de carbono de forma sustentável e segura no estado da arte, já que destinam até 90% da renda gerada com a compra do token à construção de corredores ecológicos, criação de meios de subsistência sustentáveis, conservação e expansão do ecossistema do Chocó Andino de Pichincha, assim, o NFTree é alternativa considerável para que organizações sejam mais sustentáveis. Essa ação não vai tornar uma empresa neutra em carbono, mas é exercício de transformação e caminho à descarbonização“ agregando grandes ou pequenas empresas de diferentes setores, público e privado, oferecendo modelo de negócios sofisticado refletindo o trabalho da Fundação Futuro, além disso, cria expectativas de crescer e contribuir à conservação, não só do ecossistema equatoriano, mas dos ecossistemas da região e do mundo”.

Moral da Nota: a Austrália aprova lei obrigando os maiores poluidores de carbono reduzir emissões criando teto às emissões do país e forçando as 215 instalações mais poluentes reduzir suas emissões em 4,9%, sendo que, o governo argumenta que sem o mecanismo a Austrália reduziria emissões em 35% até o final da década.  A administração do Partido Trabalhista de centro-esquerda disse que as reformas do Mecanismo de Salvaguarda são essenciais à Austrália atingir meta de reduzir as emissões em 43%, abaixo dos níveis de 2005,  até o final da década e zerar as emissões líquidas até 2050. Em vigor a partir de 1º de julho de 2023, a lei cria o primeiro preço do carbono na Austrália desde que um ex-governo trabalhista criou imposto sobre o carbono em 2012, enquanto o governo conservador revogou em 2014 e, desde então, rejeitou quaisquer políticas climáticas que fizessem os poluidores pagarem. Os Verdes, que representam 11 senadores, iniciaram negociações com o Partido Trabalhista na exigência que nenhum novo projeto de extração de carvão e gás seja permitido, convencidos que o acordo para limitar emissões significaria que metade dos 116 projetos  de carvão e gás novos propostos na Austrália não iriam adiante, enquanto o Partido Liberal e o Partido Nacional, que formaram o governo de coalizão conservador afastado em 2022 se opuseram à legislação. As emissões não poderão exceder o atual nível de poluição da Austrália de 140 milhões de toneladas métricas ou 154 milhões toneladas americanas por ano, limite, que  diminuirá com o tempo.  Grandes poluidores poderiam comprar créditos de carbono para ajudar atingir suas metas de redução de emissões, mas os poluidores que usam créditos de carbono para atingir mais de 30% de sua redução teriam que explicar por que não estavam fazendo mais para reduzir suas próprias emissões. O governo afirma que as reformas reduziriam as emissões de gases efeito estufa em 205 milhões de toneladas métricas ou 226 milhões de toneladas americanas até 2030, o equivalente a tirar ao mesmo tempo, dois terços dos carros das estradas australianas.