O CPQD, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, parceiro do MilSênior, braço tecnológico e de inovação da MedSênior, na criação de plataforma de dados em blockchain dos pacientes, RDDS, Rede Descentralizada de Dados em Saúde. O projeto colaborativo a EMBRAPII, Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, está inserido no conceito Open Health de acesso a registros eletrônicos de saúde dos pacientes de modo mais rápido, contando com versão resumida da plataforma, MVP, produto mínimo viável. A plataforma foi testada durante três meses na operadora de saúde e, segundo o líder de Tecnologia e Operação de Saúde, a utilização blockchain proporciona informações disponíveis, confiáveis, “permitindo evitar disparidades e desperdícios na prestação de serviços de saúde e contribuir à tomada de decisões mais assertivas” favorecendo controle de acesso aos dados cadastrais e médicos em razão da criação de identidade digital. A estruturação do projeto no conceito Open Health, segundo o gerente de soluções em blockchain do CPQD, facilita o compartilhamento seguro de dados do paciente explicando que “se o usuário mudar de operadora de saúde pode levar ao novo prestador seus dados como resultados de exames e histórico médico.” A plataforma foi desenvolvida na blockchain permissionada Hyperledger Fabric, que condiciona acesso por diferentes atores ao consentimento do paciente, de acordo com a LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, incluindo desenvolvimento da identidade digital descentralizada de pacientes, colaboradores, operadoras, terceiros, carteira digital, além da governança da RDDS.
CPQD e wconnect criaram 'carteira digital' em blockchain à dados de saúde chamado Simples Receita, com objetivo de oferecer mais segurança e confiabilidade à prescrição digital de receituário médico através da utilização blockchain. A plataforma em blockchain funciona como carteira digital que armazena o histórico de saúde do usuário onde são guardadas as prescrições de medicamentos, vacinas e histórico médico, que tem controle sobre o acesso às informações. O conceito adotado no Simples Receita é o de Open Health, com base em rede blockchain aberta que reune médicos, pacientes e farmácias que realizam vendas por e-commerce. A adesão à solução, onboarding, passa por processo de identificação e autenticação simples e segura e, segundo o fundador da wconnect, a rede blockchain foi criada e utilizada por grupo de médicos e pacientes que participaram do teste piloto. O líder técnico em Blockchain do CPQD informa que a "solução está disponível para comercialização ao mercado de redes de hospitais, planos de saúde e sistemas de prescrição digital de receitas”, destacando a integração da prescrição digital de medicamentos, emitida via blockchain, com o certificado digital do médico no padrão ICP-Brasil, exigência instituída por lei, para receitas de medicamentos controlados e atestados médicos emitidos em meio eletrônico, como teleconsultas.
Moral da Nota: a Marinha americana conduz projeto blockchain para melhorar linhas de suprimentos médicos em contrato com a Consensus Networks visando desenvolver sistema de logística em blockchain chamado HealthNet, projeto, construído na blockchain IoTeX com monitoramento e logística em tempo real à 700 mil marinheiros via plataforma HealthNet. O CEO da Consensus Networks, disse que os programas-piloto melhoram sistemas desatualizados e ineficientes incluindo logística médica, demanda por produtos farmacêuticos, previsão da demanda de hemoderivados além de fornecimento de próteses e equipamentos médicos. O HealthNet não é projeto exclusivo da Marinha, auxiliando operadores médicos utilizar ambiente de dados integrados e interface para rastrear fornecedores médicos do fabricante ao paciente reduzindo tempo de entrega e desperdício. As Forças Armadas dos EUA experimentaram blockchaine a a Força Aérea firmando contrato com startup blockchain, além da Marinha conceder à Simba Chain financiamento para desenvolver plataforma de mensagens segura e contrato para criar solução blockchain que permite detecção de demandas para peças essenciais de armamento militar.
OBS: Blockchains são descentralizadas, transparentes aumentando a capacidade da rede, dando ao usuário controle dos dados, com casos de uso se expandindo além da criptomoeda incluindo, saúde, logística e serviços financeiros. Em 2020, um banco de dados com informações de identidades governamentais e números de identificação fiscal de 115 mil pessoas que solicitaram licenças de circulação da COVID-19 foi exposto na Argentina, inspirando a ShelterZoom desenvolver solução para proteger dados médicos de violações cibernéticas criando provedor de software como serviço de documentos inteligentes, em parceria com hospital privado para dar ao paciente propriedade e controle sobre registros médicos. A extensão blockchain ou aplicativo móvel, permite usuários acessar painéis de registros médicos, realizar operações necessárias e rastrear anexos de e-mail controlando acesso, independente do destinatário ter aberto o e-mail. Historicamente, usuários cederam de modo gratuito informações privadas a sites e serviços e, com o Web3, assumem controle dos dados e determinam se devem monetizá-los para seu benefício. O Aura Blockchain Consortium, fundado para permitir clientes de marcas de luxo verificarem autenticidade do produto e, a Prada, em parceria com a Aura, por exemplo, permite que clientes rastreiem joias e diamantes reciclados garantindo autenticidade e transparência nas etapas da fabricação. O Aura é baseado na blockchain Ethereum e usa o Microsoft Azure, enquanto os contratos inteligentes de rastreabilidade do projeto e a infraestrutura blockchain foram desenvolvidos pela ConsenSys. A rastreabilidade, especialmente diamantes, é desafio à indústria de joias que se esforça para garantir que apenas diamantes livres de conflitos sejam vendidos.