O Bitcoin criado em 2009 como sistema de pagamento um para um descentralizado usando a tecnologia Blockchain e, em 2015, a Ethereum implementou código de programação Blockchain permitindo usuários criação de contratos inteligentes com transações personalizadas e desenvolvimento de aplicações descentralizadas. Segundo, Charles Hoskinson, cofundador da Ethereum, explica que a “Ethereum se assemelha a vinda do Javascript ao navegador” colocando desafios tecnológicos que, até o momento, limitou seu crescimento exponencial e com Bitcoin Cash, Ethereum Classic e Ethereum 2.0 como protocolos tentando corrigir problemas de crescimento ou escalabilidade. Outro protocolo é o Cardano, criado em 2015 por Hoskinson e lançado em 2017, blockchain Proof-of-Stake de terceira geração com token nativo, ADA, cujo preço chegou a US$ 3 escalando Cardano e Ethereum que lideraram o 'ciclo de supertouro' das criptomoedas. O Cardano foi planejado para resolver problemas que tiveram as duas gerações anteriores focando em questões de escalabilidade, interoperabilidade e sustentabilidade, com visão de fixar cada uma dessas categorias herdando qualidades da primeira e segunda geração, ao mesmo tempo que agrega conceitos e tecnologias ao ecossistema esperando que seja a Blockchain que dominará o mercado em futuro próximo.
A 'Escalabilidade' em termos de ativos criptográficos pode ser entendida a partir de 'Transações/segundo', TPS, ou noção de quantas operações podem ser colocadas no bloco em período finito de tempo, sendo a 'Largura de banda ou rede' protocolo capaz de suportar os dados que passam por ele, problema comum às empresas e complicado de resolver no ecossistema descentralizado e, por fim, os 'Dados' com a transação confirmada, independentemente de relevância, registrando em um bloco esperando-se que ao longo dos anos cresçam à petabytes conforme aumento das transações/segundo, problema em que um dos princípios da Blockchain é que cada nó tem uma cópia de todo blockchain, no longo prazo, não é amigável. A Interoperabilidade apesar da grande variedade de blockchains e tokens com características particulares, cada um desses sistemas possuem linguagem própria de programação e protocolos que não se entendem, contraditório ao ecossistema descentralizado estável, com cada blockchain tendo capacidade de comunicação com outros protocolos de modo simples. Quanto a busca pela convivência da indústria de cripto-ativos com o sistema financeiro tradicional, haverá regulação em alguns dos pontos, esperando-se regulamentação de ativos criptográficos, necessário à tecnologia obter capacidade de estabelecer comunicação com participantes do sistema financeiro. A Sustentabilidade refere ao modo como será pago o desenvolvimento feito na blockchain, com a Cardano gerando sistema de tesouro que premie a comunidade que trabalha, desenvolvendo e promovendo a rede, alcançado com mecanismo de votação democrática onde o usuário seja capaz de decidir qual o projeto mais importante ao protocolo e quem deve ser pago por seus serviços, se um desenvolvedor deseja solicitar financiamento se deve primeiro determinar os fundos necessários para realizar o trabalho ou se deve criar e enviar a proposta com detalhes da melhoria e finalmente os membros da comunidade revisam a proposta e votam por sua aprovação. A tesouraria funciona como contrato inteligente que ninguém tem controle dos fundos depositados e, extraídos automaticamente sob condições em um fundo digital, pretendendo que a comunidade continue desenvolver a Blockchain à medida que são recompensados pelo trabalho através de uma feira e sistema de governança sustentável.
Moral da Nota: o Cardano se propõe resolver a escalabilidade via Ouroboros, que consiste em protocolo de prova de estaca em sistema composto por garantias de segurança comprovadas, onde redes globais crescem de modo sustentável, além de amigo do meio ambiente uma vez que não necessita grande quantidade de energia para validar a transação e, segundo criador do Cardano, o Ouroboros é mais seguro, escalonável e eficiente, em termos de energia, que qualquer outro protocolo. Em relação à largura de banda e dados, resolveram com a “Arquitetura Recursiva de Redes”, RINA, consistindo em modo de estruturar redes permitindo rede heterogênea que preserva privacidade e transparência, ao mesmo tempo que escala de modo eficiente mantendo estabilidade medida que cresce. O RINA opera como rede escalável que não exige que todos os nós processem e salvem cada transação, tornando-a mais amigável aos membros da comunidade. No sentido da interoperabilidade a Cardano busca capacidade de observar e compreender transações que acontecem em sistemas e blockchains, por exemplo, verificar se a condição de um contrato inteligente pago com Ether é cumprida na rede Ethereum movendo-se por todos blockchains de modo ágil através de "Prova de trabalho não interativa", NIPoPoW, cadeia curta e independente que um programa de computador inspeciona para verificar se ocorreu um evento na blockchain PoW sem necessidade de baixar ou verificar todos os dados, otimizando o processo de verificação de operações e condicionais. O Cardano propôs-se resolver problemas nas duas primeiras gerações, projeto além dos mercados com objetivo em criar economia descentralizada, sistema escalável, interoperável e sustentável, amigo do ambiente, inclusivo, universal e democrático.