A ONU nomeou 4 cidades europeias como Resilience Hubs, "centros de resiliência" globais, sendo que cada uma desenvolveu soluções locais para melhorar capacidade de resistir e recuperar de desastres e apoiar o aprendizado compartilhado. Barcelona, Manchester, Helsinki e Milão apontadas como as primeiras quatro cidades europeias reconhecidas como “Centros de Resiliência” pela política e trabalho de defesa em lidar com o clima e riscos de desastres. Escolhidas por iniciativa da coalizão MCR2030, Fazendo Cidades Resilientes 2030, como Centros de Resiliência, trabalham na melhoria e colaboração cidade a cidade inspirando outras comunidades se tornarem mais resiliente a desastres. Cada cidade demonstrou liderança na inclusão do risco e resiliência nas políticas e abordagens municipais, com Manchester por exemplo, reformulando estratégia de resiliência, com atenção aos riscos de inundações locais e, através da parceria “Moors for the Future”, busca evitar enchentes abordando-as na fonte na bacia superior em vez de mitigar seu impacto no centro urbano.
Com abordagem holística semelhante, Helsinki combina tecnologia emergente com dados municipais para integrar risco de desastres e resiliência ao planejamento urbano, através de mapas interativos simulando cenários de risco na cidade como, chuva forte, aumento do nível do mar e poluição, garantindo deste modo conscientização sobre riscos nos estágios iniciais do desenvolvimento municipal. As cidades estão lidando com problemas municipais diversificados com Milão, por exemplo, utilizando infraestrutura verde para combater riscos de chuva e temperatura, além de desenvolver mecanismos de financiamento para proporcionar recuperação econômica verde pós-Covid. Barcelona espera avançar no conhecimento e autoavaliação das vulnerabilidades, fornecendo recomendações à ações resilientes que ajudem orientar políticas municipais à redução de riscos. No âmbito do programa de cooperação cidade a cidade e do acordo de colaboração com o programa de resiliência global UN-Habitat, Barcelona trabalha para oferecer suporte técnico a Túnis, Bogotá e Cidade de Gaza no desenvolvimento de perfis de resiliência.
Moral da Nota: cientistas estão assustados com recentes extremos do clima, como as inundações no Paquistão e África Ocidental, secas e ondas de calor na Europa e África Oriental, além de derretimento desenfreado do gelo nos pólos. A rapidez e ferocidade dos eventos recentes alarma pesquisadores, combinada com ameaça mal definida de pontos de inflexão, aspectos do aquecimento que se tornariam imparáveis. Modelos climáticos projetam aumento consistente nas temperaturas, mas suave, recentemente o clima parece enlouquecer. O aumento da temperatura média global é métrica útil de quão longe as mudanças climáticas chegaram, mas não traz mensagem do provável impacto local e regional. Em julho de 2022, o Reino Unido teve seu primeiro dia de 40°C e, dois anos antes, pesquisadores disseram que as chances de isso acontecer nesta década eram de 100 à 1. Atualmente, o nível de CO2 atingiu pico de 420 ppm e a “última vez que o planeta viu 400 ppm de CO2 foi de três a quatro milhões de anos atrás, no Plioceno, quando níveis globais do mar estavam de 10 a 20 metros mais altos e as temperaturas de 2º a 3º mais altas, mudanças, ao longo de milhões de anos e agora parece que estamos forçando tais mudanças em períodos de tempo mais curtos.” Nos últimos 20 anos, o Ártico perdeu um terço do volume de gelo marinho no inverno, a América do Norte e Europa sofreram recordes de calor e incêndios florestais, na Califórnia, chuvas recordes não conseguiram extinguir efeitos devastadores de anos de seca, com a Flórida, cujos líderes republicanos votaram contra as políticas de mudança climática, imploraram a Washington por dinheiro depois que o furacão Ian atingiu o estado. Grande perda de vidas devido inundações na Nigéria e o verão na Europa trouxe calor implacável, rodovias na França fecharam pelos incêndios florestais que também devastaram Espanha, Portugal e Grécia, com o norte da Itália podendo perder metade da produção agrícola pela seca do rio Pó, o mais longo do país. Isso, com 1,1°C ou 1,2°C de aquecimento e cientistas pedindo aos políticos que não descubram como é o aquecimento global de 2°C acima de níveis pré-industriais.