O lançamento pelo BNDES e TCU da RBB, Rede Blockchain Brasil, poderá substituir o RG por NFTs como identidade no Metaverso e Web 3. A RBB será rede camada 1 em Proof-of-authority, PoA, cujos validadores são entidades públicas ou privadas e, como rede blockchain de camada 1, permitirá que autorizadas criem aplicações descentralizadas. Segundo o presidente do BNDES, para participar da rede, os interessados, entidades do poder público de estados e municípios, ou, do setor privado, necessitam assinatura de termo de cooperação, daí, desenvolver MVP de aplicações compartilhando dados e informações entre partícipes. A expectativa é que em 2023 a primeira aplicação descentralizada esteja funcionando na RBB, com o destaque do Ministro do TCU que os participantes da RBB devem estudar o modo como NFTs, tokens não fungíveis, atuam em mecanismo de identificação dos usuários na Web 3.0 e metaverso. O Secretário Geral de Controle Externo do TCU avalia como objetivo da RBB, incentivar a modernização do compartilhamento de informações entre esferas de governo, entidades públicas, particulares, empresas privadas e cidadãos, permitindo criação de diferentes Dapps, com base na melhoria dos seviços públicos e permitindo aplicações voltadas a DeFi atuando como camada de confiança à diferentes atores do setor público e privado.
Neste conceito de disrupção no setor público, a USP torna-se parceira da Radio Caca como primeira universidade pública brasileira no metaverso. Formalmente chamada de Radio Caca, RACA, a USM, United State of Mars, pretende fomentar pesquisas sobre aplicações, aspectos técnicos, econômicos e legais do Metaverso. A USP recebeu como parte da parceria, um terreno no USM metaverso como um NFT, primeira vez que a universidade recebe NFT como parte do patrimônio, pretendendo construir espaços diferenciados de interação com e entre usuários ou alunos, professores, pesquisadores, visitantes e etc. Inicialmente a parceria se dará em colaboração com pesquisadores de convênio já firmado, o UBRI, University Blockchain Research Initiative, patrocinado pela Ripple e sediado na Escola Politécnica. A USP planeja realizar pesquisas no metaverso em áreas diversas destacando pesquisas na educação e psicologia, avaliando aprendizado e comportamento em aulas e interações nesse ambiente.
Moral da Nota: Dubai intensifica ambições relacionadas ao metaverso com 40 mil empregos virtuais até 2030 inseridos na Estratégia Metaverso Dubai, visando tornar-se uma das 10 principais economias metaverso no mundo. Espera transformar o emirado na capital global de tecnologia, focada em IA e Web3, sendo que a Dubai Metaverse Strategy se alinha com objetivos da Estratégia IA dos EAU, para melhorar o status nacional como um dos líderes mundiais em setores futuristas via investimento em novas tecnologias. A Estratégia Metaverso Dubai inclui colaboração de desenvolvimento e pesquisa, P&D, para aumentar contribuições econômicas do metaverso usando aceleradores e incubadoras para atrair empresas e projetos do exterior, fornecendo suporte educacional do metaverso à desenvolvedores, criadores de conteúdo e usuários de plataformas digitais na comunidade metaverso. Pretende criar modelos de trabalho do governo em turismo, educação, varejo, trabalho remoto, saúde e setor jurídico no âmbito da Estratégia, pilares à realidade estendida, realidade aumentada, AR, realidade virtual, VR, realidade mista e gêmeos digitais, representação virtual de um objeto ou sistema. Sugere promover implantação completa de redes 5G permitindo computação de borda, facilitando coleta de dados armazenados e processados localmente através de dispositivos inteligentes e redes locais em vez da nuvem. O comunicado avalia que VR e RA criaram 6.700 empregos e contribuíram com US$ 500 milhões à economia dos EAU e, globalmente, o valor do capital de risco e financiamento de capital privado no metaverso atingiu US$ 13 bilhões em 2021, enquanto as vendas de imóveis no metaverso ultrapassam US$ 500 milhões.