domingo, 17 de julho de 2022

Prova de autoridade

A Rede Brasil Blockchain, RBB, utilizará sistema baseado em consenso por ‘prova de autoridade’ ou Proof-of-authority, PoA,  cujas transações serão  validadas por entidades públicas e privadas integradas à rede. A RBB consiste em rede de camada 1 prevendo criação de aplicações descentralizadas por entidades autorizadas, prevista para 2023, cujo projeto idealizado em 2018 será de rede simplificada com camada de controle a agentes do governo federal usando o Hyperledger Besu 2.0 como hub de desenvolvimento. Segundo desenvolvedores o Besu  possui mecanismos de prova de autoridade, proof of authority, que neste caso, será uma camada de controle de agentes estatais embora possua mecanismos de prova de trabalho, PoW, já que a RBB não terá mineração, tratando-se de cliente Ethereum executada em redes privadas e de testes como Rinkeby, Ropsten e Gorli. A RBB utilizará projetos desenvolvidos na América Latina, Europa e Espanha, pela necessidade de criar estrutura única tendo como pilares de transparência e busca por estrutura simples e acessível.O desenvolvimento da RBB tem coautoria da Dataprev, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência, PUC-Rio, Prodemge, Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais, Prodest, Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo e o  IDB LAB, laboratório de inovação do American Development Bank Group.

A próxima fase da RBB, Rede Blockchain Brasil,  é desenvolver regulamentos de governança da rede que acontecerá nos próximos meses, posteriormente iniciará o processo de pré-produção e disponibilização nos serviços públicos das instituições que aderirem, prevista para 2023. A construção de rede híbrida é a proposta prática buscando avançar a Blockchain, segundo desenvolvedores,  para disponibilização de serviços básicos ao setor privado construir novas aplicações. O foco inicial são serviços como notarização de documentos públicos, identidades digitais estatais, rastreio da dívida e gasto público de modo mais eficiente, com o Estado atuando como provedor da infraestrutura permitindo ao setor privado atuar na construção de soluções.

Moral da nota: o ministro do TCU sugeriu estudos à emissão descentralizada de identidade digital em formato de tokens não fungíveis, NFTs,  compatíveis com metaverso e  web3. Instituições como ONU e OCDE estão engajadas em analisar o potencial blockchain gerando recomendações à reguladores com a criação  do BEPAP,  OCDE blockchain Expert Advisory Board.  O BEPAB representa quarenta e cinco membros da OCDE, ao lado da  Comissão Europeia, setor privado, órgãos da indústria e sociedade civil, focado no desenvolvimento de  princípios e recomendações para adoção blockchain em setores diversos.  Já a RNP,  Rede Nacional de Ensino e Pesquisa,  vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, integrando instituições de ensino e pesquisa do Brasil, aderiu a RBB,  Rede Blockchain Brasil, lançada pelo BNDES,  Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e TCU, Tribunal de Contas da União. A RNP em parceria com o MEC desenvolve solução blockchain para criação do diploma digital, que permitirá geração, autenticação e preservação de diplomas acadêmicos devendo desenvolver ações na RBB nas áreas de pesquisa e educação.  A adesão da RNP a RBB, significa, segundo desenvolvedores, que todos os seus dados serão distribuídos nos recursos computacionais dos partícipes  do projeto com função de validação, descentralização e integridade da informação.