sábado, 16 de julho de 2022

Nova Zelândia

A Nova Zelândia promulgou lei que exige a bancos, seguradoras e gestores de investimentos relatarem impactos nos negócios das mudanças climáticas. Bancos ou Seguradoras com ativos sob gestão de mais de US$ 703 milhões e emissores de ações e dívidas listados na bolsa de valores do país deverão fazer divulgações. O projeto de lei exige que empresas financeiras expliquem como administrariam riscos e oportunidades relacionadas ao clima, estando nesta categoria as 200 maiores empresas do país e estrangeiras que atendam ao limite requerido pela legislação. O governo neozelandês introduziu políticas para reduzir emissões incluindo promessa de tornar o setor público neutro em carbono até 2025 e comprar apenas ônibus para transporte público com emissões zero.

Pesquisa da Universidade de Utah e Universidade Cornell publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, revela que micro fragmentos plásticos de embalagem e garrafas de refrigerantes viajam na atmosfera carregados por ventos. A maior parte do lixo plástico é enterrada em aterros sanitários, incinerada ou reciclada, no entanto, 18% permanece no ambiente se fragmentando até que sejam lançados no ar. Significa que parte do plástico jogada no mar e na terra apresenta risco potencial aos ecossistemas, embora,  tenha havido progresso com a criação de polímeros biodegradáveis. A pesquisa coletou dados de microplásticos atmosféricos do oeste dos EUA de 2017 a 2019 descobrindo que são depositadas 22 mil toneladas anualmente, além de 14 milhões de toneladas no fundo do mar. No oceano formam ilhas de plástico sendo quebrados em partículas que ficam na camada superior da água, lançadas no ar pelas ondas e vento, além de grandes cidades e fazendas através da poeira nos processos agrícolas. Na atmosfera os plásticos permanecem por até seis dias e meio e, nesse período, "sob condições adequadas são transportados aos oceanos e continentes em viagem ou re-suspensão", sendo EUA, Europa, Oriente Médio, Índia e Ásia Oriental pontos críticos na deposição de plástico em terra.

Moral da Nota: partículas e fibras microplásticas geradas na decomposição de resíduos mal gerenciados são tão predominantes que circulam pela Terra de modo semelhante aos ciclos biogeoquímicos globais. Estradas dominam as fontes de microplásticos no oeste dos EUA seguidas por emissões marítimas, agrícolas e poeira geradas por vento dos centros populacionais.A poluição por plástico é questão ambiental e social urgente no século XXI sendo determinante o papel da atmosfera no transporte, cujo esforço usa dados de deposição espacial e temporal de alta resolução ao lado de fontes de emissões hipotéticas para restringir o plástico atmosférico.