O gráfico de Curva-S, modelo de penetração de mercado, comprovado em casos anteriores de tecnologias disruptivas, consiste em cinco “grupos-alvo de mercado” representado por, Inovadores ou 2,5% da “adoção final”, Primeiros Usuários ou 10%, Maioria Inicial ou 40%, Maioria Tardia outros 40% e Retardatários ou 10%. O conceito demonstra que a inovação tecnológica parece lenta no início, se mantendo desconhecida da grande maioria do público na primeira fase e, utilizada por grupo envolvido no desenvolvimento. A segunda fase, marcada pelos primeiros usuários ligados ao grupo anterior, reflete maior abertura pelo público que enfrenta resistência, enquanto a aceitação não atingiu o mainstream. As fases seguintes revelam entrada de entidades, antes críticas à tecnologia em seu início e de usuários não-entusiastas que seguem os demais sem a adequada compreensão do que utiliza. Os retardatários, por fim, tendem ao grupo resistente em adotar a tecnologia ou que possuem restrições como regulamentações proibitivas.
A Blockware pesquisou o conceito coletando dados de casos passados de adoção disruptiva em tecnologias e segmentos diversos, montando modelo através de resultados individuais, criando uma média para identificar padrão e transpor métricas em relação ao aumento da adoção do Bitcoin. Os dados se relacionam ao percentual de domicílios americanos que possuem automóvel, rádio, telefone fixo, energia elétrica, adultos possuidores de smartphone, tablet, telefone celular, acesso à internet e que usam pelo menos um site de mídia social nos EUA. Observaram que tecnologias com “efeito de rede” tem maior peso na curva de adoção, caso das redes sociais, quer dizer, quanto mais usuários usam as tecnologias maior o potencial de crescimento e seu valor. Daí, além do cálculo de uma média geral, foi calculada a média ponderada por peso, onde 60% está alocado à tecnologias mais influenciadas pelo “efeito de rede” que se assemelham mais ao caso do Bitcoin e tecnologias monetárias em geral. Internet, Celular e Redes Sociais adquiriram 20% de peso cada, enquanto Automóveis, Eletrônicos, Energia, Telefone fixo, Rádio e Tablet receberam 6,67% cada . Segundo a Blockware Intelligence a média ponderada colocaria o padrão em nível de adoção entre 60% e 70% no período de 11 anos representando a quarta fase de maioria tardia.
Moral da nota: o relatório prevê crescente adoção do Bitcoin nos próximos anos comparando com padrões de adoção tecnológica passados, cruzando dados da criptomoeda e demonstrando provável aumento da sua adoção pela sociedade global. A Blockware Intelligence é plataforma de research da Blockware Solutions, cujo relatório busca propor um modelo conceitual para examinar a adoção do Bitcoin por contextos passados, envolvendo tecnologias disruptivas e analisando ciclos de adoção buscando maior precisão nas taxas de crescimento futuro. O relatório sugere que o aumento da adoção do Bitcoin esteja, neste momento, no final da fase 2 considerando que para medir sua crescente aceitação foi escolhida a métrica on-chain de Crescimento Líquido de Entidades, CLE, que mede o número de novos endereços na rede, subtraído do número de endereços zerados, indicando o resultado de Entradas menos Saídas, ou , CLE = E – S. Ao comparar estes números com a população global, supõe-se adoção do Bitcoin estimada de 0,36% da população global 13 anos após a criação da tecnologia, posicionando-a no fim da fase 1 e início da fase 2, entre os primeiros usuários na curva de aumento da adoção, com menos de 10% da adoção total, sendo que os 10% ou 800 milhões de pessoas deve ser alcançados em 2030.