domingo, 10 de julho de 2022

Smart city

Impulso para se tornar mais inteligente, mais verde e mais sustentável ressoa através do conceito de Smart City consistindo em estrutura baseada em tecnologias de informação e comunicação, permitindo desenvolvimento de práticas sustentáveis ​​para enfrentar os desafios da urbanização na busca por aumentar a eficiência e melhorar a qualidade de vida dos moradores e serviços. A cidade inteligente tem como objetivo a maximização do uso de recursos para tornar o cotidiano acessível e melhor às pessoas que trabalham e habitam o espaço urbano. A McKinsey prevê em relatório que até 2050, 2,5 bilhões de novos moradores se mudarão à cidade e, neste cenário,  os dados estão no centro com tecnologias inteligentes se desenvolvendo para permitir que a próxima onda planeje o futuro usando recursos com sabedoria.  As cidades geram dados levantando a questão de definição do termo “mais inteligente” em melhorar o desempenho e o transporte, utilizar dados, melhorar a qualidade de vida do cidadão , acesso a serviços públicos,  otimização de recursos, redução de desperdício, melhoria de consumo e custos entre outros.

A cidade inteligente dependente da coleta de dados para aprimorar projetos de infraestrutura, como Moscou que lançou catálogo de projetos de cidades inteligentes contendo informações de recursos em 68 projetos e conjuntos de dados públicos para facilitar a infraestrutura urbana.  IA e aprendizado de máquina são elementos centrais na conectividade da cidade, por exemplo, sensores inteligentes implantados para detectar, rastrear e classificar veículos, pedestres e ciclistas melhoram o gerenciamento do tráfego. A interação governo/cidadão é crucial para proporcionar engajamento, inclusão e segurança aos moradores, sendo que importa o direito do cidadão de participar da troca de informações. Edimburgo através de seu governo, se compromete tornar-se cidade alimentar sustentável como reflexo de movimento em direção a uma cidade mais verde e habitável respondendo ao plano de emergência climática, abordando a questão e ajudando fornecer net-zero, a Arup e a C40 incitando bairros usarem o princípio da cidade de 15 minutos.  Desenvolver a vizinhança e contar com amenidades locais torna-se catalisador à mudança, respondendo a visão de um futuro de baixo carbono com diferentes modos de transporte, como veículos elétricos de micro-mobilidade e veículos autônomos permitindo rede logística eficiente reduzindo emissão de gases efeito estufa. Dubai estabeleceu o metrô autônomo mais longo do mundo expandindo opções de viagem ligando diferentes estações, exemplo de desenvolvimento de cidade inteligente que aprimora conectividade e mobilidade inteligente,  como o governo de Seul buscando fornecer 270 mil veículos elétricos ao transporte público até 2050.  Boston planeja a expansão do compartilhamento de bicicletas, Pescara lança frota de 100 ciclomotores elétricos MiMoto, emergindo globalmente as cidades correm ao NetZero, reduzindo emissões e contando com recursos e comodidades à combater mudanças climáticas e problemas do aquecimento global.

Moral da Nota: carta aberta aos líderes internacionais que participaram da COP26 enumera princípios críticos aos líderes apoiarem no desenvolvimento  de cidades sustentáveis. Amparada pelo conselho consultivo composto por representantes de  ONGs, cidades e organizações do setor público/privado com preocupações  sobre  mudanças climáticas, destacam aspectos da vida urbana e ambientes que afetam o cidadão e autoridades municipais. Na 'inclusão', busca-se Inserir o cidadãos na tomada de decisões gerando melhores resultados com boa 'governança' através da participação, transparência, responsabilidade e dados abertos. Na 'diversidade' como princípio fundamental promovendo resiliência e sustentabilidade em escala urbana, com resiliência envolvendo estratégia às melhores equipadas para proteger o cidadão e ambiente dos efeitos extremos do clima.  O 'bem-estar' emerge por estratégias medidas por índices com melhores resultados de longo prazo, em detrimento de cidades orientadas apenas por medidas econômicas. 'Espaços Verdes' criam e preservam árvores e flora nativas promovendo a longo prazo, resiliência, bem-estar e prosperidade ao cidadão e a biosfera, sendo que o apoio em nível nacional com metas líquidas zero e 'transição justa'  ativamente incentivadas e apoiadas por programas governamentais nacionais auxiliam nações alcançarem suas ambições. Na 'infraestrutura' dão ao cidadão acesso que proporciona segurança física, saneamento, eliminação de resíduos, ar limpo, fornecimento de energia renovável e conectividade digital. Por fim, 'pensamento Sistêmico' equipando líderes, incluindo capacidade de construir sinergias de sistemas e princípios de economia circular dando maior probabilidade de atingir metas de zero líquido. A 'tecnologia Digital' para medir e gerenciar a atividade nos sistemas urbanos são mais capazes de promover mudanças locais efetivas que aquelas sem os dados. O 'transporte saudável' priorizando o transporte ativo, depois o transporte público e o transporte privado é a trilha a seguir. Os princípios são interconectados e interdependentes, demonstrando até onde autoridades municipais, apoiadas pelos governos nacionais, devem ir para apoiar a ação climática holística e imperativa necessária à prevenção de desastres globais.