A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Glasgow, COP26, instou comprometimento em reduzir contribuições às emissões de carbono e, em menos de 30 anos fazer com que se voltem à blockchain, comprando compensações de carbono e despertando interesse renovado na sua captura. O PNUMA, Programa das Nações Unidas ao Meio Ambiente, identificou transparência, energia limpa, mercados de carbono e financiamento climático como áreas em que a blockchain acelera a ação climática. Na Cúpula de Paris em 2017, o Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU aglutinou organizações multissetoriais para estabelecer iniciativa global aberta, a Climate Chain Coalition, sinalizando apoio ao blockchain no clima. Durante a MENA, semana do Clima do Oriente Médio e Norte da África, o PNUMA, a Associação Internacional no Avanço de Abordagens Inovadoras aos Desafios Globais, IAAI GloCha, e a Comissão Econômica e Social da ONU à Ásia Ocidental, reuniram interessados em blockchain na região MENA para moldar entendimento comum do potencial da tecnologia em apoiar países com ação climática, seguido pelo Blockchain4Climate.
Apesar do setor de ativos digitais sofrer criticas pelo alto consumo de energia, há que diferenciar que criptomoedas e plataformas blockchain subjacentes são eficientes em termos de energia e sustentam iniciativas climáticas. A Algorand declarou que seu blockchain é neutro em carbono; o Kickstarter comstrói plataforma de crowdfunding na plataforma blockchain Celo, negativa em carbono e a SavePlanetEarth criou Tokens Não Fungíveis Inteligentes de Crédito de Carbono, NFTs, certificados no Phantasma, uma blockchain verde para criação de aplicativos descentralizados. O sequestro e a alavancagem de mercados voluntários de carbono abriu portas para soluções de ativos digitais verdes, que podem ser tokenizados e usados como commodities em sistema de mercado como tokens de serviço verde, uma recompensa pela redução das emissões de carbono; tokens de ativos verdes, créditos de carbono tokenizados ou compensações de biodiversidade, criptomoeda verde, programada para ser gasta em produtos verdes e plataformas de emissão de token de segurança verde projetadas para permitir relatórios à prova de impacto verde. A TreeCoin vende ativos tokenizados vinculados a eucaliptos e os reinveste em eucaliptos no Paraguai, o Carbonland Trust possui um crédito de carbono tokenizado para conservação florestal, enquanto o Cambridge Carbon Credit Centre compra créditos de carbono para financiar soluções baseadas na natureza que preservam a biodiversidade. A ClimateCoin incentiva a compensação de carbono concedendo tokens à pessoas que plantam árvores ou reduzem as emissões de CO2, aliviando a pobreza, apoiando projetos que recompensam agricultores que plantam e mantêm árvores em partes subutilizadas das terras. A Evercity e a Blockchain Triangle são plataformas integradas que orientam e agregam iniciativas e créditos de carbono, vinculando-os a investidores e mecanismos financeiros, como títulos verdes digitais através de plataformas em blockchain. A capacidade de incluir créditos de mercado voluntários em relatórios nacionais sob o Acordo de Paris está sendo abordada através de iniciativas como Blockchain for Climate, a plataforma Bitmo e Open Earth Foundation além de Contabilidade Climática Aninhada ao Paris Global Stocktaking.
Moral da Nota: a Blockchain melhora e gerencia redes inteligentes em mercados de energia descentralizados, permitindo comércio de energia ponto a ponto confiável e transparente. A Powerledger permite que consumidores comprem, vendam ou negociem eletricidade renovável em excesso, diretamente entre si, a Solstroem se concentra em acelerar a transição energética em países em desenvolvimento e emergentes fornecendo energia solar fora da rede e microcréditos de carbono com marcação geográfica e carimbo data/hora adquiridos por indivíduos ou empresas. A Electron, sediada no Reino Unido, usa contratos inteligentes na blockchain Ethereum para construir rede inteligente fornecendo energia constante, sendo que a Grid Singularity é mercado de energia descentralizado e plataforma de troca de dados de energia. O TransActive Grid também é um mercado de energia blockchain, se concentrando no comércio local de energia ponto a ponto. A Blockchain será ferramenta de medição e relatórios em combinação com IA e IoT além de bancos de dados interconectados em larga escala, em clima, água, terra em estudo de desertificação e desmatamento prevendo eventos e tendências meteorológicas. Os contratos inteligentes Blockchain oferecem mecanismo de custo zero e à prova de adulteração para conectar mudanças ou resultados ambientais com incentivos/desincentivos financeiros . A IAAI GloCha trabalhando com a Evercity apresentou na MENA sua United Citizens Organization for Climate Empowerment Climate Week, como iniciativa emblemática na COP28 à 28ª sessão agendada para 6 a 17 de novembro de 2023.