No âmbito das criptomoedas como o Bitcoin, Ethereum e Solana, por exemplo, fala-se em liberdade, soberania e descentralização, maximalistas ou simpatizantes de cada projeto atacam pontos a favor buscando omitir pontos contrários, gerando debate sobre conceitos. O caso do Bitcoin remete ao whitepaper defendendo alternativa ao sistema econômico-financeiro, falho e corrompido, baseado em tecnologias existentes, montado e consolidado, gerando sinergia maior que a soma de suas peças . Seu criador, Satoshi Nakamoto, ausente, permitiu que projeto continuasse se fortalecer a tal nível que sua presença atual é global, apesar de críticas técnicas, melhorias, problemas, soluções e evolução. Além da atuação como moeda, conseguiu originar milhares de projetos diferentes, muitos ainda existentes e outros ausentes, no entanto, emerge questão especulativa ao saber por exemplo que o ativo subiu 10 mil % em menos de um mês, denotando nível de ambição dos ideais de cada indivíduo. Nesta ideia, a primeira coisa que surge sobre o Bitcoin é o preço, no entanto, há outros que buscam refúgio contra inflação e diversidade de projetos à se refugiar ou investir capital.
A Cardano, implementa a prova de participação, PoS, em vez da prova de trabalho, PoW, vantagem em termos de eletricidade e equipamentos, portanto, validar transações não é tão caro quanto em Bitcoin e Ethereum, necessitando de Operadores de Pool de Estacas, SPOs,ou, aqueles que representam seus delegantes. A Solana, rede que opera com PoS e, para implementar um nó, além do alto custo, necessita garantia em tokens SOL de que o pool será honesto na rede., quer dizer, poucos têm possibilidade de promover descentralização de forma orgânica, ou seja, evitando investir em campanhas publicitárias e visando mais a divulgação clássica através das redes sociais e boca a boca. O código-fonte de cada rede, no caso do Bitcoin por exemplo, é open source, significando que qualquer pessoa pode baixar a receita de como a rede é construída, avaliá-la, conhecê-la a fundo, encontrar vulnerabilidades, propor melhorias e construir sua própria rede e criptoativo com base no código. Ethereum, Cardano e Solana são open source, mas a complexidade do código fonte está relacionada ao desempenho de cada rede, portanto, são redes mais difíceis de manter e modificar com 'nós' mais demorados de atualizar, por vezes exigindo equipe especializada, pontos de suporte, ambientes de teste ou infraestrutura maior. Existe diversidade de projetos como Ripple, Polkadot, Polygon, Avalanche, Terra e tantos outros levando ao melhor desse novo universo tecnológico experimentar e usar até encontrar o que nos agrada.
Moral da Nota: pesquisa da consultoria Finder, especializada na adoção de criptomoedas, mostra que Argentina e México são países líderes na adoção de criptoativos na AL e sua taxa de crescimento é comparável a dos países europeus, ocupando 14ª e 15ª posições globalmente, com penetração de 15% na população adulta, à frente da Venezuela, 14,6%. Na verdade, a taxa está um pouco abaixo da média mundial de 15,5% ao passo que Venezuela, Colômbia e Brasil seguem atrás, completando os únicos 5 países da região entre os 27 que compõem o último Finder Cryptocurrency Adoption Index. Os argentinos constroem seus portfólios de investimento mostrando que o Bitcoin é líder com 16% do mercado, seguido pelo Ethereum com 14% de participação, atrás do Dogecoin com 12,9%, Solana e Ripple compartilham 11,7% e 10%, respectivamente. A propriedade de criptomoedas é dominada por jovens, com média de 56,1% dos proprietários entre 18 e 34 anos, enquanto as de 35 a 54 anos são o próximo grupo mais provável a posse de criptomoedas com 19,3% enquanto os maiores de 55 anos estão em último lugar com 13,9%. Por fim, dados do México mostram que nos últimos 3 meses o uso de criptomoedas aumentou 3% entre a população adulta, atingindo 13,7 milhões de pessoas.