A Vale e o HSBC inseridos na disrupção fazem operação de crédito inédita usando blockchain para venda de minério à China em tempo recorde, enviando transações internacionais através da mineradora. A matéria da Exame informou que a Vale estreou o novo serviço HSBC com emissão de Cartas de Crédito blockchain à exportação de minério de ferro para China, transação, completada em menos de 24 horas, com a mesma operação de Modo "analógico" levando 10 dias. Operações em blockchain do HSBC utilizam a blockchain Countour, desenvolvida pelo consórcio de bancos entre HSBC e instituições como ING, BNP Paribas e Citi. O HSBC se aproxima da blockchain no mundo e recentemente tornou-se a primeira entidade estrangeira aderir à KYC Blockchain de Dubai. Por fim, desenvolveu portfólio de serviços digitais chamado de Mindset Digital, que além de operações blockchain oferece soluções de gestão financeira, cotação de câmbio, assinaturas digitais ou eletrônicas e liquidez.
Já o JPMorgan Chase, maior banco dos EUA e uma das maiores holdings financeiras do mundo, se interessou pela blockchain em 2017 ao se associar à Enterprise Ethereum Alliance, associação de empresas interessadas no desenvolvimento da blockchain Ethereum. Em 2018, publicou a “Bíblia Bitcoin” explicando aos investidores o positivo e negativo de investir em criptografia e em 2019, anunciou o “JPM Coin” para bancos liquidar transações de modo rápido, lançado em 2020. Lidera o Interbank Information Network, consórcio blockchain com mais de 130 bancos utilizando a tecnologia de contabilidade distribuída, melhorando conformidade e reduzindo atrasos de processamento e, embora pró-blockchain, assumiu postura negativa em relação ao Bitcoin que parece mudar à medida que o preço da criptomoeda atinge novos máximos. A Salesforce, gigante do software, inaugurou a blockchain em maio de 2019 com o produto conhecido como “Salesforce Blockchain”, plataforma de baixo código estendendo o poder do sistema de gerenciamento de relacionamento com os mais de 150 mil clientes da Salesforce ou, CRM. A blockchain Salesforce conecta empresas com equipes de TI impulsionando o ROI, utilizado por empresas como a Automobili Lamborghini autenticando carros Lamborghini tradicionais. Em abril 2020 integrou a blockchain comercial da Lition para auxiliar alavancar descentralização de dados no seu CRM e recentemente, fez parceria com a IBM trazendo o Digital Health Pass em blockchain da IBM à plataforma Salesforce. A Fujitsu, japonesa de TI, se interessou por blockchain desde 2016 e em 2017, desenvolveu software blockchain movido a Hyperledger para tratamento, acesso e distribuição de dados e posteriormente anunciou planos de comercializar a solução tornando a Fujitsu competidora direta com a solução blockchain da IBM. Se interessou ainda por identidade digital com blockchain para detectar identidade e credenciais do usuário à transações online, com o detalhe que o terceiro maior banco do Japão, o Mizuho Bank e o gigante de pagamentos local JCB, emergindo interoperabilidade de identidade digital alimentada pela blockchain da Fujitsu.
Moral da Nota: segundo a chainalysis, a Argentina, 16º, e o Brasil, 17º, estão no “Top 20” dos países com maior adoção de DeFi, índice publicado pela "Global DeFi Adoption Index" entre 154 países ao redor do mundo. A classificação dos países é baseada na adoção mais elevada incluindo as vinte principais nações que adotaram a plataforma, bem como as transações que impulsionam o aumento da adoção de DeFi globalmente. O índice de adoção criptográfica situa a Argentina entre as 10 primeiras nações do estudo, sendo que o relatório detalha dados que mostram a classificação dos 154 países avaliados com base em métricas de componentes como o valor da criptomoeda na cadeia recebido por plataformas DeFi por PPP per capita, valor total de varejo recebido por plataformas DeFi e depósitos individuais em plataformas DeFi equilibrando atividade DeFi com a de pessoas de alta renda em países mais ricos. O estudo da Chainalysis mostra países que lideram o ranking na adoção da base DeFi, que tendem apresentar altos volumes de criptomoedas de valor movimentadas como EUA, China, Vietnã, Reino Unido e países da Europa Ocidental. Menciona que 60% das transações DeFi no segundo trimestre de 2021, foram consideradas grandes "transações institucionais" por ultrapassarem $ 10 milhões em USD comparadas com menos de 50% das transações de criptomoeda. O DeFi se refere a classe de plataformas de criptomoedas descentralizadas que operam de modo autônomo sem suporte de empresa, grupo ou pessoa central, sendo que dois tokens DeFi brasileiros prometem levar a criptoeconomia ao turismo, agronegócio e locação de imóveis via protocolos construídos sobre blockchains com contratos inteligentes, principalmente a rede Ethereum, cumprindo funções financeiras específicas, determinadas pelo código subjacente dos contratos inteligentes.