O estímulo econômico impulsiona sustentabilidade aumentando emprego, renda e crescimento, fortalecendo resiliência das economias e sociedades decorrente recessão e desafios ambientais, sendo que emergências ambientais como mudanças climáticas e perda de biodiversidade, acarretam danos sociais e econômicos maiores que os determinados pela pandemia. Os programas de recuperação pós-crise são oportunidade de alinhamento de políticas públicas visando objetivos climáticos limitando o risco de bloqueio de infraestrutura em carbono.
Investir em conservação, sustentabilidade e restauração da biodiversidade ajuda no enfrentamento de doenças infecciosas emergentes, proporciona empregos, oportunidades de negócios e outros benefícios à sociedade, ao melhorar a saúde ambiental através de melhor qualidade do ar, água e saneamento, gestão de resíduos, ao lado de esforços para salvaguardar a biodiversidade, reduzindo a vulnerabilidade das comunidades a pandemias melhorando bem-estar e resiliência da sociedade. A pandemia nos mostra inter-relações entre o ambiente e meios de subsistência, com a mudança climática como próximo grande desafio e, alcançar emissões líquidas zero requer transformações tecnológicas, econômicas e sociais , no entanto, o progresso é insuficiente para atingir metas do Acordo de Paris. A recuperação verde é oportunidade de inovação, empreender reestruturação de amplo alcance de setores críticos, acelerando planos ambientais existentes e de projetos ambientalmente sustentáveis em período de preços do petróleo mais baixos, ideal, para aumentar o preço do carbono e reformar subsídios aos combustíveis fósseis, daí, recuperação verde ser vital para enfrentar desafios interconectados das mudanças climáticas e perda de biodiversidade. Governos concentram medidas verdes em setores de energia e transporte de superfície, no entanto, indústria, agricultura, silvicultura e gestão de resíduos importam à recuperação verde e resiliente. Prevê-se que emissões globais de GEE na agricultura aumentarão 4% nos próximos dez anos com pecuária respondendo por mais de 80% desse aumento, urgindo políticas favoráveis ao clima contribuindo à redução global das emissões conforme estabelecido no Acordo de Paris.
Moral da Nota: número crescente de empresas de petróleo e gás definiu metas à transição para emissões de carbono “zero” até 2050, estimando-se que a energia renovável empregue mais pessoas por unidade de investimento e energia que a geração de combustível fóssil, potencialmente mais de 40 milhões de pessoas até 2050, caso a comunidade internacional utilize todo o potencial de energia renovável, o emprego no setor de energia chegaria a 100 milhões em 2050 contra os 58 milhões de hoje. Apenas 10 dos 42 países da OCDE precificam o carbono até mesmo pela metade dos 60 euros/tonelada de referência, estimativa intermediária do custo real das emissões de CO2 para 2020 e estimativa de baixo custo à 2030. Estima-se que o aumento da taxa efetiva de carbono de 1 euro/tonelada de CO2 leva, em média, a redução de 0,73% nas emissões ao longo do tempo e aumentar o preço dos combustíveis com alto teor de carbono encoraja usuários de energia optar por baixo ou zero carbono, criando a certeza aos investidores que vale a pena investir em tecnologias de baixo carbono. Cerca de US$ 6,3 trilhões de investimento anual são necessários até 2030 em infraestrutura de energia, água transporte e telecomunicações, para sustentar o crescimento e aumentar o bem-estar, com critérios ESG buscando conscientizar e fortalecer compromissos corporativos e de investidores.