O comércio ferroviário entre China e Europa está se inserindo na tecnologia blockchain buscando impulsionar as trocas, conforme relatório da Big News Network, reduzindo de modo significativo custos de logística e servindo como tábua de salvação na estabilização do comércio global em meio a pandemia de Covid-19. Nova versão da plataforma blockchain Sino-Europe Trade Link 2.0 entrou em operação pelo ICBC, Banco Industrial e Comercial da China, no Porto Ferroviário Internacional de Chengdu, na província de Sichuan sudoeste da China para Trens de carga China-Europa. A atualização da plataforma permite que empresas levantem fundos diretamente do banco, reduzindo custos e acelerando fluxos de caixa relevantes de empresas de comércio exterior, considerando que uma quantidade cada vez maior de dados sendo alimentados na rede blockchain subjacente, deixaria pronto para utilização por empresas de comércio exterior visando obtenção de mais crédito.
Nesta trilha de intensificação DLT, a cidade de Shenzhen na China, emitirá por sorteio 10 milhões de yuans digitais à medida que o PBoC intensifica o programa piloto para promover a aplicação da nova forma de moeda com gigantes chineses da internet, incluindo o DiDi partícipes do segundo teste municipal para o yuan digital. O Banco do Povo da China revelou que 3,13 milhões de transações foram processadas na moeda digital soberana do país, DCEP, como parte de programas piloto em andamento nas principais cidades, como Shenzhen e Xiongan. Colaborando com o banco central do país, o Banco Popular da China, emitirá a moeda em 50 mil "envelopes vermelhos" no valor de 200 yuans cada através de sorteio aleatório e, de acordo com o vice-governador do banco central, a moeda já foi usada para transações no valor de mais de 1,1 bilhão de yuans ou US$ 162 milhões. Residentes poderão se inscrever para participar do sorteio sendo que os vencedores serão notificados e poderão baixar aplicativo para receber seus envelopes vermelhos, sendo que a moeda digital nacional será usada para compras em empresas designadas no distrito de Luohu, em Shenzhen, que financiou o programa.
Moral da Nota: a imutabilidade Blockchain o torna ideal para casos de uso em logística e cadeia de suprimentos, evidenciado pelos principais projetos DLT baseados na cadeia de suprimentos, como VeChain. Além do comércio transfronteiriço, conforme comunicado, permite a aplicação do documento de transporte intermodal na logística doméstica conforme leis domésticas, elaborando esquema de transporte multimodal amplamente aplicado. De acordo com representantes do Chengdu International Inland Port Operation Co. Ltd, “em comparação à 2007, agora temos o suporte blockchain, Internet of Things e big data, que pode ajudar rastrear a logística e reduzir significativamente o risco de danos à carga. Portanto, há melhor proteção aos bancos e clientes.” Por fim, Macau se prepara para lançar o yuan digital e conter a evasão fiscal em sua opaca indústria de jogos de azar. A introdução da moeda digital no combate a evasão fiscal e lavagem de dinheiro segundo o diretor executivo do território insular chinês permite legisladores locais alterar a legislação para emissão regulamentada do yuan digital da China (DC/EP) e facilitar os testes da moeda digital na região. Analistas da corretora Sanford C. Bernstein enfatizaram para o aumento do escrutínio do governo que os fluxos monetários no RMB Digital da China enfrentarão, segundo eles, “o RMB digital permitiria maior escrutínio e controle do governo sobre fluxos de dinheiro, permitindo transferência mais fácil”. Relatam dificuldade aos governos da China e Macau rastrear a receita tributável do setor e, conforme a Reuters, a receita do jogo atingiu US$ 36,5 bilhões em 2019 com a indústria de junket se responsabilizando por 50%.