Em breve, o setor de Biocombustíveis brasileiro ganhará rastreabilidade com blockchain através da plataforma Bioledger, após realização de prova de conceito sobre o uso DLT no setor junto com a RSB em produtos derivados do óleo de cozinha usado. A parceria explora banco de dados blockchain apoiando rastreabilidade do biocombustível e suas matérias-primas, superando vulnerabilidades na garantia do fornecimento de energias renováveis sustentáveis. O projeto decorre de doação do Fundo de Inovações da ISEAL, apoiado pela SECO, Secretaria de Estado para Assuntos Econômicos da Suíça, através de solução de banco de dados blockchain permitindo comprovação verificável de origem, criação de remessa segura, simplificação de processos, eficiência de auditoria, integridade de dados e governança central, testada com parceiros no processamento de 1.927.906 litros de matéria-prima.
A eficiência e adequação do banco de dados foi avaliada através do protótipo pilotado pelos parceiros Greenergy, Reino Unido, maior produtor de biodiesel em resíduos da Europa, Rexon Energy, Singapura, exportador de OAU à UE, Bensons Products, UK, colecionador de OAU e Valley Proteins, EUA, coletor e exportador de óleo de cozinha usado, envolvidos na produção e distribuição de combustíveis à base de óleo de cozinha usado. O projeto identificou recomendações e observações para construir banco de dados completo usado pela indústria, melhorando transparência e controle em cadeias de abastecimento de biocombustíveis sustentáveis certificadas. O teste realizado com as empresas europeias será expandido à setores e países na medida que a solução seja certificada na Europa e, deste modo, chegará ao Brasil que usa blockchain para rastrear a indústria do Etanol.
Moral da Nota: desde 2020 a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, firmou Acordo de Cooperação Técnica com a Safe Trace e a Usina Granelli Ltda, no desenvolvimento de aplicação blockchain para rastrear cadeia de produção da cana-de-açúcar no Brasil investindo R$ 466.001,64 com prazo de execução de dois anos. Em 2019, a Embrapa e a Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo firmaram acordo de cooperação buscando criar solução blockchain para integrar informações dos elos da cana-de-açúcar, da fase de produção da cultura à distribuição e comercialização, ou, da origem do produto ao consumidor.