O programa de rastreamento de alimentos do Carrefour expande blockchain para 'in natura' e segundo o diretor de Sustentabilidade da companhia, expande o programa de monitoramento de origem dos alimentos vendidos. Até agora, a carne suína e a laranja eram os únicos produtos 'in natura' rastreados através da plataforma sendo que incluirá a carne bovina. Através da blockchain é possível rastrear cada etapa da produção e o percurso do produto, da criação do animal em áreas rurais até a venda nos supermercados. Os produtos ganham identificação na blockchain, garantindo confidencialidade dos dados, com o consumidor acessando informações escaneando QR code. Quanto a carne bovina, frigoríficos fornecedores assinam documento de investimento em rastreabilidade e sustentabilidade dos produtos, quer dizer, o fornecedor de carne bovina passa a ser obrigado investir na cadeia produtiva para avançar nos processos. Caso o fornecedor não cumpra alguns dos passos, pode haver suspensão da compra relacionada a ele, ou, suspensão do próprio fornecedor que passa não poder mais vender carne ao Carrefour.
No empoderamento setorial blockchain o estado de Santa Catarina usará tecnologia DLT em contratações públicas buscando transparência no acesso ao serviço público. O Diário Oficial do Estado cita acordo de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado da Administração, através da Diretoria de Gestão de Licitações e Contratos e a Rutgers University, por meio da Rutgers Accounting Research Center and Continuous Auditing & Reporting Lab, visando firmar mútua cooperação “ao compartilhamento e intercâmbio de informações, metodologias, ferramentas e conhecimento técnico, viabilizando projetos e ações voltadas ao aprimoramento nas contratações públicas no âmbito do Estado de Santa Catarina.” O contrato tem vigência de 12 meses sendo que “envolve atividades relacionadas à implantação de modelo para melhoria da eficiência e confiabilidade das contratações públicas estaduais por meio da blockchain.” Por conta da blockchain em Santa Catarina, o Tribunal de Contas é a primeira entidade a usar a tecnologia para consultar CNPJ no Brasil além de contratar a Dataprev para realizar a integração do TCE/SC com o bCNPJ, solução em blockchain da Receita Federal que permite consulta da base de Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Brasil.
Moral da Nota: o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações citou pesquisa Blockchain como pilar à transformação digital do Brasil, ao lado de computação quântica e em nuvem. Na mesa redonda virtual do BCIU, Business Council for International Understanding, foi avaliado a estratégia de transformação digital do Brasil e como setores público e privado lidam com o aumento da demanda por segurança digital. O governo, segundo o Ministro, é capacitador e facilitador da transformação digital ao lado do setor privado no desenvolver e fortalecer infraestrutura de cibersegurança ao mesmo tempo em que aprimora a transformação digital. Quatro pontos da estratégia, segundo o Ministro, emergem através da infraestrutura, pesquisa, recursos humanos e regulação, com ações relativas a cada um desses pontos como o uso do satélite SGDC, programas Norte e Nordeste Conectados, Plano Nacional de IoT, desenvolvimento da IA, pesquisa blockchain além de computação quântica e em nuvem. No entanto, pesquisa da Trend Micro mostra que órgãos governamentais brasileiros são alvos de ataques cibernéticos com número de invasões três vezes maior que outros segmentos do país, sendo os segmentos mais atingidos, em todo o mundo em 2019 e 2020. Manufatura, governo, educação e saúde, nesta ordem, respondem por mais de 1 milhão, 463 mil detecções em 2020. O governo é o alvo principal dos cibercriminosos liderando o ranking nos últimos dois anos com 40% dos ataques em 2019 e 35,3% das ameaças bloqueadas em 2020, mais que o triplo de detecções em relação ao segundo colocado.