sexta-feira, 30 de julho de 2021

Arizona's energy plan

Democratas e republicanos poderiam trabalhar juntos e chegar a um plano de eletricidade 100% livre de carbono, realidade evidenciada no estado do Arizona, no entanto, Legisladores republicanos não gostaram do Arizona estabelecer mandato para obter eletricidade 100% livre de carbono até 2050 e que a Comissão Corporativa fosse órgão de aprovação política de tão longo alcance. A constituição do Arizona permite a Comissão Corporativa, mas os republicanos apresentaram projetos de lei reduzindo seus poderes, citando a proposta de energia limpa como principal motivo, sendo que oponentes da energia limpa argumentaram que energia renovável não é confiável, além do apoio à energia limpa vir de ativistas da Califórnia. Defensores da energia limpa avisam que “foi uma chance de fortalecer e modernizar a regulamentação dos serviços públicos em benefício dos contribuintes do Arizona”, sendo o maior obstáculo ao progresso, o partidarismo tóxico que infectou ambas as partes. a economia de energia do Arizona se move em direção à energia limpa, com a maior empresa de serviços públicos do estado, o Serviço Público do Arizona, se comprometendo atingir emissões líquidas zero até 2050, grande mudança em relação a antes, quando a empresa era oponente ferrenha em direção à energia limpa.

Na linha de energia renovável nos EUA, desenvolvedores do projeto de energia eólica offshore Vineyard Wind 1 obtiveram a aprovação do governo federal para avançar com 800 megawatts de capacidade no primeiro parque eólico offshore superdimensionado dos EUA e, segundo o The Boston Globe, a administração Biden acelerará o desenvolvimento da energia eólica offshore. A Comissão de Energia da Califórnia atualiza o código de energia de construção do estado decidindo favorecer bombas de calor para aquecimento, sem proibir o uso de gás natural, fato em desacordo com defensores do ambiente liderendo movimento para minimizar o uso de combustíveis fósseis na construção. A Xcel Energy e CenterPoint Energy, que atendem partes de Minnesota, relataram ganhos enquanto clientes enfrentam contas altas pela crise de energia do Texas, com empresas repassando custos de gás no atacado aos consumidores, com Minnesota como um dos exemplos de como as concessionárias repassam riscos da volatilidade das commodities aos consumidores, enquanto empresas têm riscos relativamente baixos. 2020 foi bom ao crescimento global da energia renovável com a Agência Internacional de Energia informando que a capacidade global de energia renovável cresceu 45%, grande parte em programas de incentivos que devem permanecer segundo relata a Bloomberg Green. A China respondeu por quase metade do crescimento da capacidade renovável do mundo em 2020, vinculado ao subsídio findo do governo, sendo que “hoje, energias renováveis se expandem rapidamente” segundo o analista de energia renovável da IEA “se sua meta é zero, tem que ser mais rápido.”

Moral da Nota: estudo publicado na revista Proceedings of the National Academies of Sciences, olha impactos na qualidade do ar de alimentos e sistemas de produção específicos surgindo à medida que a pecuária é vista pela ótica do aquecimento global. Informa que responde pela maior parte das 16 mil mortes nos EUA/ano ligada à produção de alimentos, 80% relacionada a alimentos de origem animal com 100 mil pessoas morrendo de poluição/ano e substituir carne vermelha por aves evitaria 6,3 mil mortes além de mudança à dietas vegetarianas, veganas ou flexitárias elevaria a 10,7 mil. A má qualidade do ar se relaciona à criação de gado, o mesmo número de outras fontes de poluição, incluindo transporte e geração de eletricidade com mortes em áreas de altas concentrações de produção de gado e CAFOs, operações concentradas de alimentação animal onde o vento vindo da produção sopra aos grandes centros populacionais. Modelos analisaram 95 commodities agrícolas e 67 produtos alimentícios, constituindo 99% da produção agrícola nos EUA, acompanhando como cada um desses produtos aumentava os níveis de partículas finas, ou, PM 2,5 no ar com exposição ao PM 2,5 causando doenças cardíacas, câncer, derrame e doenças respiratórias. Impactos da carne vermelha na qualidade do ar, incluindo porco, é duas vezes maior que ovos, três vezes que laticínios, sete vezes que aves, dez vezes que nozes e sementes e 15 vezes outras plantas à base de alimentos. O grande vilão na qualidade do ar agrícola é a amônia que se mistura a poluentes formando PM 2,5, no entanto, não é considerada poluente, sendo que fertilizantes à base de nitrogênio e esterco são principais fontes de amônia na agricultura. Os autores concluem que mudanças na dieta tem maior impacto na redução da qualidade do ar, mas mudanças nas práticas agrícolas incluindo o uso menor de fertilizantes e melhor manejo do estrume, podem ter impactos significativos.