A plataforma Ethereum foi lançada em julho de 2015 por Vitalik Buterin com 11,9 milhões de Ethers pré-minerados através de ICO, ou, forma de investimento inicial às criptomoedas e, desde a criação cresceu de tal modo que atualmente ocupa o segundo lugar entre ativos criptografados mais capitalizados do mundo, atrás do Bitcoin. Importante ressaltar que são projetos distintos se assemelhando por compartilhar a blockchain e serem pioneiras no segmento de criptomoedas, com o Bitcoin como primeira criptomoeda da história propondo desenvolvimento de sistema diferenciado à transferência de dinheiro, mediada por tecnologia de contabilidade pública chamada de blockchain. Por outro lado, a Ethereum é uma evolução da tecnologia à disseminação de rede conectada unindo linguagem de codificação, sistemas de pagamento e a criação de aplicações descentralizadas. Surgiu em 2013 pelas mãos do programador canadense, que aos 19 anos, propôs em white paper o desenvolvimento de plataforma descentralizada utilizando blockchain para executar várias funções e expandir o sistema à outro nível além da aplicação financeira. No white paper explica a criação de rede de linguagem generalizada que abrigasse aplicações descentralizadas, conforme desejo dos desenvolvedores, que denominou Ethereum em referência ao éter luminífero ou um meio elástico hipotético onde se propagam as ondas eletromagnéticas. Em 2014 a Ethereum foi anunciada publicamente contando como co-fundadores além de Vitalik Buterin, Gavin Wood, Charles Hoskinson, Joe Lubin, Anthony Di Iorio e Mihai Alisie. Necessitou fundos ao desenvolvimento através da arrecadação de capital através de ICO oferecendo tokens da criptomoeda aos investidores, com o crowdfunding arrecadando mais de US$ 18 milhões com a primeira versão lançada em 2015 conhecida como Frontier.
Como parte da evolução blockchain, o Ethereum cumpre funções adjacentes à questão financeira de transações emergindo possibilidades quanto ao uso como a execução de contratos inteligentes, aplicações descentralizadas e negociação de tokens e do próprio Ether, ETH. Em uma plataforma descentralizada as relações na rede ocorrem através de uma abordagem peer-to-peer, ou, somente entre usuários pessoa para pessoa, sem interferência de autoridade de controle como instituições, órgãos públicos, etc. O objetivo da Ethereum é proporcionar ambiente seguro e anônimo aos usuários, descentralizando a internet e lojas de aplicativos, substituindo intermediários e retornando o controle às mãos dos desenvolvedores. A Máquina Virtual Ethereum, EVM, executa contratos inteligentes com base na rede, garantindo segurança à ativação dos códigos, assegurando aos aplicativos a não interferência em operações uns dos outros, além de totalmente isolada da rede principal, o que faz dela ferramenta ideal para aprimorar contratos inteligentes. A Ethereum permite ainda que a transação entre tokens e criptomoedas Ether seja rápida e segura, com operações da plataforma através do sistema de nós ou nodes da Ethereum, por usuários voluntários que fazem download da cadeia blockchain da rede e, aplicam regras de consenso do sistema assegurando transparência das movimentações em troca de recompensas.
Moral da Nota: a Ethereum desenvolve ambiente possível à criação de aplicações ou contratos inteligentes que possuem etapas adicionais, com novas regras de propriedade e formatos alternativos às transações. Aplicações descentralizadas oferecem ambiente diferente ao público e empresas, tornando o contato mais seguro e livre de interferências, enquanto plataformas cobram pelo fornecimento de serviços como depósitos e trocas de bens e serviço a Ethereum garante cenário livre de taxações e do controle de grandes instituições. A blockchain permite rastreamento da origem dos produtos em priocesso de aquisição e executa contratos inteligentes garantindo negociações dentro do planejado, sendo possível utilizar a rede para executar contratos e abrigar aplicações descentralizadas sem risco de ataques de hackers ou quedas no sistema. Aplicativos na Ethereum como o Gnosis, por exemplo, permite usuários votarem em enquetes ou, o Etheria, um jogo similar ao Minecraft, no entanto, esses aplicativos só existem na rede blockchain da Ethereum. Há ainda plataformas similares com as redes sociais mais tradicionais como Ether Tweet, ambiente de compartilhamento de ideias sem censura, enquanto o Weifund é aplicação dentro da Ethereum e através dele é possível desenvolver campanhas de financiamento coletivo à implementação de contratos inteligentes.