quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Identidade digital

A identidade digital está no centro como caso de uso na infraestrutura de serviço Blockchain europeu patrocinada pela UE, enquanto no Japão a Camada X trabalha em sistema de votação blockchain sustentado por identidade digital. A Concordium com foco corporativo promete plataforma que gerencia o trade-off entre privacidade de transação e necessidade de solução de identidade, usando verificação de identidade fora da rede combinada a provas de conhecimento zero na rede e um processo de “revogação do anonimato”, entrando em ação sempre que existe ordem legal para identificar parte de uma transação. O Oasis Labs anunciou colaboração com a BMW em projeto focado na privacidade dos dados do usuário, permitindo partes internas e externas consultá-los sem comprometer privacidade. A Ontology, plataforma de identidade descentralizada, se concentrou no caso de uso de motorização com equipe mostrando como seu “ONT-ID” poderia ser usado para acessar veículos e registrar com segurança dados do motorista, sendo que a ID também tem aplicações em áreas incluindo parceria com a Waves na solução de votação eletrônica.

O primeiro padrão de identidade digital blockchain foi publicado na Espanha, contemplando conceitos e processos básicos de autogestão da identidade. A Associação Espanhola de Normalização, UNE, publicou a Norma UNE 71307-1, primeiro padrão no mundo em gerenciamento descentralizado de identidade digital blockchain ou Distributed Registry Technology, DLT. Estabelecem linguagem comum para avançar na transformação digital das sociedades, além de estrutura de referência genérica para que indivíduos ou organizações emitam, gerenciem e façam uso de sua identidade digital. Manter informações de forma autogerida sem necessidade de recorrer a autoridades centralizadas, a segurança dos processos é permitida protegendo privacidade. O regulamento contempla o conjunto de características que fazem parte da estrutura dos Identificadores Descentralizados, DIDs, estabelece o ciclo de vida que os DIDs devem ter, os requisitos para obtenção da credencial e apresentação.

Moral da Nota: a UNE destaca que a publicação da norma culminou trabalho iniciado em 2019 com criação do Grupo GT1 do CTN 71/SC 307, responsável  pelo desenvolvimento da norma, pois é o primeiro padrão europeu baseado na otimização da gestão descentralizada de identidades. O organismo espanhol de normalização propôs que o documento tornasse norma européia, apresentando ao Comitê Europeu de Normalização, CEN, e ao Comitê Europeu de Normalização Electrotécnica, CENELEC, já iniciado trabalhos com a constituição do grupo de normalização.