O Ices, Conselho Internacional para a Exploração do Mar, mais antiga organização intergovernamental do mundo, informa que a população de bacalhau do mar do Norte diminuiu drasticamente e para que espécies futuras não sejam prejudicadas, a pesca do bacalhau naquela região deveria ser reduzida para dois terços ou 63% do volume atual. Estoques de peixe são definidos com base na quantidade pescada no ano anterior, e no caso do bacalhau, a quota foi muito baixa possibilitando definir a quantidade atualmente permitida ainda alta, colocando a espécie em risco. O “The Guardian” avisou através da Open Seas, ONG escocesa de defesa do oceano, que o volume de bacalhau na costa escocesa está em colapso a uma década, muito, por conta das quotas terem sido 20% inferiores ao aconselhado. A população de bacalhau é classificada pela MSC, Marine Stewardship Council, organização sem fins lucrativos que estabelece padrões de pesca sustentável, reavalia a certificação esclarecendo consumidores. Grandes empresas de distribuição dependem desta certificação para negociar o produto, certificação agora em causa.
Por conta de sustentabilidade e segurança alimentar, a Fundação Espanhola de Nutrição informa que a cabeça do camarão está contaminada com cádmio, metal existente no ambiente resultando de poluição e resíduos industriais atingindo toxidade. A AESAN, Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição fala das consequências da ingestão do metal nos seres humanos, acumulado no fígado, rins, além de degeneração óssea em caso de exposição prolongada contribuindo ao desenvolvimento de câncer. No entanto, o Jornal da Unicamp noticiou pesquisa desenvolvida FEA, Faculdade de Engenharia de Alimentos, avisando que a cabeça, a casca e a cauda do camarão, desperdiçadas entre nós, são ricas em proteína, ácidos graxos e ômega 3, importante na proteção cardíaca e sistema imunológico e o colesterol presente chamado colesterol bom, HDL, promotor da saúde cardíaca.
Moral da Nota: o bacalhau do mar do norte ganhou em 2017 certificação de sustentável consequente recuperação histórica de sobrepesca. O feito foi através de quotas de pesca restritas, limitando riscos e neutralizando impacto da pesca de arrasto em áreas críticas. Em relação a pesquisa da Unicamp, a carne do camarão tem 1% do óleo contendo ácidos graxos, enquanto o resíduo descartado tem 5% e 25% deste resíduo é representado por ômega 3, daí, concluir que 50% do pescado descartado poderia ser utilizado na fabricação de suplemento alimentar.