O Hyperledger Besu é um cliente Ethereum de código aberto desenvolvido sob licença Apache 2.0 e escrito em Java, executado na rede pública Ethereum ou em redes privadas autorizadas, redes de teste como Rinkeby, Ropsten e Gorli. Inclui vários algoritmos de consenso, PoW, PoA e IBFT, com esquemas de permissão abrangentes projetados para uso em ambiente de consórcio. O Hyperledger Besu é o mais recente projeto do Hyperledger. Trata-se de cliente Ethereum antes conhecido como Pantheon, sendo o primeiro projeto blockchain da Hyperledger que opera em blockchain pública. Besu representa interesse progressivo das empresas na criação de casos de uso de rede pública e permitida para seus aplicativos. Decisões de design e arquitetura do projeto são direcionadas a interfaces e modularidade limpas, tornando a plataforma para desenvolvimento e implantação abertos. As interfaces limpas facilitam configuração no Ethereum atendendo necessidades e criando oportunidades a outros projetos Hyperledger, integrando e usando elementos da base de código de Besu. Projetado para ser o mais modular possível, com separação entre algoritmos de consenso e outros recursos principais blockchain, facilita atualização ou implementação dos componentes.
Nos EUA a Adoriasoft no projeto Save Pharmaceutical utiliza Hyperledger Besu como tecnologia base do projeto, aproveitando benefícios do protocolo permitindo processamento de transações, além do Hyperledger Besu ser utilizado como plataforma à construção de rede em escala corporativa permitida, atendendo o sistema de repositório de medicamentos. Devido a sensibilidade dos dados de saúde trocados na rede, as transações são processadas por contratos inteligentes executados no Hyperledger Besu sendo que somente as partes envolvidas na transação tem acesso aos detalhes. A blockchain controla o fluxo de transações, da doação do medicamento pelo proprietário à distribuição final ao paciente. A plataforma inclui mecanismo de monitoramento da receita da farmácia, revendendo medicamentos doados e distribuindo-o a outros partícipes. Os tokens emitidos na blockchain são usados em desconto na plataforma ou trocados por outros ativos, podendo ser emitidos para farmácias e atraí-las ao programa. Redes de repositórios de medicamentos blockchain trás economia de custo, tornando medicamentos acessíveis aos pacientes.
Moral da Nota: pesquisadores da Universidade de Chicago estimaram que US$ 2 bilhões/ano em medicamentos são desperdiçados em instalações de longo prazo nos EUA. Estudo adicional revelou que US$ 5 bilhões em medicamentos prescritos não expirados em embalagens, sendo que frascos fechados são incinerados ou jogados no lixo todos os anos em vez de redistribuídos. Neste contexto, a Pfizer Corporation corta lucro e não recompra ações próprias em 2020. Em 2019 recomprou US$ 9 bilhões em ações para promover crescimento do mercado. O Upjohn vende medicamentos sem proteção de patentes como Viagra e Lyrica e em 2020 finalizará o acordo com a Mylan NV. As vendas da Lyrica caíram 67% decorrente medicamentos concorrentes e à legalização da maconha medicinal. O alívio Lyrica em muitos casos tem efeitos colaterais incluindo pensamentos suicidas, daí, perda de 9% no quarto trimestre de 2019 de US$ 12,69 bilhões com tendência negativa para 2020.