Hanukkah festa judaica conhecida como Festival das luzes, significa ‘dedicação’ ou ‘inauguração’. Instituído por Judas Macabeu para celebrar a libertação de Jerusalém e do Templo, ordenou sua limpeza, novo altar e novos objetos sagrados. Quando o fogo foi renovado e as lâmpadas dos candelabros acesas foi celebrada a dedicação por oito dias. Um segundo milagre deu origem à festa de Hanukkah pela constatação de um jarro de azeite que duraria um dia e inesperadamente durou oito, tempo ao novo azeite ser produzido e levado para sua finalidade conforme a Torá. Para relembrar o milagre cada família judia com um candelabro de 9 braços, sequencialmente acende uma vela até que no 8º dia as 9 velas estejam acesas. Os alimentos nesse período conforme o costume se relacionam ao azeite, por isso, os alimentos são fritos em óleo como panquecas de batata e roscas com geleia.
Este ano o Hanukkah foi do crepúsculo de 22 ao crepúsculo de 30 de dezembro e em Moscou pelo trigésimo ano consecutivo, judeus se reuniram próximo ao Kremlin para acender a menorá cerimonial. O Kremlin, conhecido pela política anti-semita na era soviética, surpreende quem participa do ritual judiaco dada a história da Rússia. 2019 para judeus na diáspora, teve no início de dezembro ataque a um mercado judeu em Nova Jersey com seis mortos. Na França, as ofensas anti-judaicas aumentaram 74% em 2019 em relação a 2018. Em Londres, autoridades contabilizaram três agressões antissemitas no metrô em uma única semana de dezembro. Nova York viu quatro ataques anti-semitas em 24 horas. O rabino Yaakov Klein, em Moscou há 13 anos, lidera a Comunidade Judaica Internacional de Moscou disse: "Isso tudo nos dá uma segunda opinião".
Moral da Nota: Vladimir Putin sempre se manifestou contra o anti-semitismo, considerado amigável à comunidade judaica da Rússia. Em 2012, com companheiros próximos da ex-KGB, financiou a construção do Museu Judaico e do Centro de Tolerância avaliado em US$ 50 milhões, com direito a doação de salário presidencial. Nos últimos três anos o Centro SOVA de Moscou, contabilizou um ataque contra um judeu russo ao passo que ataques a objetos materiais, escolas, sinagogas e cemitérios somaram cinco no ano, comparado aos 35 em 2008 e 15 em 2010. No caso da Rússia há nítido divisor de águas entre o Estado de Israel Jurídico e Comunidade Judaica na Diáspora, pois a ação russa na Síria deu supremacia militar no espaço aéreo do país.