sábado, 29 de junho de 2019

Impasse em Jerusalém?

O Rabino de São Paulo Henry Sobel consequente a grande afluência no Yom kippur de políticos em ano eleitoral, disse certa vez que "não há voto Judeu", quer dizer, cada um vota conforme suas convicções, lá, cabresto não. Isto é dito porque parece que a identidade cultural judaica floresceu parte de sua existência na diáspora, desde a destruição do segundo Templo passando pela perseguição aos convertidos na inquição até nossos dias. 
Nesta ideia Israel moderno inicia no século XIX com as milícias judaicas na Palestina estabelecendo colônias por meios militares, passando pelo Holocausto, até que em 1947 se estabelece o estado de Israel acolhendo principalmente sobreviventes da Shoah. Por conseguinte, no Yemen a operação Tapete Mágico liberta judeus vivendo em semi escravidão transferindo-os para Jerusalém. Em 1962 com o fim da guerra na Argélia, 30% dos médicos, engenheiros e advogados eram judeus e apesar de oferecida a cidadania argelina preferiram partir em sua maior parte para Israel. Em 1967 com a Guerra dos seis dias, uma grande perseguição judaica teve início na cortina de ferro sendo permitida a imigração. O mais emblemático representante desta onda foi o sociólogo Zygmunt Bauman, agente polonês da ex-KGB que não se adaptou em Israel e EUA indo construir a vida em Leichester. Por Fim com a Perestroika, Gorbatchov permitiu a partida dos Judeus para a Palestina compondo um grupo independente aos judeus pró-americanos, cuja figura mais emblemática é Avgor Liberman antigo Ministro da defesa que levou o atual Governo de direita ao atoleiro eleitoral. 
Moral da Nota: neste caldo de diversidade de pensamentos e origens, avança a pressão xiita e os judeus americanos apresentam sua grande proposta: tudo resolvido por 50 bilhões de dólares, simples assim. A pergunta que não cala é: estará o estado de Israel e por conseguinte os judeus da diáspora diante um grande Impasse?