domingo, 30 de junho de 2019

Emergência marinha

O jornal  mexicano 'El Universal' informa que mais de mil kms da costa do país foram atingidos pela maré castanho escura de algas tóxicas invasoras das praias, matando peixes e outras espécies marinhas. Estudo realizado na Universidade Nacional Autônoma do México, Colégio da Fronteira Sul e Parque Nacional de Recifes de Puerto Morelos, informa que o fenômeno decorre do aquecimento global surgindo em 2014 através da infestação de Sargassum C. Agardh, espécie de algas castanhas invasoras, responsáveis em 2018 pelo registro de mortes em 78 espécies marinhas.
Alguns estados mexicanos como Quintana Roo foi decretada situação de emergência, considerando 'iminente desastre,' afetando turistas, moradores  e empresários do turismo um dos pilares da economia mexicana. Para minimizar o problema serão construídas quatro embarcações que removerão as algas, além de barreiras de contenção à infestação no total de 2,7 milhões de dólares. Estimativas da Associação Hoteleira de Cancún-Puerto Morales apontam a 36,7 milhões de dólares para limpar todas as praias.
Moral da Nota: a destruição do ecossistema marinho entre nós, saltam olhos vistos a baía de Guanabara e de Todos os Santos principalmente. Comparando a capacidade de produção protéica do agronegócio com a capacidade de produção protéica no mar pelo quase esquecido 'negóciomarinho', veremos o quanto perdemos em todos os quesitos. Fazendas marinhas de pescado e camarão sustentáveis, dispensariam a necessidade de posse do ambiente marinho pelas indústrias, já proprietárias dos viveiros de criação. Olhar o mar com a grandeza e potencial que tem, associado a descentralização conseguida na economia digital e proximidade de grandes centros, urge entre nós a criação de establecoin atrelada ao petróleo e gás financiando e remunerando atividades de mitigação e resiliência urbana, regeneração do ecossistema marinho, repovoamento de espécies em extinção, remoção do lixo plástico, tudo, movido a energia eólica offshore.