quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Questão geral

O BID ou Banco Interamericano de Desenvolvimento, fundado em 1959, consiste numa das principais fontes de financiamento ao desenvolvimento econômico, social e institucional latino-americano e caribenho. Realiza projetos, assessoria política, pesquisa, assistência técnica e treinamento regional.
Publicou um estudo radiografando os sistemas previdenciários dos 27 países e segundo a Instituição baseada em indicadores das 34 previdências estudadas, os sistemas públicos de distribuição do Brasil, Honduras e Equador são desenhados à generosidade com trabalhadores que contribuem ao longo da vida profissional em prejuízo dos que contribuem abaixo do mínimo. Daí concluírem que tais sistemas não são preparados ao cenário de envelhecimento rápido populacional enfrentado pela região, esperando em 2050 que uma em cada cinco pessoas tenha mais de 65 anos. 
Segundo a Instituição, sistema de pensão é elemento central do estado de bem-estar social. Portanto, contrato social cujo principal objetivo é permitir consumo digno aos idosos quando a geração de renda é mais difícil. Novamente o BID fala que tal contrato social possui magnitude extraordinária ao bem estar do cidadão no último estágio da vida. Sob a ótica da sociedade, a previdência redistribui recursos entre indivíduos e gerações, cujos gastos afetam diretamente a estabilidade fiscal e macroeconômica dos países, daí alcançar visibilidade a sustentabilidade financeira em alguns destes países e adequação em outros. Vale ainda segundo o BID, informar que em tais sistemas o Estado subsidia 44% da pensão média recebida pelos que contribuem ao longo de sua vida profissional. Por sua vez, sistemas de capitalização individual, segundo a Instituição, presentes no Chile, Colômbia, México e Peru oferecem taxa de reposição de 40% ou o valor a receber representando menos da metade do último salário do trabalhador.
Moral da Nota: O relatório apresenta novas evidências regionais, pede revisão das desigualdades nos sistemas previdenciários, concluindo que pelos parâmetros atuais não há garantia de sustentabilidade fiscal ou social na região.