terça-feira, 20 de novembro de 2018

Perspectivas

Mais de 100 cientistas de 30 instituições inseridos no projeto Rainfor, avaliaram o impacto do aquecimento global sobre espécies de árvores em diferentes lugares da bacia amazônica. Detectaram espécies vencedoras e perdedoras em um clima alterado pelo homem. Segundo a pesquisa, o efeito estufa altera a composição das espécies de tal modo tornando a mitigação insuficiente. Secas, aumento das temperaturas e de Co2 alteraram desde a década de 1980, o crescimento de espécies de árvores específicas acarretando mortalidade. As mais afins a umidade morrem em altas taxas e com mais freqüência que as adaptadas à seca afetando a conservação da floresta, enquanto as maiores competem favoravelmente sobre espécies de plantas menores. 
Por sua vez, pesquisa feita por brasileiros, europeus e americanos, indica perdas econômicas no Brasil consequente a Mudança Climática (CC). Os modelos prevêem a substituição da floresta por savana chamada de morte da Amazônia, acarretando incapacidade do sequestro de CO2 a taxas atuais, agravando a mudança climática, acelerando o desaparecimento da floresta além de extinção de espécies vegetais e animais. Este quadro acelerará migração humana, provavelmente à centros urbanos, com maior demanda de necessidades incluindo água. A estimativa relacionada a habitação, transmissão de doenças e etc seria entre 1 e 3,6 trilhões de dólares. Em caso de mitigação eficiente, hoje, os custos seriam entre 27 e 64 bilhões de dólares. 
Moral da Nota: Floresta e clima nos remete a Califórnia enfrentando seu maior sinistro. Vale registrar as palavras de Presidente Trump em visita a região afetada. Textualmente: “é muito triste de ver” quanto ao aquecimento global ter influência no incêndio disse “pode ter contribuído um pouco” mas “o maior problema é a gestão.” “Em relação ao número de mortos, ninguém sabe verdadeiramente neste momento, há muitas pessoas que continuam desaparecidas.” A vida ensina a todos.