Na dessalinização da água se utilizam finas membranas apresentando uma camada porosa de poliamida, cujos poros são grandes o suficiente para permitir que a água flua e pequenos para dar passagem aos íons salinos presentes na água salgada. Tais mambranas resultam de reação química entre uma amina em fase aquosa com um cloreto de ácido em fase oleosa. O resultado é uma poliamida relativamente espessa e áspera entre 100 e 200 nanômetros de espessura, o que afeta a eficiência de dessalinização da membrana.
Focados na constatação que é subterrânea 97% da água doce disponível para consumo no planeta, cabendo os restantes 3% aos rios e lagos e conhecendo as consequências do aquecimento global, Maqsud Chowdhury et al, desenvolveram uma membrana de formação da poliamida pelo método chamado eletropulverização. Permitirá maior controle sobre a espessura e a textura dos filmes ultrafinos de forma a construir as camadas uma a uma. Gotas em nano escala de monômeros de alta tensão, pulverizados sobre um substrato em que se combinam para formar o filme de poliamida, permitindo a produção de microfilmes de 4 nanômetros de espessura com superfície rugosa.
Moral da Nota: os resultados desta empreita apontam na direção de um melhor desempenho na dessalinização aquosa se comparada com as de osmose reversa hoje utilizadas.