sexta-feira, 13 de julho de 2018

Economia GIG

Geoff Nunberg diz que o termo 'GIG' surgiu em 1952 na peça de Jack Kerouac, em que narra trabalho temporário na ferrovia Southern Pacific em San Jose. Trata-se de um mix significando bico, show, free-lance, originando hoje a conhecida Gig Economy ou “sob demanda,” de um lado trabalhadores temporários sem vínculo empregatício e no outro empresas contratando para serviços pontuais isentas de regras trabalhistas. 
Na era digital tornou-se tendência capitaneada pelo Uber, Amazon, TaskRabbit, até que a Amazon criou o programa de entrega Amazon Flex pagando entre 18 e 25 dólares por entrega dos pacotes. A questão é que a parcela de americanos nesta ideia passou de 10% em 2005 para 16% em 2015. Já o JPMorgan Chase Institute diz que cresceu 10 vezes desde 2012 e que 4% dos adultos nos EEUU já trabalhou pelo menos uma vez neste mercado. Previsões indicam que a GIG Economy atingirá 40% dos trabalhadores americanos.
Moral da Nota: fala-se em confluência de fatores econômicos, políticos e sociais em que empregadores contratam de acordo com as demandas pontuais em mercados diversos e regionais, dispensando trabalhadores do expediente ou do cuprimento de horário. Nessa, escapam pelo ralo direitos e benefícios trabalhistas principalmente na quebra de contrato, com consequências aos trabalhadores por lucros instáveis, pouco ou nenhum benefício, menor segurança no emprego e estagnação na carreira profissional. A vida com ela é.