De acordo com o Global Technology Report, apenas 1% das ONGs aceitam o Bitcoin como método de pagamento. A Charities Aid Foundation defende que criptomoedas, blockchain e aplicações descentralizadas (DApps) são oportunidade à transparência nas doações facilitando coleta.
A liderança no setor tecnológico filantrópico encontra base na BitGive, iniciativa com mais anos de operação e participação no Save The Children nas Filipinas e África Ocidental. Projetos como The Water Project no Quênia, a Fundação Parlas IAP no México e a TECHO no Brasil além de iniciativas na Etiópia, Ucrânia, Argentina e Venezuela são suas prioridades. As doações são feitas na plataforma GiveTrack do Bitcoin que compartilha informações financeiras e direciona resultados em tempo real. Outra que se manifesta no assunto é a Binance, startup que negocia o maior volume de criptomonedas e através da Charity Foundation Blockchain trabalha com educação e saúde na África. As doações são com o Binance Coin (BNB), Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e moeda fiduciária, rastreando a doação no blockchain ao usuário final que recebe fundos em portfólio pessoal após verificação de identidade. Além disso, algumas criptomoedas são projetadas para fins filantrópicos como o AidCoin (AID), um token ERC-20 combustível do AidChain e do AidPay, plataformas de aceitação de criptomoedas nas páginas web das ONGs, que são convertidos em AID para melhor rastreabilidade e manuseio. O projeto Coin Clean Water (água) é um dos projetos colaborativos na distribuição de água potável à comunidades carentes.
Moral da Nota: a agência de notícias Micky de Vanuatu avisa que a Oxfam é parceira da startup australiana Sempo e da ConsenSys na prova de conceito da stablecoin Dai (DAI) em regiões propensas a desastres naturais. A iniciativa UnBlocked Cash testa o sistema sobre 200 residentes da ilha de Efate, que receberam cartões de identificação e pagamento com 400 vatu cada ou 50 dólares em Dai. O sistema é conectado ao endereço da Ethereum (ETH) além de 34 fornecedores terem recebidos smartphones para aceitação de pagamentos. A ONG lançou ainda no Cambodja solução na cadeia de suprimentos na blockchain BlocRice para rastrear arroz e compradores na Holanda, com vistas de expadir até 2022 à 5 mil fazendas.