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domingo, 26 de maio de 2019

O Chile e o mar

O Chile, anfitrião das negociações climáticas da ONU, busca agenda na saúde oceânica em paralelo ao IPCC apresentando relatório sobre a ligação oceano e clima. Com quase 18 milhões de kms² de mar, focará na Conferência Climática da ONU ou Cop25 a captação de carbono oceânico, por conta da absorção por parte dos oceanos de até 80% do CO2 humano emitido. Com isto, Saúde e Gestão, fora do fórum político sobre mudança climática ou Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), poderão adquirir novos contornos. 
O IPCC divulgará em setembro relatório sobre as ligações entre oceanos e mudança climática. O secretário do 'Porque o Oceano' informa que “o papel do oceano na mitigação da mudança climática e a mudança que causa, aquecimento, acidificação, desoxigenação, será o centro das atenções, agora e no futuro”, completa, "oceano e clima são dois lados da mesma moeda: proteger o clima é proteger o oceano e vice-versa". O Chile, Mônaco e França, pressionam os países incluírem em planos climáticos nacionais e submetendo ao processo climático da ONU, questões de saúde oceânica na transição energética, silvicultura, agricultura e indústria, inclusão esta, indicando considerar por parte de governos o que podem fazer na proteção oceânica.
Moral da Nota: o debate científico gira em como monitorar a acidificação oceânica aumentando o número de áreas marinhas protegidas, bem como jurisdições nacionais contando e reduzindo emissões de navios responsáveis por 2,5% das emissões globais, segundo a OMI ou Organização Marítima Internacional.
Em tempo: o foco no oceano, segundo cientistas, impulsionaria tecnologias controversas como fertilização oceânica e créditos de carbono azul. Cientistas avaliam consequências das Florestas submersas como Tucuruí e Belo Monte por exemplo, no esgotar reservas de oxigênio vitais à vida marinha, produzindo gases estufa mais nocivos que o CO2. A compensação de emissões pelo carbono azul ou carbono armazenado por ecossistemas costeiros, como florestas de mangue, ervas marinhas e salinas, no passado tais espaços inclusos nos mercados de carbono levou à “apropriação oceânica” por pescadores de pequena escala. A Fertilização oceânica é a aspersão de ferro estimulando crescimento de algas ou fitoplâncton, que ao florescerem, capturam carbono via fotossíntese. Concluindo, o chefe do Instituto para o Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais (IDDRI) de Paris, disse ser “importante avaliar potenciais impactos negativos de soluções como fertilização oceânica nos ecossistemas oceânicos e ciclos ecológicos”.