A globalização remete a década de 1980 e meados de 1990 através da integração econômica, social, cultural e política ultrapassando ao século XXI pela redução de custos e transportes. Paul Singer dá base na expansão comercial e marítima da Europa e Globalização como a rota da expansão capitalista, sendo que o FMI identifica o comércio, as transações financeiras, a mobilidade do capital e do investimento, além da migração, mobilidade e disseminação do conhecimento como molas propulsoras. Óbvio haveriam consequências como os desafios ambientais na crise do clima, poluição do ar e sobrepesca oceânica. Nessa, pesquisadores da Universidade Carlos III de Madri a partir de um banco de dados secular sobre comércio mundial, com informações abrangendo entidades políticas e colônias pós 1850, marcam seu início a partir da terceira década do século XIX num primeiro estágio que duraria até a Primeira Guerra Mundial, florescendo para um segundo estágio pós Segunda Guerra e nos introduzindo no terceiro estágio atual chamado de ‘Era da Hiperglobalização.’
A história humana demonstra que seres humanos interagem por longas distâncias e milhares de anos, antes da era das descobertas e viagens ao Novo Mundo pelos europeus. Daí nos remete ao terceiro milênio A.C. onde se observam exemplos do poder transformador da troca existente no Velho Mundo. Os sistemas globais do século XII no auge da Rota da Seda ligando Ásia, África e Europa, coisa que a modernidade tenta ressucitar, deu frutos na Filosofia, Religião, Linguística, Artes e outros aspectos culturais que se infiltraram nas culturas entrantes. Saltando ao século XIX, emergem novas formas de transporte como Navio a Vapor, Ferrovias e as telecomunicações permitindo intercâmbio global mais eficiente. A globalização moderna é marcada pelo fim da Segunda Guerra, na vontade política em evitar no futuro a insanidade vivida, com as Nações Unidas e o conceito de Bloco Econômico pós fundação da Comunidade Européia do Carvão e Aço. A verdade indica que os maiores beneficiários da globalização são emergentes capitaneados pelo BRICS, deslanchando economias de exportação ao lado de exuberante mercado interno e presença mundial significativa. Antes do alvorecer do BRICS o Japão na década de 1970 reluz pela exuberância juvenil e cultural de sua população, que em espiral de instrução diferenciada avança ao segundo posto econômico mundial. Sua estagnação se atrela ao envelhecimento, servindo de laboratório visando entender o futuro às portas. Por fim, Tigres Asiáticos na década de 1980 marcam o prelúdio do BRICS.
É consenso que a globalização afeta todos os setores da sociedade, comunicação, comércio internacional e mobilidade inserida na liberdade individual. Está nas comunicações sua face mais exuberante através da rede mundial de computadores, que permitiu sem paralelos na humanidade o fluxo de ideias e informações. Pela universalização no acesso, pelo barateamento da telefonia e sua infraestrutura, aumentando a cobertura e incrementando a qualidade do serviço graças a inovação tecnológica. A Rede de Pesquisa de Globalização e Cidades Mundiais nos avisa que Londres ao lado de Nova Iorque são as mais globalizadas do mundo, isto em 2012, por conta das exuberantes jazidas de Petróleo do Mar do Norte marcando o auge da energia fóssil, cujo ocaso parace coincidir com o Brexit e a Crise do Meio Ambiente. Em nossas vidas impactou no acesso a tecnologias e medicamentos, no material cirúrgico e hospitalar, na produção alimentar, alterando o custo e desaguando no aumento da longevidade nos países emergentes e desenvolvidos. A hora é de um passo à frente.