Estudo realizado por pesquisadores nas cidades bolivianas de La Paz, El Alto e pelo observatório de monitoramento do clima em Chacaltaya publicado na revista Atmospheric Environment, informa que a fuligem, produto do tráfego de veículos, atinge grandes altitudes podendo ser transportada em longas distâncias contribuindo ao efeito estufa. A pesquisa foi realizada pelo consórcio internacional liderado pela Universidade Mayor de San Andrés na Bolívia, pela Universidade de Grenoble/IGE, pelo Laboratório de Ciências Climáticas e Meio Ambiente/LSCE e Laboratoire de Météorologie Physique/LaMP na França, pelo Instituto Leibniz de Pesquisa Troposférica/TROPOS na Alemanha e Universidade de Estocolmo/SU na Suécia. Chacaltaya no hemisfério sul é observatório de importância na pesquisa atmosférica em proximidade a Bogotá, Quito, La Paz, entre 3400 e 4100 mts, englobando população de 11 milhões de pesssoas, com resultados sobre o impacto da fuligem automotiva e de queimadas na atmosfera e clima global. A redução de poluentes do tráfego rodoviário com partículas de fuligem de carros a diesel, tem prioridade na proteção da saúde em centros urbanos de países emergentes além de reduzir poluição e aquecimento global.
As partículas de fuligem decorrente processos de combustão, ricas em metais pesados e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, tóxicos à saúde humana, contribuem no aquecimento global absorvendo radiação solar. Em relação ao estudo publicado a equipe composta por pesquisadores da Bolívia, Alemanha, França, EUA, Suécia e Itália com estações em diferentes altitudes, La Paz a 3590 mts, El Alto a 4040 mts e Chacaltaya a 5240 mts, possibilitou explicar o transporte vertical de fuligem que emerge com o ar quente até o planalto de El Alto e depois picos dos Andes. O estudo contribui para fortalecer regulamentos de melhoria na qualidade do ar, já que o crescente tráfego de veículos a diesel sem filtros representa risco à saúde de milhões nos países emergentes. Nos trópicos, grandes quantidades de fuligem entram na atmosfera via incêndios florestais além de veículos urbanos.
Moral da Nota: o Departamento de Transporte do Reino Unido informou em 2017 que Londres havia 5,4% a mais de passageiros que a capacidade suportada nos períodos de pico da manhã. A urbanização acrescentará mais 2,5 bilhões de pessoas às cidades nas próximas três décadas, levando a superlotação nas megacidades como Nova York, Tóquio e Londres. Segundo a Gemalto, cidade inteligente é melhor descrita como estrutura de rede inteligente de objetos e máquinas conectadas que transmitem dados usando tecnologia sem fio e nuvem. Em essência, os aplicativos IoT em nuvem recebem e gerenciam dados em tempo real, ajudando empresas e residentes tomar decisões que melhorem a qualidade de vida.