Apenas quantidade parcial do lixo plástico vem de rios da Europa e América do Norte, juntas, essas regiões contribuem com 5% do total global, o que sugere que países mais ricos tem contribuição parcial no problema , no entanto, esses números olham ao plástico emitido internamente não considerando o fato de muitos países exportarem plásticos. Estima-se que a importação resíduos plásticos muitas vezes traz benefícios econômicos, via reciclados reaproveitados em outros bens e alimentados em indústrias de manufatura, mais baratos que comprar ou fabricar in natura. O mundo gera 350 milhões de toneladas de resíduos plásticos/ano, significando que 2% são comercializados, ou, em 2020, 5 milhões de toneladas comercializados globalmente. Os 98% restantes são manuseados internamente, enviados a aterros sanitários, reciclados ou incinerados no país onde foi gerado, não correspondendo o conceito que a maior parte dos resíduos plásticos do mundo é enviada ao exterior, sendo os 20% reciclados, comercializados, Na última década, ocorreu grande declínio na quantidade de resíduos plásticos comercializados com taxas caindo dois terços desde 2010 por políticas na China em relação ao comércio plástico impactando na mudança global. Em 2016, o país importava mais da metade do plástico comercializado no mundo, em 2018, caiu para menos de 1%, sendo a razão desse declínio a proibição da importação dos tipos de resíduos plásticos em 2017, parte da decisão política mais ampla de interromper a importação de 24 tipos diferentes de resíduos sólidos, incluindo papel, têxteis e plásticos, proibições, implementadas decorrente preocupações ambientais e de saúde à material contaminado. Proibição que gerou dois impactos, o primeiro, o volume total do comércio de plástico globalmente caiu e, o segundo, outros países surgiram para ocupar o lugar da China como grandes importadores como Malásia, Vietnã, Indonésia, Filipinas e Turquia importando mais plástico que em anos anteriores. A Europa é a região que mais exporta e importa plástico, pois a maior parte é comercializada em determinada região com países europeus exportando a maior parte do plástico à outros países europeus., enquanto países asiáticos exportam mais para outros países asiáticos. Em nível nacional, a Alemanha é o maior exportador e importador, comercializando diferentes plásticos com Holanda, Polônia, Áustria e Suíça, o mesmo valendo à Ásia, onde o Japão é o maior exportador para outros países asiáticos.
Relatório do Programa das Nações Unidas ao Meio Ambiente, PNUMA, avalia que os plásticos se acumulam nos solos em ritmo alarmante afetando saúde e produção de alimentos. Destaca que “há apenas quantidade finita de terras agrícolas disponíveis”, lembrando que “começamos entender que o acúmulo plástico pode ter repercussões na saúde do solo, biodiversidade e produtividade, vitais à segurança alimentar” sendo que os plásticos estão presentes na agricultura, através dos macro-plásticos e micro-plásticos que acabam na cadeia alimentar. Os macro-plásticos são usados em invólucros protetores à cobertura morta e forragem, cobrindo estufas e protegendo culturas dos elemento usados em tubos de irrigação, sacos e garrafas se decompondo em micro fragmentos com menos de 5 mm de comprimento penetrando no solo. Além disso, existem micro-plásticos adicionados intencionalmente como revestimentos à fertilizantes, pesticidas e sementes, alterando estrutura física do solo e limitando a capacidade de reter água, afetando plantas, reduzindo crescimento das raízes e absorção de nutrientes, sendo que os aditivos químicos que se infiltram no solo afetam cadeias de valor dos alimentos com consequências à saúde. O relatório informa que a maior fonte de contaminação micro-plástica no solo são os fertilizantes produzidos a partir de matéria orgânica, como o esterco, conhecidos como bio-sólidos, mais baratos e melhores ao ambiente que os fertilizantes fabricados, no entanto, misturado com micro-esferas, ou, partículas sintéticas usadas em sabonetes, xampus, maquiagem e produtos de higiene pessoal, motivo de preocupação.
Moral da Nota: a Índia proibiu fabricação, importação, estocagem, venda, distribuição e uso de itens plásticos de utilização única identificados no país. A lista de itens proibidos incluía pratos de plástico, copos, talheres como garfos, colheres, facas, canudos, bandejas, agitadores, fones de ouvido com palitos de plástico, bandeirinhas de plástico, palitos de doces, bastões para decoração, películas para embrulhar caixas de doces, convites, maços de cigarros e banners de plástico ou PVC menores que 100 mícrons.A medida tem como objetivo reduzir a crescente poluição plástica no país e, além disso, as empresas foram responsabilizadas pela reciclagem de resíduos de embalagens plásticas sob responsabilidade estendida do produtor, EPR,Regras de Gerenciamento de Resíduos Plásticos, sendo que a compensação ambiental deve ser cobrada dos poluidores, ou, produtores, importadores e proprietários de marcas e, assim, melhorar a qualidade do ambiente.