O MPOC, Conselho Malaio do Óleo de Palma, e a startup blockchain BloomBloc desenvolveram aplicativo blockchain permitindo usuários rastrear o óleo de palma na cadeia de suprimentos. Publicação da indústria de alimentos Foodbev Media informa que o sistema blockchain disponível em implementação piloto à produtores de óleo de palma, processadores, plantadores e proprietários familiares, registra cada árvore e informações associadas possibilitando acompanhamento desde a plantação, usina e produto final. O novo aplicativo segue em todo o país a implementação do padrão obrigatório de certificação de Óleo de Palma Sustentável da Malásia, MSPO. A disponibilidade da certificação da cadeia de suprimentos vincula o óleo de palma sustentável da fábrica ao produto final, garantindo valor da certificação diretamente via cadeia de valor ao cliente.
O problema da sustentabilidade na indústria do dendê na Malásia se deve à extração ilegal de madeira e substituição de florestas por plantações. O produtor do óleo de palma Radiant Lagoon foi responsável pela destruição de 730 ha de floresta no estado malaio de Sarawak, supostamente associada à Double Dynasty, fornecedor de óleo de palma à fabricantes como Nestlé, Unilever, Mondelez e P&G. O governo propôs mais de 60 regulamentos visando melhoria nas práticas de manejo florestal e promoção de atividades ao desmatamento zero. A área plantada de dendezeiros no país é de 5,74 milhões de ha, equivalendo 0,11% das terras agrícolas globais, responsável por 20% das exportações mundiais de gorduras e óleos. O Estado malaio de Penang considera blockchain para rastrear origem dos produtos, alertando consumidores sobre surtos de doenças perigosas transmitidas por alimentos. Na educação, adotou a tecnologia introduzindo o aplicativo blockchain NEM para lidar com fraude de certificado além de lançar programa de visto de trabalho a freelancers de tecnologia que atendam à demanda por talentos capazes em blockchain. O programa de visto de trabalho é parceria entre a Malasya Digital Economy Corporation, MDEC, organização governamental que supervisiona setor de tecnologia, Nem Foundation, organização blockchain, e o mercado de trabalho Jobbatical.
Moral da Nota: a Nestlé em 2019, lançou programa piloto em parceria com o OpenSC para rastrear produtos como leite e óleo de palma com tecnologia blockchain. O piloto inicial rastreou leite de fazendas e produtores na Nova Zelândia às fábricas e armazéns da Nestlé no Oriente Médio. Através de um estudo, a Juniper Research revelou que a indústria global de alimentos economizaria US 31 bilhões em custos de fraude alimentar até 2024, caso as empresas utilizem blockchain para monitorar cadeias de suprimentos.