O Hyperledger é projeto colaborativo de código aberto fundado em 2015 com mais de 250 membros, incluindo ABN Amro, American Express, Daimler, Fujitsu, IBM, Intel, Microsoft e JP Morgan, que desenvolve tecnologia blockchain via colaboração global facilitando e melhorando sua adoção. Os membros unindo esforços, fornecendo pesquisas, bibliotecas e ferramentas de código aberto de qualidade comercial avançam tecnologia e desenvolvem projetos. Juntam-se ao hyperledger fornecendo mais ferramentas ao desenvolvimento o grupo Input Output sediado em Cardano, Hong Kong, a IOVLabs, startup Argentina e criadora da cadeia lateral Bitcoin RSK, outras 7 empresas como a IOHK, desenvolvedora do Cardano. Além da presença da Atomyze, plataforma de tokenização de commodities que trabalha com a Nornickel, maior produtor de paládio e níquel de alta qualidade, a IOV Labs, startup argentina que desenvolve plano piloto à certificação em contratos inteligentes chamado Gasnet, projetado para garantir e acelerar o processo de certificação de gás na Argentina. A IOV Labs trabalha com o Banco Central da Argentina na plataforma interbancária em contratos inteligentes no RSK, operando com seis nós, um para cada instituição participante incluindo Banco Santander, BBVA, Bancor, ICBC, Interbancário, Bolsas de Valores e Mercados Argentinos.
Nesta ideia de inovação o LIFT, Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas, patrocinado pelo Banco Central do Brasil e Fenasbac, revelou iniciativas em 2019 e das 17 listadas 4 focaram blockchain. A FinID focada na construção de identidade digital descentralizada blockchain, solução que facilita processos que dependem de KYC, útil no mercado financeiro. Identificação financeira digital ou FinID, facilita processos de identificação no mercado financeiro e necessária em diversas esferas especialmente com a disseminação do open banking. A plataforma PIX do Bacen necessita de forma prática para migrar dados pessoais de clientes, prezando pela agilidade sem abrir mão da segurança. Dentre os objetivos do projeto encabeçado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, desburocratizar a identificação ao tomador final utilizando credencial financeira única à identificação e acesso a serviços financeiros. Dar poder ao tomador final de controle no uso de seus dados financeiros, facilitando e automatizando o processo de admissão de novos clientes para instituições financeiras, viabiliza o conceito de Know your Customer ou KYC ou conheça seu cliente Transformando meios de credenciamento e autenticação no setor financeiro.
Moral da Nota; o documento de apresentação mostra a blockchain como mecanismo confiável à emissão de credenciais verificáveis, direcionada aos tomadores finais do Sistema Financeiro Nacional. Daí a automatização dos processos de identificação sem necessidade de autoridade central controladora. A iniciativa, a princípio focada no mercado financeiro, atende outras esferas da sociedade. Quanto a governança, as informações não serão armazenadas em um ponto único embora o Bacen controle a rede. A gestão e uso das informações estarão sujeitos à vontade do Banco Central do Brasil inserido no projeto blockchain.