Acionistas da ExxonMobil querem redução de gastos em nova produção fóssil adicionando energia limpa ao conselho, no entanto, em mercado declinando e pressão dos investidores a companhia mantém agenda de produzir petróleo no futuro. A petroleira avisa empreendimento em comercialização de tecnologias de redução de emissões, incluindo captura e armazenamento de carbono além de limitar gastos de capital com nova produção de petróleo e nomeação de membro no conselho de administração com experiência em energia renovável. Informa a criação de negócio para comercializar portfólio de tecnologia de baixo carbono, Soluções de Baixo Carbono da ExxonMobil, se concentrando na captura e armazenamento de carbono focada em emissões líquidas zero e metas climáticas delineadas no Acordo de Paris. Comercializará e implantará tecnologia líder do setor na captura e armazenamento de carbono, CCS, reconhecida como crítica para atingir metas do Acordo de Paris.
A ExxonMobil Low Carbon Solutions avança à mais de vinte oportunidades de captura e armazenamento de carbono permitindo reduções de emissões em grande escala, investindo até 2025 em soluções de energia de baixa emissão US$ 3 bilhões. A CCS é processo de captura de CO2 que seria liberado na atmosfera pela atividade industrial e injetá-lo em formações geológicas profundas para armazenamento seguro e permanente. O Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudança Climática, IPCC, e a Agência Internacional de Energia, AIE, falam que a CCS é tecnologia de baixo carbono para atingir metas climáticas com menor custo em descarbonização de setores da indústria, incluindo cimento, aço, produtos químicos e refino. A ExxonMobil via CCS foi a primeira empresa a capturar mais de 120 milhões de toneladas de CO2, equivalente à emissões de mais de 25 milhões de carros/ano. Tem participação acionária em um quinto da capacidade global de captura de CO2 em 40% do CO2 antropogênico capturado no mundo. As Soluções de Baixo Carbono da ExxonMobil aproveitarão experiência na produção de hidrogênio que, combinado com CCS, desempenhará papel crítico em sistema de energia de baixo carbono.
Moral da Nota: dentre os projetos e parcerias CCS em avaliação estão em Wyoming capturando atualmente 7 milhões de toneladas/ano, maior quantidade de CO2 capturado por qualquer instalação industrial no mundo e na Costa do Golfo dos EUA. Na Holanda, projeto de Hub de armazenamento Offshore do porto de Rotterdam e Transporte de CO2, além do projeto Porthos com transporte por gasoduto à campos de gás offshore esgotados do Mar do Norte. A Bélgica tem o maior cluster integrado de energia e produtos químicos da Europa, a Escócia desenvolve projeto Acorn de coleta de CO2 do complexo de processamento de gás St. Fergus, Cingapura, captura, transporta e armazena de modo permanente CO2 na região da Ásia-Pacífico e no Qatar projeto CCS com capacidade anual de 2,1 milhões de toneladas em Ras Laffan.
Rodapé: a companhia participa do estudo H-Vision de produção de hidrogênio de baixo carbono em Rotterdam, além de estudo com a FuelCell Energy nas células de combustível de carbonato para capturar CO2 de modo mais eficiente e Global Thermostat avançando na captura de CO2 diretamente do ar. Projetos de captura de carbono nos EUA, Austrália e Qatar de 9 milhões toneladas/ano, equivalente plantar 150 milhões de árvores/ano. A Companhia informa ter gasto desde 2000 mais de US$ 10 bilhões desenvolvendo e implantando soluções de energia de maior eficiência e menor emissão em operações, trabalhando com 80 universidades nos EUA, Europa e Ásia em tecnologias de energia de próxima geração.