A Câmara de Comércio Internacional, ICC, o governo de Singapura e mais 16 empresas entre elas a Mastercard, Mitsubishi Corporation, DBS Bank, Tokio Marine e Marubeni Corporation são parceiros na aceleração do processo e implantação de tecnologias digitais no comércio internacional. A parceria parte da ICC TradeFlow Alliance e utiliza a plataforma de comércio digital TradeTrust, criada pela Perlin, empresa blockchain sediada em Singapura. O conceito visa passar dos sistemas em papel ao comércio digital, reduzindo tempo e custos operacionais e incidência de fraude ou erro humano. As empresas integrarão a tecnologia blockchain nas operações com a Standard Chartered, empresa britânica de serviços bancários e financeiros, buscando oportunidades em alavancar soluções digitais permitindo transações comerciais rápidas, seguras, eficientes e transparentes.
O ICC TradeFlow, segundo a Perlin, é construído na rede TradeTrust do governo de Singapura, estrutura multilateral, aberta, jurídica e técnica que permite interoperabilidade entre plataformas e formatos comerciais diversos, na troca de documentos comerciais em blockchain pública. O governo de Singapura atua através das autoridades locais de digitalização e comércio, Infocomm Media Development Authority e Enterprise Singapore promovendo e aplicando a plataforma, além do lançamento de pilotos dedicados baseados em acordos. O piloto do ICC TradeFlow reduziu pela metade o tempo de transação de 45 para 20 dias, com foco na redução do tempo de transação para 24 horas ou menos. O ICC TradeFlow permite parceiros comerciais trocar, verificar e autenticar documentação comercial digital, incluindo cartas de crédito, conhecimentos de embarque e etc compartilhados entre contrapartes comerciais.
Moral da Nota: as oportunidades das plataformas digitais como capacidade de digitalizar ativos, segundo a Perlim, tornam o comércio internacional inclusivo permitindo pequenas e médias empresas participação mais efetiva. As empresas que atualmente realizam negócios com sistemas baseados em papel, devem passar por reciclagem extensiva para utilizar plataformas digitais e sistemas sem papel. A Perlin observou ainda que fora do Bahrain, não há jurisdições que tenham leis que reconheçam legalmente documentos digitais para autenticação e títulos de ativos. Os parceiros comerciais que usam plataformas digitais simplesmente concordam em reconhecer os documentos digitais usados nos pilotos e devem manter os documentos físicos como backup.