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quinta-feira, 15 de abril de 2021

Ásia, governos e blockchain

O Partido Democrático da Índia utiliza plataforma de votação blockchain em consulta para determinar futuras posições políticas. O Ministro de Estado de Eletrônica e Tecnologia da Informação identificou blockchain como pesquisa essencial em governança, bancos, finanças e cibersegurança, apresentando o documento 'Estrutura Blockchain de Nível Nacional' discutindo potencial da DLT e necessidade de infraestrutura à casos de uso. Maharashtra e o Departamento de Receitas são parceiros em blockchain híbrida de código aberto, completando prova de conceito à registro de terras blockchain. A Malaysia Digital Economy Corporation, MDEC, testa programa de visto de trabalho à freelancers de tecnologia para trabalhar no país por curto período, atendendo demanda por talentos em IA, blockchain e segurança cibernética. A Autoridade Monetária do Banco Central de Cingapura é parceira da ConsenSys na tecnologia de razão distribuída no banco central. O Projeto Ubin implementa sistemas de liquidação pelo valor bruto em tempo real, com privacidade da transação e finalização da liquidação.

A China tem mais de 500 projetos blockchain registrados, muitos liderados pelo governo. Xiong’an tem projeto de reflorestamento de 6.667 hectares via plataforma blockchain, big data visando o gerenciando ciclo de vida das árvores. O Comitê de Gestão de Xiong'an introduziu blockchain na gestão governamental, estabelecendo ambiente limpo, transparente e eficiente com supervisão abrangente lançando aplicativos blockchain em todos os campos do governo. A Blockchain Services Network, BSN, é infraestrutura blockchain nacional concebida para ser “sistema Android ou IOS” ao blockchain. A legalXchain registrou três serviços blockchain baseados em legalXchain, LegalFabric e Hyperledger. O Gabinete de Imprensa do Governo Popular Municipal de Guiyang, publicou artigo intitulado "Desenvolvimento e aplicação da cadeia de blocos de Guiyang", white paper referido por profissionais da indústria como o "primeiro projeto" do país na tecnologia blockchain.

Moral da Nota: o serviço de alfândega da Coréia do Sul lançou sistema de liberação em blockchain no gerenciamento de frete de importação e exportação, sendo que o governo sul-coreano investe em seis pilotos blockchain separados com fundo de US$ 9 milhões. A State Railway of Thailand e o Thailand Post desenvolverão e aplicarão tecnologia da IoT para rastrear chegadas e partidas de trens, além da blockchain para rastrear pacotes de alto valor.


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Ásia 2050

A ascensão da China ultrapassando os EUA é parte de mudança maior acelerando nas próximas décadas. A lógica da Guerra Fria em 1972 empurrou os EUA à China trazendo-a de volta à economia mundial, enquanto o colapso da URSS em 1991 deu confiança ao Ocidente proclamando "fim da história", emergindo daí, as consequências da ascensão chinesa. Governo de partido único e economia dominada pelo Estado motiva alarme nas democracias e orgulho em Pequim, sendo que em 2035, a Bloomberg Economics diz que o país ultrapassará os EUA como maior economia e talvez ator político mais poderoso. A Bloomberg utilizou estrutura de contabilidade de crescimento ao lado de entrada de capital, trabalho e produtividade para prever o PIB potencial de 39 países, dos EUA a Gana, até 2050. O resultado sugere que o período de estabilidade pós Segunda Guerra até o século 21 parece chegar ao fim, mudando o centro de gravidade econômica do Ocidente ao Oriente, isto é, de economias avançadas à mercados emergentes, de mercados livres à controles estatais e de democracias estabelecidas à governos autoritários e populistas, perturbando a política global, economia e mercados. No entanto, tais projeções distorcem com a pandemia demonstrando como remodelam o mapa econômico mundial, além de guerras, desastres naturais e crises financeiras mutando decisões políticas sobre globalização e clima.

O retorno da Ásia ao centro da economia quando a China não tinha aderido à OMC e o potencial da Índia enterrado na Licença Raj a Ásia representava 25% do PIB mundial, menos que América do Norte e Europa. Em 2050, viverão no continente asiático mais da metade da população mundial contribuindo com mais de 50% do PIB global em contrapartida menor da América do Norte e Europa. A ascensão da China e Índia eleva a participação dos emergentes no PIB global, que em 2000 representava um quinto da produção mundial e em 2042 ultrapassará economias contribuintes ao crescimento global e em 2050 contribuirá com quase 60 por cento do total. Em 2033 a Índia ultrapassará o Japão envelhecido tornando-se a terceira maior economia do mundo e em 2050, a Indonésia emergirá no topo e as três maiores economias do mundo serão marcadas por emergentes asiáticos.

Moral da Nota: o cientista político de Harvard Graham Allison apelidou de "Armadilha de Tucídides" uma provável guerra fria entre dominantes e emergentes sendo que a transferência de poder dos EUA à China, gerou, gera e gerará, disputas no campo do comércio se espalhando pela tecnologia, direitos humanos e reivindicações territoriais. Na década 2040, a fadiga do desenvolvimento e o envelhecimento da força de trabalho reduzirá o crescimento do PIB chinês à 3%, enquanto a Índia com população mais jovem e mais degraus à frente, tende crescer mais rápido, certamente com graus de incerteza de tensão entre eles até o derradeiro desafio indiano à China pela hegemonia asiática. Quanto ao estado, a previsão é de mudança no equilíbrio entre mercado e estado com ascensão de economias de alto nível de propriedade e controle de governo. O PIB global das economias "livres" ou "em sua maioria livres" deslocará de 57% em 2000 para 33% em 2050, de acordo com a Bloomberg e o sistema de classificação da Heritage Foundation, enquanto os classificados como "em sua maioria não livres" ou com alto grau de propriedade e controle do Estado aumentará de 12% para 43%. Para concluir emerge a ideia que o medo da ascensão chinesa aliena os EUA dos princípios do livre mercado, sendo que no mundo, o alvorecer de economias centradas no estado com políticas comerciais mercantilistas e abordagem vantajosa à propriedade intelectual, lança dúvidas sobre o mercado livre, ou, melhor abordagem para impulsionar crescimento, ou, via rápida para abrir mão da vantagem competitiva e, em última instância, do poder geopolítico. O detalhe é que a pesquisa projetada à política mostra tendência semelhante da economia com o ano 2000, em que sociedades "livres" ou democracias eficazes eram 86% do PIB mundial e em 2050, cairá para 60% e Sociedades 'parcialmente livres' com direitos políticos e liberdades civis parciais ao lado de sociedades 'não livres' impondo controles serão 40%.