sábado, 7 de dezembro de 2024

Panorama Cripto

O Brasil se posiciona como o 10º país na adoção criptomoedas, em que estudo da Chainalysis mostra que lidera considerando a América Latina e, conforme o ranking, fica atrás da Índia, que lidera o ranking global, Nigéria, Indonésia, EUA, Vietnã, Ucrânia, Rússia, Filipinas e Paquistão e, considerando apenas a América Latina, lidera seguido por Venezuela, Argentina e México, a partir daí pode-se medir os efeitos em relação a última alavacagem bitcoin. A Chainalysis aponta regiões da Ásia Central e Sul e Oceania dominando o Índice  2024, com 7 dos 20 principais países localizados na região destacando que essas regiões têm conjunto exclusivo de mercados cripto com altos níveis de atividade em exchanges locais, serviços comerciais e DeFi, sendo que o estudo em questão classificou países no ranking  em interações com serviços centralizados e descentralizados, considerando operações varejo e DeFi. O índice da Chainalysis 2024 excluiu o volume de transações em exchanges peer-to-peer, P2P, e, conforme a empresa, houve “redução na atividade” em regiões sendo que possui 4 subíndices ponderados pelo PIB per capita em que o ranking classifica 151 países aos quais teve dados sobre cada subíndice, incluindo tamanho da população e poder de compra, por fim, fez a média geométrica de cada país e normalizou o número final em escala de 0 a 1 para pontuar a classificação geral e quanto mais próxima a pontuação final for de 1, maior será a classificação, lembrando que considerando apenas o subíndice 1, o Brasil ficou na 8ª posição e nos subíndices 2 e 3, ficou na 10ª colocação e, no 4º subíndice, na 14ª posição. A Chainalysis avalia que em 2023 o crescimento da adoção cripto foi impulsionado por países de renda média-baixa, em 2024, no entanto, a atividade cripto aumentou nos países de todas as faixas de renda e o lançamento ETF  Bitcoin nos EUA desencadeou aumento no valor total da atividade Bitcoin nas regiões, havendo contudo, crescimento forte ano a ano em transferências de tamanho institucional em regiões com países de maior renda como América do Norte e Europa Ocidental e, por fim, em relação ao DeFi, o relatório pontuou que, ao analisar o crescimento ano a ano em termos de tipos de serviços é possível ver a atividade DeFi aumentar na África Subsaariana, América Latina e Europa Oriental.

O “Relatório Geográfico de Criptomoedas 2024” da Chainalysis destaca 4 países latino-americanos entre os líderes na adoção de cripto mostrando que a  América Latina emerge como região chave na adoção de ativos digitais, com países apresentando alta taxa de integração de criptomoedas nas economias, sendo que a crescente aceitação na região sublinha tendência à digitalização financeira e utilização cripto nos mercados emergentes. Revela que no top 20 do índice estão México, 14º lugar, e Argentina, 15º lugar, sublinhando como as criptomoedas se estabelecem como opção viável aos que procuram proteger  ativos da inflação, sendo que o relatório anual da Chainalysis analisa dados dentro e fora da rede para identificar países que estão na vanguarda da adoção cripto, destacando onde casos de uso cripto únicos crescem examinando razões por trás da tendência global em relação às criptomoedas ao refletir busca por alternativas financeiras em meio à instabilidade econômica. Mostra o ímpeto por trás do crescimento acelerado está no lançamento do Bitcoin Spot ETF nos EUA que causou aumento na atividade, fenômeno que gerou crescimento anual  nas transferências institucionais em regiões de rendimento elevado como América do Norte e  Europa Ocidental, além disso, transferências de stablecoin tiveram crescimento ano após ano no segmento de varejo e profissional, facilitando casos de utilização prática em países com economias de rendimento baixo e médio-baixo particularmente na África Subsariana e  América Latina, destacando que o mercado global cripto continua se expandir impulsionado por ferramentas financeiras e crescente interesse nas regiões emergentes.

Moral da Nota:  a negociação mensal cripto na Argentina aumentou de US$ 1,87 milhão em fevereiro para US$ 2,47 milhões em julho de 2024 e, ao lado do Brasil, é alternativa de poupança e proteção contra desvalorização monetária acontecendo em meio a desafios econômicos, na  Argentina, por exemplo, a inflação anual ainda é alta, o volume de transações cripto teve crescimento e, de acordo com dados recentes da bolsa de criptomoedas NoOnes a negociação mensal de ativos criptográficos representou aumento de 32% em apenas 5 meses, tendência que refletiria crescente confiança dos argentinos nas moedas digitais como refúgio contra desvalorização do peso. O Brasil, embora com inflação mais moderada, viu aumento mais impressionante no uso cripto com o NoOnes informando que o volume mensal de comércio no Brasil cresceu de US$ 1,92 milhão em janeiro para US$ 3,09 milhões em junho marcando aumento de 61%, crescimento que posiciona o Brasil como o maior mercado cripto da América Latina em termos de volume de transações, enquanto outros países latino-americanos aumentaram a atividade criptográfica a ritmo mais moderado, com a Venezuela, por exemplo, quase duplicando o volume de transações passando de US$ 249 mil em junho à US$ 479 mil em julho, enquanto a República Dominicana registrou aumento de US$ 1,05 milhão à US$1,96 milhão  no mesmo período. Vale citar que o México sobe posições no ranking de adoção cripto onde se consolida como o 3º país da América Latina com maior uso bitcoin, BTC, e outros ativos digitais, surpreende ao passar  a Argentina, como revela o relatório anual da Chainalysis, onde ocupa a posição 14 superando a Argentina na posição 15, melhoria que se deve ao fato do país asteca ter subido duas posições em relação ao índice global de 2023 quando a Argentina ocupava a posição 15 e o México 16.