A poluição atmosférica na capital indiana, Nova Délhi, atingiu níveis 60 vezes superiores às normas internacionais, levou ao fechamento de escolas e restrições ao tráfego, como medidas emergenciais em metrópolis de 30 milhões de habitantes nos locais de maior contaminação ambiental no inverno, que enfrenta picos de contaminação provocados pela fumaça das fábricas, tráfego e queimadas agrícolas sazonais cujos níveis de PM2.5, micropartículas que podem causar câncer e entram na corrente sanguínea pelos pulmões, alcançaram medição de 907, segundo a IQAIr, agência de monitoramento, 60 vezes superior ao máximo recomendado pela OMS. A prefeitura ordenou suspensão das aulas presenciais sendo que escolas de ensino fundamental estão fechadas a mais tempo e as crianças acompanham aulas à distância, obras públicas paralisadas, a circulação de veículos pesados e carros estão restritas, com o governo pedindo que crianças e idosos, pessoas com problemas pulmonares e cardíacos, "permaneçam em casa todo o tempo", valendo dizer que muitos habitantes da capital indiana não têm recursos para comprar purificadores de ar e vivem em casas mal ventiladas, considerando que a queda da temperatura e ventos fracos no inverno, outubro a janeiro, intensificam contaminação do ar que retém partículas, com a Suprema Corte da Índia determinando que o ar limpo é direito humano fundamental e ordenou que governos central e estaduais adotem medidas a respeito. O desastre ambiental anual não é apenas emergência de saúde pública, mas lembrete da luta contínua da região contra a poluição do ar, é interação entre atividades humanas e fenômenos naturais, sendo que a inversão térmica atmosférica desempenha papel na exacerbação do problema, prevalente nas planícies indo-gangéticas no inverno e, à medida que o inverno se instala no subcontinente, cidades da Índia e Paquistão lutam contra grave crise de poluição, com Nova Déli e Chandigarh na Índia envoltas em manto de poluição ao lado de Lahore e outras no Punjab, com índices de qualidade do ar em níveis perigosos, no cerne da crise a interação entre atividades humanas e fenômenos naturais, com inversão térmica desempenhando papel na exacerbação do problema.
Trata-se de condição meteorológica, prevalente nas planícies Indo-Gangéticas no inverno, retém poluentes próximo do solo, criando tempestade perfeita à deterioração da qualidade do ar, sendo que a inversão térmica atmosférica ocorre quando uma camada de ar quente se deposita acima do ar mais frio próximo da superfície, revertendo o gradiente normal de temperatura e, nas planícies Indo-Gangéticas, o fenômeno é intensificado pela geografia com o Himalaia ao norte e as cordilheiras Vindhya-Satpura ao sul criando topografia que retém o ar poluído considerando que as condições frias e calmas do inverno reduzem a velocidade do vento, minimizando a dispersão de poluentes. As atividades humanas contribuem à poluição retida pelas inversões com emissões veiculares, poluentes industriais, poeira de construção e a prática controversa de queima de resíduos de colheita, liberando partículas e gases no ar e, nas inversões térmicas, esses poluentes se acumulam próximo ao solo, levando à formação de poluição atmosférica espessa e perigosa com consequências graves e abrangentes em que a visibilidade é drasticamente reduzida, representando riscos ao transporte e à vida diária, no entanto, a concentração de poluentes, especialmente partículas finas, PM2,5, atinge níveis que representam riscos à saúde com Hospitais em áreas afetadas relatando aumento em problemas respiratórios em crianças e idosos particularmente vulneráveis. Governos da Índia e Paquistão enfrentam pressão crescente para lidar com a crise, embora medidas de emergência como esquemas de veículos pares-ímpares e fechamento temporário de escolas, forneçam algum alívio, especialistas argumentam que soluções sustentáveis de longo prazo são necessárias, incluindo melhorar transporte público, transição à fontes de energia mais limpas e implementar controles de emissão industrial mais rigorosos, já que, compreender e prever inversões térmicas desempenha papel crucial na mitigação da crise ao prever tais padrões climáticos as autoridades podem implementar medidas preventivas e emitir alertas de saúde, além do planejamento urbano aprimorado e aumento da cobertura verde nas cidades auxiliando mitigar o impacto da poluição.
Moral da Nota: à medida que exacerbam desastres ambientais, a crise da poluição do ar aponta à necessidade de esforços colaborativos e transfronteiriços para enfrentar em desafio compartilhado, com saúde e bem-estar em jogo, tornando imperativo que governos, indústrias e cidadãos trabalhem para um ar mais limpo e respirável em regiões mais densamente povoadas. O Paquistão atingido por poluição tóxica apela por diplomacia climática com a Índia na COP29, enquanto Nova Déli e o norte da Índia continuam impactados pela poluição, situação sombria no Paquistão, particularmente Punjab, Peshawar, Multan e, ao apelar à "diplomacia climática" busca lidar com o desafio compartilhado da poluição atmosférica destacando necessidade urgente de ação colaborativa", regiões onde o Índice de Qualidade do Ar, AQI, ultrapassa a marca perigosa de 2.000, com medidas de bloqueio, Indústrias fechadas, atividades comerciais interrompidas e escritórios operando com 50% da capacidade enquanto escolas e universidades permanecem fechadas para mitigar a crise. Autoridades da província de Punjab do Paquistão falando em Baku destacaram necessidade de ação colaborativa, com o Diretor de Mudanças Climáticas em Punjab dizendo que a crise da poluição atmosférica reflete a situação em Nova Déli e partes da Índia e o Diretor Geral da Autoridade de Proteção Ambiental em Punjab esclarecendo que "foram fechados os poluidores industriais, registrados FIRs contra fazendeiros por queima de restolho e realizadas semeadura de nuvens para induzir chuva artificial, embora temporárias, as medidas aliviam pouco as restrições na região de Rawalpindi". Outra questão é a coesão comunitária na luta contra alterações climáticas, com cientistas compilando base de dados de 150 crises em diferentes épocas e regiões e percebendo que alterações climáticas nem sempre conduzem a catástrofes em grande escala, a sociedade moderna pode evitá-los se estiver coesa, descobriram que ao ocorreram desastres naturais, nem todos os países sucumbiram ao colapso negativo geral, revoltas e guerras civis, alguns introduziram reformas para conseguir melhorias em período difícil, por exemplo, no século XVII, a Dinastia Qing na China sofreu graves inundações, secas e pragas de gafanhotos que causaram agitação social, no entanto, valores chineses ajudaram preservar o estado na época, com cientistas identificando fatores que mantem a estabilidade mesmo em condições de crise, um deles é a coesão social, com um dos dos co-autores do artigo publicado pelo Complexity Science Hub, sobre o tema, concluindo, “dado que vivemos em era marcada por perturbações ambientais, econômicas, desigualdade e conflitos, o foco deve ser na criação de coesão social e estabilidade."