quinta-feira, 28 de novembro de 2024

la Niña

O Centro de Previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional diz que há 60% de chance que um evento fraco La Niña ocorra no outono do hemisfério norte de 2024 com possibilidade de durar até março 2025, parte do ciclo climático natural que pode causar condições climáticas extremas no planeta cujos efeitos variam de lugar para lugar. Não há garantia de como o La Niña se desenrolará, no entanto algumas tendências gerais são esperados com especialistas dizendo que partes do norte da América do Sul podem ver mais chuva que o normal, regiões do sul dos EUA e partes do México podem ser mais secas que a média enquanto a camada norte dos EUA e o sul do Canadá podem ser mais úmidos que a média. La Niña é fase fria El Niño, oscilação Sul, padrão climático global natural que envolve mudanças nas temperaturas do vento e do oceano no Pacífico podendo causar condições climáticas extremas no planeta, ao passo que El Niño é fase quente e acontece quando ventos alísios que sopram pelo Pacífico em direção à Ásia enfraquecem, permitindo que águas quentes do oceano se acumulem ao longo da borda ocidental da América do Sul, no entanto, durante o La Niña, ventos alísios se intensificam e a água fria das profundezas do mar sobe resultando em temperaturas oceânicas mais frias que a média no Pacífico oriental. Temperaturas frias do oceano e mudanças na atmosfera afetam a posição da corrente de jato, faixa de ar em movimento rápido fluindo de oeste para leste ao redor do planeta empurrando-a ao norte, sendo que a corrente de jato fica sobre o oceano aproveitando a umidade e influenciando o caminho que as tempestades tomam aumentando a precipitação, valendo dizer que, a Terra experimentou evento La Niña de "triplo mergulho" de 2020 a 2023, com a cientista climática da NOAA dizendo que  "tivemos 3 invernos consecutivos de condições La Niña, incomum, porque o único outro caso foi de 1973 a 1976", concluindo que os eventos La Niña tendem durar e serem mais recorrentes que eventos El Niño. Já o cientista climático do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, afiliado à Universidade de Columbia, disse sobre a previsão de um possível fenômeno La Niña em 2024  "é incomum, embora não seja sem precedentes", observando que a frequência de eventos La Niña pode ser estressante à regiões que lidam com seca como a África Oriental concluindo que  "se estamos caminhando à outro evento La Niña, significa continuação dessas condições ruins." A influência La Niña varia conforme  localização e estação, por exemplo, partes da América do Sul como o leste da Argentina podem ser mais secas que a média, enquanto Colômbia, Venezuela e partes do norte do Brasil podem ser mais úmidas que o normal explicando que "depende  de onde você está, parte disso é um ciclo de monções, estação chuvosa e seca, que atravessa a América Central e América do Sul, com La Niña alterando a intensidade e localização desses ciclos de monções", sendo que nos EUA, o nordeste e o Vale do Ohio costumam apresentar condições mais úmidas que o normal, com trajetória de tempestade devido posição da corrente de jato. Por fim, a ondulação da corrente de jato pode causar frequentes surtos de frio particularmente no centro dos EUA enquanto queda de neve é ​​difícil prever e dependente da tempestade e caminho que toma, embora na Nova Inglaterra, Nova York e região dos Grandes Lagos tendem ter mais neve em invernos La Niña e as regiões sul e sudeste dos EUA mais distantes da rota ativa da tempestade tendem ser mais secas e quentes que o normal.

Incêndios florestais no Canadá e Califórnia gerando muita fumaça causam problemas de qualidade do ar, com o médico de família da Mayo Clinic, alertando que "a fumaça pode afetar a saúde em áreas onde há incêndios florestais, causando desde irritação nos olhos a infecção respiratória em que problemas respiratórios e dificuldade para respirar acontecem até mesmo em esforço cardíaco", acrescentando que as condições de fumaça podem ser preocupantes à pessoas com condições preexistentes, concluindo que,  "os que correm mais risco incluem aqueles com problemas cardíacos ou pulmonares subjacentes, como asma ou DPOC", aconselhando medidas de qualidade do ar avaliando que "se níveis estiverem altos, é recomendado que fique em ambientes fechados", "fechar janelas tentando garantir que tenha um sistema de ar condicionado central à que o ar circule adequadamente". Sendo relevante dizer que estudo publicado no The Lancet atribuiu 1,67 milhão de mortes prematuras em 2019 à poluição do ar na Índia com a capital Nova Delli mostrando nuvens ácidas tomando conta enquanto a poluição do ar alimentada por fogos de artifício e queimadas foi classificada como "perigosa" pelos monitores pela primeira vez neste inverno, cidade que abriga mais de 30 milhões de pessoas classificada como uma das áreas urbanas mais poluídas do planeta. É comum pessoas indo ao trabalho tossirem em meio à poluição atmosférica venenosa que mata milhares a cada ano, embora poucos na cidade usem máscaras, com o famoso monumento Portão da Índia da cidade envolto em névoa fétida, Nova Déli coberta por poluição atmosférica ácida todos os anos causada pela queima de restolho por fazendeiros de regiões vizinhas para limpar campos à aração, cujos níveis de partículas finas, micropartículas causadoras de câncer, conhecidas como poluentes PM2,5, entrando na corrente sanguínea através dos pulmões aumentando quase 23 vezes o máximo diário recomendado pela OMS. Poluentes ultrapassaram 344 microgramas por metro cúbico, conforme a empresa de monitoramento IQAir que classificou o ar da grande metrópole como "perigoso", classificando-o como o pior do mundo, esperando-se que a poluição do ar piore no festival hindu das luzes, Diwali,  em 1º de novembro de 2024 quando fogos de artifício com toxinas perigosas fazem parte das celebrações. Nos últimos anos, o governo de Nova Déli tentou reduzir a poluição restringindo o tráfego de veículos, incluindo esquema que permitia carros com placas pares ou ímpares circulando em dias alternados, além da imposição de proibições sazonais de obras e veículos movidos a diesel, no entanto, esforços do governo até agora não conseguiram resolver o problema da qualidade do ar no país.

Moral da Nota: sistema criado por pesquisadores do MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, utiliza energia Solar de modo que poucos viram antes em processo de dessalinização à taxa de luz solar que recebe, quer dizer, à medida que o sol brilha mais forte durante o dia o sistema aumenta a taxa de dessalinização e se uma nuvem passar e bloquear o sol por alguns momentos, o sistema desacelera de modo automático, adaptando-se de forma eficiente e rápida. Testado durante 6 meses no Centro Nacional de Pesquisas de Águas Subterrâneas Salobras em Alamogordo, Novo México, enfrentou diferentes tipos de águas subterrâneas e condições climáticas variáveis resultando em sistema conseguiu converter até 5 mil litros de água por dia, utilizando mais de 94% da energia gerada pelos painéis solares, visto no ajuste do consumo de energia em tempo real com base em alterações ambiente. As duas formas de dessalinização mais conhecidas são osmose reversa e eletrodiálise, sendo que na osmose reversa, a pressão é usada para empurrar água salgada através de membrana, separando sais do processo e, apesar da popularidade, não é muito eficiente quando se trata de operar fontes de energia variáveis, como a solar, por outro lado, a eletrodiálise utiliza campo elétrico para extrair íons salinos da água mais fácil de controlar e se adaptar às flutuações de energia. A dessalinização da água salobra, água subterrânea com um pouco de sal, já que que comunidades distantes da costa dependem das águas subterrâneas ao abastecimento, águas que tornam-se cada vez mais salinas, perigosas ou desagradáveis ​​de consumir, com o sistema desenvolvido pelo MIT surgindo como opção às comunidades por não necessitar baterias e funcionar com luz solar e ser implementado em áreas sem acesso à rede elétrica reduzindo dependência de sistemas de tratamento de água, com pesquisadores do MIT liderados por Amos Winter e equipe, planejando melhorar o sistema e levá-lo a mais lugares, quer dizer, desenvolver produto que forneça água potável sustentável a comunidades no mundo e não se trata apenas de dessalinizar a água, o objetivo é tornar o acesso à água potável realidade, independente da infra-estrutura ou limitações de recursos econômicos. Para concluir, estudo atraiu atenção sobre o papel dos plásticos no desenvolvimento do autismo, em particular, concentrou na exposição a um componente de plásticos duros, bisfenol A, ou BPA, no útero e risco de distúrbio do neurodesenvolvimento, ressaltando que  o estudo não mostra que plásticos contendo BPA causam autismo, sugere que o BPA pode desempenhar papel nos níveis de estrogênio em bebês e meninos em idade escolar, que pode afetar as chances de serem diagnosticados com autismo. BPA é componente de plásticos duros usado ​​para alimentos e recipientes de bebidas, havendo preocupações com a saúde porque estamos expostos a baixos níveis ao longo da vida, com alguns países proibindo BPA em mamadeiras como precaução e a Austrália  eliminando-o voluntariamente em mamadeiras.