Estudo no JAMA Network Open, mostrou que pesquisadores utilizando dados da plataforma WONDER dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, que combina contagens de mortes e estimativas populacionais, observaram que 21.500 pessoas morreram de causas relacionadas ao calor de 1999 a 2023, aumento de 63% nas taxas de mortalidade ajustadas por idade, AAMRs, sendo que o maior salto na AAMR ocorreu de 2016 a 2023 quando aumentou em 17%, quer dizer, o número de mortes relacionadas ao calor nos EUA mais que dobrou no último quarto de século, aumentando de aproximadamente 1100 em 1999 à mais de 2300 em 2023, visto que as taxas de mortalidade relacionadas ao calor têm aumentado constantemente desde 2016 com o maior número registrado em 2023, ano mais quente já registrado, no entanto, algumas mortes podem ter sido classificadas incorretamente levando a subestimação do número real de fatalidades relacionadas ao calor decorrente ao aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas que aumentaria ainda mais esses tipos de mortes. Outro estudo no JAMA Network Open quantificou ferimentos e fatalidades de eventos climáticos extremos e, das 11.100 tempestades que ocorreram nos EUA de 2006 a 2021, apenas 2% puderam ser classificadas como grandes eventos de desastre com pelo menos 10 mortes, embora raros, resultaram em 2.100 mortes, ou, 22% das 9.800 mortes relacionadas a tempestades. Neste quadro, busca-se meio de como blockchain melhora a rotina de saúde, o papel da tecnologia na telessaúde e telemedicina, além do gerenciamento convencional de dados, em que, prescrições, planos de tratamento e registros de pacientes são mantidos com segurança e acessíveis em livro-razão descentralizado e seguro facilitando consultas virtuais, garantindo acesso rápido e seguro a informações médicas atualizadas à pacientes e profissionais de saúde. O agendamento de compromissos é automatizado através de contratos inteligentes, aumentando a precisão e reduzindo conflitos de agendamento, além disso, blockchain fortalece interações médico-paciente e protege dados confidenciais, permitindo canais de comunicação criptografados e seguros sendo que a confiança dos pacientes nos serviços de saúde remotos é fomentada pela sua natureza imutável que garante integridade dos dados, enquanto tokenização em blockchain incentiva participação dos pacientes em programas de telessaúde, fornecendo incentivos para fornecer dados ou participar em estudos de investigação, envolvimento com potencial de transformar a forma de utilização e contribuição aos serviços de saúde virtuais, incentivando abordagem mais centrada no paciente a investigação e gestão na área médica.
Blockchain permite gerenciamento de registros de saúde, transparência de ensaios clínicos, gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos sendo que a utilização da tecnologia no setor de saúde tem potencial de revolucionar a forma como os registros médicos são gerenciados, a pesquisa médica é conduzida e o atendimento ao paciente é prestado, com casos de uso promissores como o Gerenciamento de registros médicos que podem ser armazenados e gerenciados com segurança blockchain, melhorando acessibilidade à pacientes e profissionais em que a capacidade dos pacientes de controlar acesso aos registros médicos aumenta segurança e privacidade, por exemplo, o MedRec, sistema blockchain para gerenciamento de informações médicas criado por pesquisadores do MIT. Andrew Lippman, professor do MIT, diz que o objetivo do projeto MedRec é ser como um banco suíço para registros de saúde, mas sem o banco e, ao oferecer registro de dados de ensaios clínicos transparente e imutável, blockchain aumenta transparência e integridade dos ensaios clínicos, com a plataforma CTRR, Clinical Trials Reporting and Results como exemplo de plataforma que usa blockchain para armazenar dados de ensaios clínicos, desenvolvida pela Pfizer, empresa farmacêutica, em colaboração com outras empresas, incluindo a IBM, em que o uso blockchain facilita acesso e verificação dos dados dos ensaios clínicos à pesquisadores e reguladores, melhorando qualidade e confiabilidade dos resultados dos ensaios clínicos. A Rastreabilidade de medicamentos prescritos permite rastreamento Blockchain de medicamentos prescritos desde o ponto de fabricação ao cliente final, diminuindo chance de medicamentos falsificados entrarem na cadeia de abastecimento, um exemplo é MediLedger, rede blockchain que rastreia o fluxo de medicamentos prescritos. A Gestão da cadeia de abastecimento aumenta eficiência e transparência no setor da saúde, tornando mais simples acompanhamento do fluxo de suprimentos e equipamentos médicos, sendo o sistema VeChain de gerenciamento blockchain é utilizado na indústria farmacêutica, por exemplo, San Marino aprovou o Certificado Digital Covid VeChain que registra na blockchain histórico médico relacionado à pandemia e supostamente verificável no mundo. O Gerenciamento de dispositivos médicos permite segurança de dados de dispositivos médicos incluindo estatísticas de uso e registros de manutenção, melhorando segurança do paciente e reduzindo probabilidade de falhas, por exemplo, Chronicled é plataforma blockchain à gerenciamento de dispositivos médicos. A Telemedicina, cujos dados incluindo consultas por vídeo e prescrições eletrônicas podem ser armazenados e compartilhados com segurança via blockchain melhorando acesso dos pacientes aos cuidados, sendo exemplo desse caso de uso a plataforma de telemedicina em blockchain Solve.Care, que estabeleceu cursos especializados Web3 à sul-coreanos em colaboração com a Universidade Inha, Coréia do Sul, e, após concluir o programa, terão habilidades para redesenhar, redefinir e melhorar redes digitais de saúde Web3 da próxima geração, além de programa educacional que oferece cursos #Web3 capacitando líderes coreanos reimaginar, redefinir e aprimorar suas já excelentes habilidades. O Desenvolvimento na pesquisa de medicamentos pode ser mais transparente e eficiente permitindo investigadores partilhar informações e trabalhar em conjunto com mais sucesso, com a plataforma Clinical Research Blockchain como exemplo de sistema blockchain à armazenamento e troca de dados de pesquisa clínica. A Medicina personalizada permite que dados genômicos sejam armazenados e compartilhados com segurança blockchain, além de tratamentos médicos mais individualizados e eficientes e, como exemplo, a Shivom, plataforma de interpretação e troca de dados genéticos. O Plano de saúde em Blockchain pode ser aplicado no processamento de reclamações de seguros de saúde para aumentar transparência, eficiência e velocidade, ao mesmo tempo que diminui fraude, por exemplo, a MetLife usa blockchain para agilizar o processo de sinistros de seguros de vida reduzindo tempo necessário para processar sinistros melhorando a experiência geral do cliente. Por fim, Blockchain pode mudar o setor de saúde, do gerenciamento de registros médicos a descoberta de medicamentos e seguros de saúde, embora casos de uso estejam em fase inicial de investigação, têm potencial de aumentar eficácia na prestação de cuidados de saúde e melhorar resultados dos pacientes, no entanto, antes que blockchain possa ser amplamente utilizada na área da saúde, inúmeras questões precisam ser resolvidas incluindo padronização, impedimentos regulatórios e legais e interoperabilidade com os sistemas atuais.
Moral da nota: blockchain no espaço sanitário é "essencial" para proteger dados sensíveis, com o diretor de tecnologia da empresa de pagamentos sanitários Zelis, Kali Durgampudi, pedindo aos provedores de serviços sanitários que utilizam blockchain para proteger dados dos clientes e evitar ataques dos cibernéticos. Acredita que a implementação blockchain é vital para proteger dados sensíveis dos pacientes e, falando ao Health IT News, sinalizou que os maiores problemas na atenção médica são privacidade e segurança dos dados já que a indústria trabalha para digitalizar "processos arcaicos baseados em papel", com Konstantin Kladko, do Skale Labs, dizendo que o "atua assim porque não há regulamentação" e que "blockchain tem potencial de aliviar muitas dessas preocupações", destacando a importância de utilizar livro de contabilidade distribuída "impenetrável" para proteger dados sensíveis e financeiros dos pacientes de ciberataques no mundo dizendo que “dado que a informação não pode ser modificada ou copiada, blockchain reduz riscos de segurança, dando aos hospitais e às organizações de TI da saúde linha de defesa mais forte contra ciberdelinquentes.” Continuou, sinalizando que blockchain pode desempenhar papel chave nos pagamentos sanitários, auxiliando fornecer maior transparência e eficiência sobre modelos de pagamento atuais na assistência sanitária considerando que pagadores e provedores duvidavam compartilhar informações por correio eletrônico pois poderiam ter falhado e não havia nenhum teste de entrega, no entanto, “Blockchain fornece tanto aos pagadores quanto aos provedores visibilidade completa do ciclo de vida de uma reclamação, desde o registro do paciente na recepção, na disputa de um custo, ou, envio de uma explicação de benefícios”. A IBM se destaca em soluções sanitárias blockchain como a verificação de credenciais sanitárias, com o serviço "Trust Your Supplier" para encontrar fornecedores selecionados e "Blockchain Transparent Supply" que fornece acompanhamento on-chain de produtos farmacêuticos de temperatura controlada, além do passaporte projetado para poder verificar vacinação ou resultados das verificações de um indivíduo através da blockchain da IBM. Outro ator no espaço sanitário em blockchain é a cadeia de blocos empresariais VeChain e o projeto associado ao Hospital Renji de Shanghái para lançar aplicação de serviço de fertilização in vitro, FIV, em blockchain, além de associação a San Marino para lançar passo de vacinação em tokens não fungíveis, NFT, que, segundo se disse, verificável no mundo por meio da varredura de códigos QR vinculados no certificado.