A tecnologia blockchain busca obter estabilidade e diminuir a crise climática e inserida na ONU no evento "Estocolmo+50, um planeta são à prosperidade de todos, nossa responsabilidade, nossa oportunidade", busca implementar a Década de Ação para cumprir Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a Agenda 2030, o Acordo de Paris e o Marco de Biodiversidade Post-2020, fomentando recuperação verde da pandemia, sendo que o ato aconteceu 50 anos após a 1ª Conferência da ONU sobre Meio Ambiente Humano, em 1972, que ofereceu oportunidade de refletir sobre 5 décadas de ação ambiental na luta contra a crise do clima, a naturalidade e a contaminação por CO2. Oceanos atuam como reservatórios de carbono absorvendo 25% das emissões anuais de CO2 e armazenando 80% da vida, ao mesmo tempo fornecem taxa de oxigênio do planeta e, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, "mais de 90 % do calor que ocorreu na Terra nos últimos 50 anos ocorreu no oceano" e o ritmo de aquecimento dos oceanos equivale ao lançamento de 5 bombas atômicas de Hiroshima por segundo.
O Future Thinkers esboça soluções sobre como blockchain ajuda proteger o ambiente através das cadeias de suprimento para melhorar a capacidade de pesca detendo práticas ilegais e insustentáveis com o Fishcoin, um projeto de rastreamento de produtos do mar em blockchain que "incentiva partes interessadas da cadeia de suprimentos compartilhar dados desde o ponto de coleta ao ponto de consumo" em indústria do mar aberta, transparente e responsável. Segue a contaminação plástica como crise ecológica global e, em movimento histórico, a Asambléia da ONU ao Meio Ambiente criou um tratado internacional para pôr fim a contaminação plástica e, segundo a ONU, o esforço poderia resultar na redução de 80% no volume de plásticos que chegam aos oceanos até 2040, redução de 55% na produção de plástico virgem e redução de 25% nas emissões de gases efeito estufa, economia aos governos de US$ 70 bilhões até 2040 criando 700 mil postos de trabalho adicionais, principalmente no Sul Global. Nesta ideia emerge o Diatom DAO, que propôs marco tokenizado de créditos de eliminação de plástico cujo objetivo é aproveitar recursos das finanças descentralizadas, DeFi, para construir cadeia de suprimentos de eliminação de plástico confiável, verificável e eficiente aumentando reciclagem, reduzindo uso, financiando projetos de eliminação estabelecendo canais de circularidade e inovação em novos materiais. O oceano experimenta aumento de 30% na acidez graças à absorção de CO2 sendo que a captura utiliza plantas flutuantes que funcionam com energia solar para extrair CO2 do oceano, enquanto o Protocolo Tucano constrói infraestrutura à mercado de carbono para financiar soluções climáticas em esforço para acelerar transição à carbono zero líquido em linha com o Acordo de Paris. A OceanDrop é projeto de token no fungible da Open Earth Foundation, organização sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento de tecnologia de código aberto à ação climática através de ingressos das vendas de NFT, vinculados às compensações de carbono, respaldando projeto piloto destinado expandir áreas marinhas protegidas da Ilha do Coco e Costa Rica. O Crypto Coral Tribe é projeto NFT que dirige 50% dos ingressos à iniciativas de conservação marinha e de vida silvestre cujo objetivo é formar centro criativo que aproveita arte e tecnologia restaurar o mundo natural, esperando plantar 3 mil corais no mundo através da rede de sócios de conservação marinha, incluindo Coral Guardian, Coral Triangle Center e Turks and Caicos Reef Fund. Vale lembrar que o atual presidente dos EUA assumiu plano à que os norte americanos deixassem de usar combustíveis fósseis demonstrando a intenção com agenda regulatória que incluía impostos sobre o carbono, no entanto, a Suprema Corte e a guerra na Ucrânia priorizam aos planos climáticos.
Moral da nota: a presidente da Comissão Europeia anunciou criação de um banco especial ao financiamento de projetos no mercado de hidrogênio, além do investimento de US$ 3 bilhões no setor, tal anúncio foi feito durante o discurso de estado da união da liderança diante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França. Afirmou que a UE tem como objetivo criar um mercado de massa de hidrogênio, segundo ela, com potencial de mudar a situação no setor energético e econômico da Europa e, em 2020, a Comissão Europeia adotou estratégia voltada ao hidrogênio e criar ecossistema às necessidades energéticas da Europa, sendo que a implementação da estratégia foi concluída em maio de 2022, de acordo com a UE, em consequência a questão na Ucrânia, decidiu reduzir importações de combustíveis fósseis russos, nesse sentido, o bloco adotou o plano REPowerEU cujo objetivo é acelerar a transição da Europa dos combustíveis fósseis às energias renováveis, incluindo o hidrogênio verde. Por fim, UE e Marrocos firmaram "parceria verde" com o Marrocos passando por período de seca sem precedentes, motivo para tentar avançar ao lado do bloco europeu, o combate às alterações climáticas, sendo que o projeto, parte da implementação do Acordo de Paris, lançado em 2021 em Bruxelas e, com ele, o Marrocos, principal parceiro econômico da UE no continente africano, reforça a cooperação em energia, a luta contra alterações climáticas, proteção do ambiente e estímulo à "economia verde", através da mobilização do setor privado que "visa promover transição à indústria descarbonizada através de investimento em tecnologia verde, produção de energia renovável, mobilidade sustentável e produção limpa na indústria".