terça-feira, 26 de março de 2024

Tecnologia e saúde

Baseada em tecnologia projetada para pulverizar lavouras com produtos biológicos de controle de pragas, a BirdView, startup brasileira, desenvolve drones que combatem a propagação da dengue liberando mosquitos Aedes estéreis usada em ambientes urbanos para reduzir a proliferação de insetos portadores de vírus, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre amarela, zika e chikungunya. Sediada em São Manuel, SP,  e em colaboração com a Embrapa Instrumentação, uma das unidades descentralizadas da Embrapa e com apoio do PIPE, Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas da FAPESP, a solução foi testada e está em processo de validação pela Agência Internacional de Energia Atômica, AIEA, que desenvolveu método para esterilizar mosquitos por irradiação e coordena programa de cooperação técnica com países interessados em utilizar a tecnologia. O teste para validar a tecnologia no combate ao Aedes em parceria com a AIEA foi realizado em 2002 em Seibersdorf, na Áustria, local do laboratório da técnica desenvolvida pela agência de controle de pragas e, no mesmo ano, a empresa realizou outros testes no Paraná e Pernambuco e, segundo o cofundador da startup, “testes para validação da tecnologia pela Agência Internacional de Energia Atômica com Aedes e Glossina, mosca tsé-tsé, responsável pela transmissão da doença do sono, mostraram resultados preliminares animadores”, além de “um teste na Flórida em parceria com órgão responsável pelo controle de arboviroses do estado norte-americano”.

A tecnologia desenvolvida no Programa BIOTA da Fapesp de Pesquisa em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso da Biodiversidade, é sistema modular em drone que mantém insetos em recipiente especial e os libera em locais previamente demarcados, áreas, minimizando danos e estresses que causam a morte dos insetos, alterações de voo ou na  capacidade de reprodução. Em terras agrícolas, o drone libera insetos nas plantações para combater pragas, inimigos naturais, e, quando utilizado em áreas urbanas, libera machos estéreis de A. aegypti, que mesmo acasalando não terão descendentes, enquanto as fêmeas reproduzem uma vez na vida, daí, a solução reduzir populações locais de A.aegypti, segundo especialistas, já que o método tem sido usado há décadas para controlar pragas agrícolas como a mosca da fruta do Mediterrâneo, a falsa mariposa, o verme do Novo Mundo e a mosca tsé-tsé. O drone tem capacidade de liberar 17 mil insetos por voo que dura 10 minutos e cobre área de 100 mil mts², dessa forma, é possível liberar quase 300 mil insetos/dia, considerando que “outra limitação da liberação de mosquitos estéreis pelo método terrestre fica restrita às vias públicas, não atingindo focos do inseto, ao passo que os drones permitem liberação de modo homogêneo com baixo estresse induzido no inseto”. Esclarece ainda que o método de liberação aérea do Aedes aegypti estéril permite reduzir 90% da população e novos casos da doença em 3 a 4 semanas, no caso da liberação de terras, esses índices são atingidos entre 3 e 4 meses, afirmando ainda que “a liberação dos drones é mais rápida, permitindo lançar maiores quantidades de insetos de forma homogênea que se reflete em mais locais tratados”, valendo dizer que os drones são de baixo custo e fáceis de operar e concebidos para realizar liberação dos insetos nas cidades de forma descentralizada, conforme estratégias de vigilância adotadas pelos agentes locais de saúde. Por fim, “a solução pode ser usada para semear restauração de florestas e os Wolbitos produzidos pela Fiocruz, agência federal de desenvolvimento de insumos, tecnologias e pesquisas científicas em saúde, em parceria com o Ministério da Saúde” refere-se a programa anunciado pelas 2 instituições visando ampliar acesso no Brasil aos mosquitos com Wolbachia, já introduzida em 12 países, uma tecnologia que consiste na introdução da bactéria chamada Wolbachia em mosquitos que os impede de transmitir dengue e outros vírus transmitidos pelo Aedes aegypti.

Moral da Nota: IoT e conectividade empresarial tornam-se mais arraigadas nos ambientes de produção em que visão da convergência TI/TO viram realidade, com expectativas na indústria manufatureira em relação à convergência TI e tecnologia operacional, TO, simplificando, os objetivos finais são quebrar silos de dados operacionais nas linhas de montagem em fábricas inteiras e, em seguida, disponibilizar os dados para serem usados pelas aplicações empresariais no lado de TI . A convergência TI/TO é o uso crescente IoT na fabricação e disponibilidade de conectividade empresarial cujos dispositivos IoT em uma instalação fornecem dados detalhados sobre o estado de saúde de cada equipamento, enquanto conectividade fornece canal para agregar esses dados para uso posterior, exemplo simples ilustra como funciona a convergência de TI/TO e ajuda fabricantes habilitar recursos em um equipamento de produção, digamos, misturador industrial, considerando que o equipamento inclui painel de controle para configurá-lo e ajusta configurações exibindo propriedades operacionais e, se misturadores fossem instalados em uma única planta seriam gerenciados por sistema proprietário ao passo que a coleta de informações sobre o status da máquina e emissão de controles seriam realizadas via rede cabeada executando protocolo de comunicação proprietário. Hoje, é provável que um misturador industrial inclua dispositivos IoT para medir saúde operacional, fazendo observações em tempo real, adicionada a conectividade dentro da planta e os dispositivos IoT comunicarão seus dados à console ou aplicativo central e, como as tecnologias são abertas, os dados IoT dos equipamentos   serão reunidos e armazenados juntos permitindo monitorar equipamentos a partir de um local central, em contraste, sem dados centralizados IoT, necessitaria ir a cada máquina para ler as informações operacionais. A convergência TI/TO permite que esforços sejam levados a nível mais elevado de sofisticação, por exemplo, informações sobre problemas em andamento podem ser vinculados a verificações para garantir que peças necessárias à reparo estejam disponíveis e, caso negativo, o sistema as solicitará automaticamente.