Líder mundial em veículos elétricos, com um quarto dos carros em circulação, elétricos, a Noruega recebe críticas por se tornar o 1º país a aprovar exploração mineral em águas profundas, cobalto e níquel, utilizados em baterias de veículos elétricos, sendo que a nação de 5,3 milhões de habitantes fez mudanças políticas para aumentar vendas de EVs, parte do esforço em reduzir emissões de gases efeito estufa a nível interno. O governo renunciou impostos de importação de veículos, bem como impostos de registro e vendas cobrados de veículos movidos a gás, isentou proprietários de VE do pagamento de portagens e permitiu utilizar faixas de veículos em centros congestionados das cidades, enquanto novos EVs tornaram-se escolha mais popular que veículos movidos a gás. O professor de energia elétrica da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, que acompanhou a transformação dos VE, disse que impostos sobre veículos movidos a gás são a razão da escolha em VEs, “em combinação com acesso a corredores de ônibus, balsas e estacionamento gratuitos, tudo conveniente às pessoas”. A secretária-geral da Associação Norueguesa de EV, grupo de defesa de proprietários EV, esclarece que “conseguir esta transição rápida refere-se à políticas e capacidade, ou, vontade de mantê-las em vigor por muito tempo.” Deve ser considerado que a situação tarifária na Noruega melhorou na última década, em que veículos têm agora alcance maior havendo mais estações de carregamento, quase 8 mil estações de carregamento rápido, equivalente a 100 carros por carregador rápido, aumento impulsionado em grande parte pelo investimento privado pós impulso inicial do governo. Carros elétricos lotam a faixa de ônibus na hora do rush em direção a Oslo já que motoristas de veículos elétricos estão autorizados usar faixas de trânsito, com outras vantagens, por exemplo, postos de gasolina costumam ter 2ª fila de carregadores rápidos e, postos mais novos apresentam carregadores como 1ª opção e as bombas de gasolina atrás deles, enquanto áreas mais rurais no norte da Noruega o governo investiu mais para alargar a rede onde empresas relutam em fazê-lo.
Já o Canadá na busca por acabar venda de automóveis a gasolina e diesel até 2035 levantou questões sobre se o país está preparado ao desafio e o que significaria aos condutores, em comparação a Noruega, no bom caminho em atingir esse objetivo com veículos elétricos representando 82 % dos veículos vendidos em 2023 na pretensão em se tornar a primeira nação acabar com a venda de carros a gasolina e diesel até 2025. Com abordagem diversa na meta para 2035, o Canadá anunciou plano do governo federal em fins de 2023, centrando-se em obrigar montadoras aumentar o número de VEs disponíveis até que a venda de veículos movidos a gás seja eliminada gradualmente em 2035. Ofereceu desconto de US$ 5 mil à veículos elétricos e US$ 2.500 à híbridos em vez de impor imposto sobre veículos movidos a gás, enquanto Quebec, Colúmbia Britânica e províncias do Atlântico ofereceram descontos que variam de US$ 500 a US$ 8 mil, dependendo da província e das condições. O país precisa de milhares de postos públicos de carregamento de veículos elétricos, com o chefe da Electric Mobility Canada, grupo industrial que visitou a Noruega há 18 meses esclarecendo que a abordagem do país em relação às estações de carregamento deveria ser imitada, explicando que “devemos colocar ênfase em garantir que o maior número possível de canadenses instale carregadores em casa, ou, em centros de carregamento, ou, em edifícios residenciais com várias unidades e, portanto, tenham menos necessidade de carregadores públicos". A procura de VE na Noruega representa 1% da procura total na rede, com a Direção Norueguesa de Energia e Água estimando que mesmo que todos os veículos, passageiros e comerciais, fossem elétricos, a procura representaria 10 % do total, já que o país tem vantagem de já ter rede forte instalada uma vez que depende quase exclusivamente da energia hidrelétrica para aquecer as casas. O desafio surge quando a maioria dos VEs são carregados no mesmo horário, geralmente à noite, depois que as pessoas retornam, no entanto, escolhas políticas poderiam resolver este problema, por exemplo, impondo tarifas de eletricidade mais elevadas à carregamento nas horas de ponta e, tal como o Canadá, a Noruega tem dias muito frios e estudos demonstram que o tempo frio reduz a autonomia de um VE em até 30 %, com modos de mitigar seus efeitos como pré-aquecer o veículo antes de entrar e carregar com mais frequência evitando que a bateria fique muito fraca. A Noruega com 8 mil estações de carregamento rápido, muitas financiadas por investimento privado e, do ponto de vista das emissões, a política foi vitoriosa já que emissões de carbono provenientes do tráfego rodoviário caíram 15% desde o pico de 2015 até 2021, de acordo com o governo norueguês, agora, focado em incentivar transição dos caminhões de transporte à elétricos esclarecendo que “ainda há muito o que fazer na área de emissões zero quando se trata de veículos pesados”.
Moral da Nota: o Plano de Desenvolvimento da Economia Circular de Tallinn 2035 dá contributo à alcançar o objetivo estratégico da “Virada Verde” na estratégia Tallinn 2035, ampliando visão do que é a economia circular para além da gestão de resíduos, quando o Governo da Cidade apresentou projeto à Câmara Municipal para iniciar preparação do Plano de Desenvolvimento da Economia Circular Tallinn 2035 e introduzir novo campo de atividade dedicado à economia circular na estratégia de Tallinn 2035. O plano de desenvolvimento visa consecução do objetivo estratégico “Gira Verde” da estratégia Tallinn 2035 e será preparado de fevereiro de 2024 a junho de 2025 em oportunidade de esclarecer o significado de economia circular na governança para que as opiniões não se limitem à gestão de resíduos. Será desenvolvido capítulo intitulado “Economia Circular” na estratégia Tallinn 2035, descrevendo novo campo de atividade e submetido à Câmara Municipal para consideração e aprovação com o plano de desenvolvimento estabelecendo a forma como a economia circular contribui para alcançar objetivos de outros domínios e vice-versa, além disso, explora como o domínio da economia circular apoia redução das emissões de carbono em 40 % comparado aos níveis de 2007 e a consecução da neutralidade climática até 2050. Aborda o aumento da percentagem de materiais reciclados à mais de 65 % dos resíduos domésticos, a redução do volume de resíduos domésticos mistos, a diminuição da proporção de resíduos enviados à aterros e a promoção da prevenção de resíduos, além disso, examina o aumento da percentagem de critérios ecológicos nos contratos públicos e a contribuição ao turismo sustentável, sendo que as discussões públicas sobre o Plano de Desenvolvimento da Economia Circular serão realizadas em Novembro-Dezembro de 2024.