O Distrito Federal iniciou emissão da CNI, Carteira de Identidade Nacional, nova versão do RG e marco na unificação do documento de identificação nacional se associando ao Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Acre, Piauí e Pernambuco, que inciaram a emissão do novo documento em 2022, e a Amazonas, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Alagoas, que iniciaram a emissão em 2023, decorrente proposta do Governo Federal que novo documento seja emitido no país, ou, à 214 milhões de pessoas. A CIN adota o número do CPF, Cadastro de Pessoas Físicas como Registro Geral Nacional, acabando com a duplicidade na identificação do cidadão e reduzindo o número de fraudes, cuja ideia é que, apenas com a CIN, o cidadão acesse prontuários no SUS, benefícios como Bolsa Família, registro no INSS, informações fiscais, tributárias e ligadas a obrigações políticas como alistamento eleitoral e voto, no entanto, crianças brasileiras podem obter a carteira, já que, desde 2017, é obrigatória a inclusão do CPF nas certidões de nascimento. O grande diferencial da CIN, Carteira de Identidade Nacional, é o uso da blockchain para sincronizar dados com Receita Federal, tecnologia semelhante por criar o Bitcoin e outras criptomoedas garantindo “imutabilidade dos dados” e, assim, no compartilhamento de informações entre Receita e órgãos de identificação civil, tornando quase impossível alterar ou falsificar as informações registradas. A utilização do b-Cadastros, solução desenvolvida pelo Serpro que garante segurança da comunicação entre órgãos aduaneiros dos países do Mercosul é vantagem da blockchain na descentralização em que dados são distribuídos em diversas máquinas e nós da rede, reduzindo vulnerabilidades a ataques cibernéticos. A blockchain cuida da inviolabilidade da comunicação entre órgãos do governo, enquanto outra tecnologia garante autenticidade da Carteira de Identidade Nacional, ou, o QR Code, em sua versão eletrônica, de papel ou policarbonato, a criptografia presente no código permite que as informações sejam associadas à CIN e possam ser lidas por qualquer pessoa à qual o documento seja apresentado, permitindo que o cidadão no futuro possa, a pedido, incluir o número de outros documentos na carteira, contribuindo à identificação única. Em caso de perda ou extravio, as informações podem ser incluídas a partir do mesmo ambiente, sendo que a CIN conta com código de padrão internacional chamado MRZ, o mesmo utilizado em passaportes que a torna documento de viagem.
Neste clima de disrupção, relatório divulgado pelo Citibank avalia que o RWA deve atingir valor de mercado de R$ 20 trilhões até o fins de 2030, por conta da popularização dos criptoativos, mas seu uso e adoção em massa esbarra na volatilidade, pois, justamente para contornar tal desafio que surgiram os tokens RWA, “Real World Assets”. O CEO e cofundador da Dynasty Global AG, avisa que “graças a blockchain em gerar valor pelo ambiente digital e não somente trafegar dados ou informações, muitos ativos do setor cripto são marcados pela falta de tangibilização, aquilo que é tangível ou palpável, sobre sua cotação, por isso, que os tokens RWA estão crescendo possibilitando juntar o digital com a referência de valor sobre bens físicos”. Aponta que o setor é um dos que ganham atenção dos tokens holders possibilitando comercializar tokens RWA que representam frações de imóveis, sendo que tais ativos podem ser transferidos e negociados em outras blockchains, conectando holders, “fator que aumenta acessibilidade a essas criptos e contribui à liquidez do mercado imobiliário”. Alerta que as variações no valor dos tokens RWA, ligados a imóveis ou qualquer outro setor, estarão atreladas ao valor do ativo real significando que são menos voláteis, exigindo tempo maior para que o valor varie de forma significativa e “dessa forma, pode ser impactado pelo próprio ciclo do setor em si e, no caso específico do setor imobiliário, sabemos bem que a aquisição de um imóvel é processo que pode levar até 6 meses e o reflexo dessa compra leva tempo para ser traduzido no valor do ativo”. Quanto as stablecoins, cuja principal característica é a estabilidade, "stable", obtida a partir do pareamento em relação a moedas existentes no mundo físico esclarece que o grande trunfo da opção está na estabilidade do valor, garantida pelo fato de estar atrelada a ativos já consolidados, explicando que é “ferramenta importante à entrada e transação no mercado cripto porque dá aos proprietários oportunidade de trocar seus ativos propensos a serem afetados pela volatilidade, em moedas fiduciárias ou commodities, casos mais comuns”. As stablecoins, esclarece, se tornam úteis para que os holders se protejam em momentos de volatilidade e transações de compra e venda de bens e serviços, sem risco de que o ativo mude de valor no meio da operação, finalizando, diz que "stablecoin é alternativa dinâmica aos holders que buscam iniciar em moedas tradicionais, já que eliminam dependência de processos burocráticos de terceiros como os bancos e outros intermediários e, no caso das commodities, como metais preciosos, evita complexidade de adquirir e armazenar esse tipo de bem em ambiente físico”.
Moral da Nota: a Universidade de Cambridge avisa que construirá mercado de crédito de carbono descentralizado para apoiar os esforços globais de reflorestamento cujo objetivo seria aumentar a adoção de soluções de conservação baseadas na natureza, ou NbS, como reflorestamento, por meio de instrumentos financeiros, prevê que os compradores de créditos de carbono poderão financiar de forma segura e direta projetos do NbS por meio da plataforma. A iniciativa, conhecida como Cambridge Center for Carbon Credits, ou 4C, é baseada no Departamento de Ciência da Computação e Tecnologia e no Conservation Research Institute em que cientistas e pesquisadores construirão o mercado na blockchain Tezos, XTZ, blockchain de contrato inteligente que permite votar em protocolos de governança apresentados por desenvolvedores, conhecida por sua natureza ecológica, sendo que os desenvolvedores da Tezos tuitaram que cunhar três tokens não fungíveis, ou NFTs, na blockchain Tezos produz 0,00054 libras de CO2, comparados com 915 libras de CO2 aos mesmos NFTs cunhados na blockchain Ethereum, ETH. O diretor da 4C, emitiu declaração a respeito do desenvolvimento tecnológico dizendo que os sistemas de credenciamento que medem e relatam o valor do carbono e os benefícios relacionados, como conservação da biodiversidade e redução da pobreza prestados pelo NbS, são caros, lentos e imprecisos, sendo que estes sistemas minaram a confiança nos créditos de carbono do NbS necessitando mercado descentralizado onde os compradores de créditos de carbono possam, com confiança e diretamente, financiar projetos confiáveis baseados na natureza, essa é a lacuna que o Centro pretende preencher.