sábado, 30 de dezembro de 2023

Em tempo real

Estudo pioneiro publicado na Scientific Reports, aborda desafios técnicos da contagem em ambientes exteriores complexos e oferece formas potenciais de ajudar espécies ameaçadas e, aproveitando poder da IA, pesquisadores usam abordagem de contagem de multidões baseada em aprendizado profundo para automaticamente contabilizar peixes-boi em determinada região usando imagens capturadas de câmeras CCTV, disponíveis como entrada. Peixes-boi são espécies ameaçadas de extinção e voláteis ao meio ambiente e devido ao apetite voraz, passam até 8 horas pastando em águas rasas, que os torna vulneráveis a mudanças ambientais, daí, a contagem precisa das agregações dentro de uma região não é apenas biologicamente significativa na observação dos hábitos, mas crucial à elaboração de regras de segurança à velejadores e mergulhadores, bem como agendamento de cuidados e outros planos, no entanto, contar peixes-boi é desafio. Dados de levantamentos aéreos em regiões para contar peixes-boi, torna crucial ter  método de baixo custo que forneça contagem em tempo real para alertar  sobre ameaças, permitindo agir de forma proativa para proteger os peixes-boi e, a IA, é usada por pesquisadores da Faculdade de Engenharia e Ciência da Computação da Florida Atlantic University à abordagem de contagem de multidões baseada em aprendizagem profunda e contar automaticamente o número de peixes-boi em região designada, usando imagens capturadas de câmeras CCTV. Usaram imagens genéricas de vídeos de vigilância da superfície da água usando design exclusivo que combina com a forma dos peixes-boi, Anisotropic Gaussian Kernel, AGK, para transformar as imagens em mapas de densidade personalizados representando formas corporais  dos peixes-boi, sendo que os resultados revelam que o método desenvolvido pela FAU superou outras linhas de base, incluindo a abordagem tradicional baseada no kernel gaussiano, daí,  parques estaduais podem aproveitar esse método para entender o número de peixes-boi em diferentes regiões, usando as câmeras CCTV existentes, em tempo real.

A Casa Branca anunciou acordo para estudar a remoção de barragens e financiar restauração de peixes encerrando temporariamente a luta por 14 barragens na bacia do rio Columbia, cujas tribos argumentam em processo de 2021 que as barragens causaram declínio acentuado dos peixes nativos. O acordo inclui disposições destinadas à eventual remoção de 4 dessas barragens colocando fim em disputa sobre o futuro da energia hidroelétrica contribuindo ao crescente debate nacional sobre o que deve ser considerado energia limpa, o acordo, destina US$  300 milhões a projetos de restauração de salmão no noroeste do Pacífico, incluindo melhorias em incubatórios existentes que preservaram populações de peixes nativos, incluindo suspensão de 5 anos no litígio e promessa de desenvolver mais de 3 gigawatts de “produção de energia renovável patrocinada pelas tribos”. Financiará estudos que examinem como serviços e benefícios fornecidos por 4 barragens no rio Lower Snake, afluente do rio Columbia, poderiam ser substituídos no caso de o Congresso aprovar sua remoção, na esperança que o acordo estimule mais de US$ 1 bilhão em investimentos federais à restauração de peixes selvagens na próxima década. A presidente do Conselho da Casa Branca sobre Qualidade Ambiental, disse que “o acordo traça novo rumo, preserva opções, responsável perante líderes regionais e garante que o Congresso tenha informações para melhor investir e aumentar a resiliência do Noroeste Pacífico” considerando Tribos e grupos conservacionistas que processaram o governo federal em 2021, argumentando que as barragens que operavam eram em grande parte responsáveis pelo declínio dos peixes nativos na Bacia do rio Columbia, especialmente salmão e truta prateada. 16 tipos de salmão e truta prateada floresceram no rio Columbia e seus afluentes no noroeste do Pacífico, com mais de 16 milhões de peixes retornando todos os anos para procriar e, desde o final do século XIX, à medida que foram erguidas barragens ao longo do sistema fluvial, essas populações diminuíram com 4 espécies das populações históricas de peixes extintas, 7 ameaçadas de extinção e uma próxima de sua população histórica. Estudos demonstram que as barragens impedem que os peixes viajem rio acima até seus locais de desova, interferindo na capacidade de reprodução e, à medida que os rios aquecem devido alterações climáticas, a investigação mostrou que as barragens impedem que as espécies migrem à águas mais habitáveis.

Moral da Nota: termina com acordo e sentimentos contraditórios a COP28 e dentre os destaques a “transição” dos combustíveis fósseis, sem mostrar caminho claro à eliminação progressiva do petróleo, gás e carvão, irritando nações insulares deixadas de fora das conversações finais, sendo que o acordo, deu foco a perda de biodiversidade maior do que nunca embora ambientalistas estivessem insatisfeitos, argumentando que elimina a meta de 1,5 º C de Paris, os executivos saudaram a medida dizendo que fornece sinal mais claro até agora que o fim da era do petróleo está próxima. A vice-presidente Kamala Harris anunciou na COP28 o compromisso financeiro ao Fundo Verde do Clima embora esse financiamento necessitasse aprovação do Congresso enquanto Trump prometeu renegar, se for eleito, a promessa de US$ 3 bilhões do Fundo Verde ao Clima, reduzir as emissões e adaptar-se às mudanças climáticas. Os EUA podem não ter conquistado seus críticos ao fim da COP28 com a primeira declaração sobre combustíveis fósseis na história da Convenção-Quadros da ONU sobre Alterações Climáticas, mas tiveram papel na elaboração, segundo quem conhece, o suficiente à garantir que a reunião não terminasse sem acordo. Buscaram manter o processo vivo, garantiram que o progresso contínuo resultaria da pré-conferência com a China em que os 2 maiores poluidores de gases efeito estufa trabalharam em conjunto em Dubai para incluir na declaração final itens do acordo que alcançaram em Sunnylands, Califórnia, incluindo linguagem sobre como lidar com outros gases efeito de estufa para além do CO2, especialmente o metano. Concordaram em abandonar combustíveis fósseis que aquecem o planeta, primeira vez que assumiram esse compromisso em décadas de negociações climáticas da ONU, embora tenham alertado que o acordo  apresentava deficiências significativas, não apelou à eliminação progressiva do petróleo, do gás e carvão, dá margem de manobra na “transição” para longe desses combustíveis. Diz que a transição seria feita de forma que levasse o mundo a zero emissões líquidas de gases efeito estufa em 2050 e seguisse ditames da ciência climática, postula que a poluição mundial por carbono atingirá o pico em 2025, mas dá margem de manobra a nações individuais, como a China, atingir o pico mais tarde, a palavra “petróleo” não aparece no documento de 21 páginas, mas “combustíveis fósseis” aparecem 2 vezes. Por fim, o ex-vice-presidente Al Gore, ativista climático ganhador do Prêmio Nobel, disse que, embora fosse marco importante “reconhecer que a crise climática é, no fundo,  crise de combustíveis fósseis”, o acordo era “o mínimo necessário”, no entanto, com “meias medidas e lacunas” e termina dizendo que “se este é um ponto de viragem que realmente marca o início do fim da era dos combustíveis fósseis depende das ações que virão a seguir”.